Mercado americano tenta recuperação após forte queda e no Brasil atenção ao varejo e agenda política

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Os mercados europeus fecharam sem direção única na tarde de ontem (13). Os investidores ficaram receosos com os dados do IPP americano e o avanço da Covid-19 no continente. Todavia, segundo Luís de Guindos, o avanço no número de infectados diminuirá o ímpeto da retomada econômica, mas não a deteriorará completamente. Como sinal positivo, alguns cientistas britânicos anunciaram que o avanço da ômicron vem perdendo o fôlego. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 0,16%. Frankfurt teve alta de 0,16%. Paris teve queda de 0,50%. Madri e Lisboa subiram 0,53% e 0,74% respectivamente.

Em Nova York, o mercado teve queda mediante a alta anual do IPP chegando a 9,7% no ano de 2021 e diretores regionais do FED, em sua maioria sinalizando o ajuste da política monetária por parte da instituição. Tais eventos fizeram os rendimentos das treasuries voltarem a subir penalizando, principalmente, as ações de tecnologia. O Dow Jones caiu 0,49%, a 36.113,62 pontos, o S&P 500 cedeu 1,42%, a 4.659,03 pontos, e o Nasdaq recuou 2,51%, a 14.806,81 pontos.

Mesmo com a queda forte em Nova York, o Ibovespa mostrou certa resiliência perdendo apenas 0,15%, a 105.529,50 pontos. Bancos, Frigoríficos e Petróleo ajudaram para que as perdas fossem amenizadas e o setor de serviços crescesse 2,4% em novembro ante outubro, acima do que era de 0,2%.

Para hoje (14/01)

As praças asiáticas seguiram o rumo de Nova York e fecharam majoritariamente em queda nessa sexta-feira (14). Um dos destaques do continente foi a alta de juros por parte do banco central da Coreia do Sul em 0,25 p.p. fazendo a taxa chegar a 1,25%, mesmo patamar pré-pandêmico. Na China, as exportações cresceram 20,9% e as importações subiram aquém do esperado em 19,5%. O Nikkei teve queda de 1,28%. Em Shangai a retração foi de 0,96%. Hong Kong perdeu 0,19% e sul-coreano, Kospi, realizou 1,35%.

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 2,3% a US$ 113,74.

Na Europa, os mercados recuam seguindo os movimentos de ontem (13) em Wall Street. Embora alguns dados de atividade econômica tenham vindo bons, os investidores também ficam atentos no desenrolar das tensões entre Rússia e Ucrânia.

Os futuros em Nova York tentam a recuperação, aguardando os números de atividade econômica sem comunicados de muitos membros do FED. Outro vetor importante será a divulgação dos balanços de P Morgan, Citigroup e Wells Fargo.

Internamente, na agenda econômica, após dados fortes do setor de serviços o mercado ficará atento ao setor varejista:

Ainda setorialmente falando, a queda no minério de ferro deve afetar companhias mineradoras, siderúrgicas e metalúrgicas. O petróleo tenta ficar na estabilidade.

Na política, é importante ficar atento aos desdobramentos do presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita (Sindifisco), Isac Falcão com o ministro da economia, Paulo Guedes.  O líder do sindicato disse em entrevista ao site do congresso que o resultado da reunião foi “frustrante”.

Debate em relação ao orçamento de 2022 também estará em pauta.

Autor: Matheus Jaconeli

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