Ontem (25), os mercados fecharam o pregão sem direção única, mediante à incerteza entre os agentes quanto ao acordo entre Estados Unidos e China. Na Europa, os investidores aproveitaram a cautela para realizar o lucro do dia anterior. No Brasil, os receios em relação ao fiscal e aos novos programas apresentados pelo governo.
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam sem direção única, a despeito de uma possibilidade de acordo entre Pequim e Washington, no que diz respeito ao acordo bilateral entre os dois países.
O mercado considera que o acordo não é suficiente para gerar estabilidade entre as duas potências, evidenciando certa cautela e aguardando a conferência anual entre os banqueiros centrais do país e o discurso de Jerome Powell.
O Dow Jones, teve queda de 0,21%. O S&P 500, teve elevação de 0,36% e a Nasdaq, ganhou 0,76%.
Na Europa, após abertura relativamente positiva, com as notícias em torno da primeira fazer de um acordo bilateral entre Estados Unidos e China, os mercados, a ao fim da tarde fecharam majoritariamente em baixa.
Os dados dos apresentados pela Alemanha quanto ao PIB do segundo trimestre desse ano vieram melhores que o esperado. No entanto, a economia europeia ainda apresenta fragilidade.
No Reino Unido, o índice de pesquisa do varejo e distribuição registrou dados muito aquém do esperado, alcançando retração de seis pontos, antes expectativa de 8 pontos.
Paris fechou no zero a zero, com elevação de 0,01%, sendo a única valorização do continente. Londres, perdeu 1,11%. Milão, teve desvalorização de 0,41%. Frankfurt e Madri fecharam perto do zero a zero também, mas com queda de 0,04% e 0,01% respectivamente.
No Brasil, mais uma vez, houve receio em relação ao cenário fiscal. Bolsonaro sinalizou que o ticket de R$ 247,00 é baixo e que programa do Renda Brasil poderia ficar em R$ 300. Todavia, Guedes disse que tal alternativa só é possível com cortes na dedução do IR.
O anúncio do Casa Verde Amarela não animou o mercado, fazendo os agentes ficarem à espera dos demais programas.
Quanto aos dados de conjuntura do dia, os dados de inflação vieram dentro do esperado, evidenciando que a atividade econômica ainda não é suficiente para o aumento dos preços.
O Ibovespa, fechou com queda de 0,18%, a 102.117,64 pontos. O dólar, apesar do risco fiscal, encerrou a tarde com retração de 1,16% a R$ 5,53.
O petróleo fechou a sessão com alta mediante a melhora em um possível acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo. Além disso, há expectativa para mais cortes na produção do petróleo, com Furacão Laura reduzindo a produção da commodity no Golfo do México.
O petróleo Brent teve elevação de 1,62%, a US$ 45,86 e o WTI, subiu 1,72% cotado a US$ 43,35.
Dentre os dados mais importantes a serem divulgados hoje (26), nos Estados Unidos, se destacam os pedidos por bens duráveis e os estoques de petróleo bruto.
O Census Bureau publicará à demanda por bens duráveis para o mês de julho, indicando o quão aquecido está o mercado desse setor.
Devido aos temores envolvendo o novo aumento no número de infectados pelo covid-19, os agentes esperam menor variação menos intensa em relação ao período imediatamente anterior, além disso, vale ressaltar que os pedidos por tais bens estão relacionados em certa medida com o consumo das famílias e com os investimentos das empresas, os quais aumentaram o seu receio em julho.
Para o núcleo do indicador, isto é, excluindo transportes, o mercado espera elevação de 2,0% em julho, contra 3,6% em junho.
O núcleo amplo, considerando todos os bens, a diferença é ainda maior, pois o mercado espera variação de 4,3% contra 7,6% de alta em junho.
Os estoques de petróleo brito, divulgados pela EIA (Energy Information Administration) deve apresentar queda.
A provável retração, se deve, essencialmente pelas dúvidas em relação à demanda por petróleo ao redor do mundo, uma vez que os temores em relação ao surto de covid-19 ainda não se dissiparam, mesmo em países que outrora eram vistos como exemplo no combate ao vírus. Além disso, a tempestade de segunda-feira no Golfo do México, também foi um fator que pode afetar a produção da commodity.
A expectativa do mercado é de queda de 3,694 milhões de barris, ante retração de 1,632 milhões na semana anterior.
No velho continente, a agenda econômica carece de dados, mas há discursos de membros das principais autoridades monetárias dos dois lados do Canal da Mancha.
Após a tentativa frustrada de um acordo entre os Europeus e Britânicos, o BCE (Banco Central Europeu) fará seu pronunciamento sobre suas perspectivas em relação à economia da Zona do Euro, por intermédio de Isabel Schnabel, membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu.
O BoE (Bank of England), também fará seu discurso referentes às condições da economia do Reino Unido e as próximas medidas que poderão ser tomadas, por intermédio de Andy Haldane, Economista-chefe e Diretor Executivo da autoridade monetária.
Por fim, entre as principais economias da região, a França publica hoje (26), os dados referentes à confiança do consumidor e o número de candidatos às vagas de emprego.
No que diz respeito à confiança do consumidor, divulgado pela INSEE (Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos).
O indicador, após uma queda em julho em relação a junho, ficando abaixo do esperado, há expectativa de que o indicador continue no mesmo nível, em 94 pontos em agosto.
A cautela se deve, principalmente, ao retorno dos casos de covid-19 no país do oeste europeu.
Quanto ao mercado de trabalho, o Ministério do Trabalho, Emprego e Inserção publicará os dados de candidatos ao emprego.
Após a alta histórica de maio, o indicador voltou a cair. Contudo, existe a possiblidade do indicador ter que vagarosa, por conta do retorno dos casos de coronavírus, o que diminui a expectativa dos agentes quanto à produção.
Na China, o National Bureau of Statistics of China, publicará os dados referentes aos lucros das empresas do país.
Devido às medidas de estímulo realizadas pelo governo do chinês, tento por intermédio do banco central, quanto pelo lado fiscal, as empresas vêm tomando novo fôlego a partir de março.
Além disso, espera-se melhora no indicador pelo fato do país asiático ser o primeiro a se recuperar da crise gerada pelo covid-19, sendo o único país dentre as maiores economias do mundo a ter PIB positivo no segundo trimestre desse ano.