Os mercados na Europa fecharam com direção mista. Os investidores continuam a monitorar o avanço no número de infectados pela Covid-19 dentro do continente. Devido ao aumento, alguns países começam, como a Itália, a realizar restrição parcial, no caso, para os não vacinados e a Alemanha sob o governo do novo chanceler, Olaf Scholz, pode decretar um novo Lockdown, o que afeta as perspectivas de avanço da economia do país e do continente. Saindo do plano das expectativas e indo para os dados já divulgados, os números dos índices IFO ficaram aquém do esperado afetando os mercados. A alta nos preços do setor de materiais básicos e petróleo sustentaram as altas em alguns mercados, em especial no Reino Unido.
Nos Estados Unidos, os mercados fecharam majoritariamente em alta. O tom do FED por intermédio da Ata da última reunião do FOMC evidenciou que a autoridade monetária deve aumentar o ritmo na redução de estímulos monetários entre a maioria dos membros da autoridade monetária, e de que a economia do país está em robusto crescimento como mostrou os números de consumo e de inflação divulgados ontem. As treasuries não reagiram fortemente após dois dias de consecutivas altas, pois tais eventos já estavam no preço, o que deu força para ativos de tecnologia e contribuiu para a alta do S&P 500 e Nasdaq. O Dow Jones, por sua vez, foi afetado pela volatilidade no petróleo e pelo movimento contrário do que foi observado nos dias anteriores.
No Brasil, o mercado sustentou mais uma alta. A elevação no minério de ferro e o arrefecimento nos rendimentos dos títulos de dez anos nos Estados Unidos contribuíram positivamente para o avanço da renda variável aqui no Brasil. Quanto à PEC dos precatórios, há expectativas de avanço, mas longe do que seria ideal com forte tendências de afastar ainda mais as possibilidades de respeitar o teto de gastos. Todavia, o fato de haver diminuição da incerteza no que diz respeito ao que vai ser proposto, contribui para o humor dos investidores. No corporativo, a Petrobras teve destaque com o anúncio de seu planejamento informando exportação de gás natura para o continente.
Para hoje (25/11)
As bolsas na Ásia fecharam mistas. A Ata do FOMC alertando para um posicionamento mais duro da autoridade monetária americana quanto à inflação gerou cautela nos mercados da China Continental. No Japão, o governo emitiu novos bônus para financiar um orçamento extra para o atual ano fiscal, com o objetivo de sustentar a economia do país. Na Coreia do Sul, o BC deu sua resposta ao avanço de preços subindo os juros.
O minério de ferro realizou em Singapura e Qingdao com quedas de 3,09% e 0,39%, mas ambos se mantiveram acima dos US$ 100,00.
O tom dovish do BCE sustenta o bom humor das bolsas na Europa sobrepondo os dados de conjuntura abaixo do esperado.
No Brasil, os investidores ficarão atentos ao relatório da dívida e a PEC dos precatórios. A confiança do consumidor da FGV evidenciou queda em relação ao período imediatamente anterior recebendo impactos da inflação.
No Brasil, há também destaque para os dados do IPCA-15 dando perspectivas para a inflação no país. Os investidores também ficarão de olho em todas as sinalizações em torno da questão fiscal.
O Tesouro oferta LTNs para os vencimentos 2022, 2023 e 2025; NTN-Fs para 2027 e 2031; LFT para 2023 e 2027.
Na agenda política se destaca o crescimento de Moro como alternativa a Lula e Bolsonaro e a votação do Auxílio Brasil que será votado na Câmara.
Autor: Matheus Jaconeli
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