Os mercados globais, fecharam majoritariamente em alta no dia da posse de Biden e as eleições no Senado, com expectativas de grandes estímulos no país.
Os mercados europeus fecharam em alta. O desempenho dos principais índices do continente se deveu, em grande medida, aos avanços no processo de vacinação e ao resultado das eleições no Senado dos EUA, o que contribui para que os estímulos em solo americano não tivesse entraves, cooperando para avanço da demanda agregada do país e, consequentemente, global. A elevação dos PMI’s e no PPI (índice de preços ao produtor) também contribuíram para a formação das expectativas dos investidores. Londres, teve avanço de 3,47%. Frankfurt, ganhou 1,76%. Paris, subiu 1,19%. Milão, teve ganhos de 2,40%. Madri, se valorizou em 3,20%.
O petróleo, teve mais uma sessão de alta. A commodity energética teve bom desempenho no pregão devido as quedas nos estoques dos Estados Unidos e a retração nos estoques da oferta saudita. O WTI, teve alta de 1,40% cotado em US$ 50,63. O Brent, ganhou 1,31%, com elevação de US$ 54,30.
Nova York respondeu às implicações do controle democrata nas três casas, Senado, Câmara e na Casa Branca, fazendo com que os investidores continuassem o movimento de rotação, na expectativa de fortes estímulos à economia americana sem entraves. O Dow Jones, teve elevação de 1,44%. O S&P 500, ganhou 0,57% e a Nasdaq, perdeu 0,61%.
Em São Paulo, o mercado começou o dia operando em alta, com as perspectivas de estímulos nos Estados Unidos, aproveitando o bom desempenho das commodities e movimento de rotação para mercados emergentes. Todavia, os riscos inerentes às questões internas e a possiblidade de avanço de novos lockdowns, fez o mercado fechar em queda. O Ibovespa teve queda de 0,23% em 119.100,08, o dólar avançou 0,80% teve ganho de R$ 5,30.
Os mercados asiáticos fecharam sem direção única, com os investidores olhando para situação política dos Estados Unidos, dado que mais estímulos, apesar poderem ajudar a economia, pode fazer o mercado buscar ativos de companhias mais tradicionais em detrimento de companhias de tecnologia.
Na China, o Xangai teve alta de 0,71% e o Shenzhen, subiu 1,11%. Hong Kong, teve perda de 0,52% e em Tóquio, houve elevação de 1,60%.
Para hoje (07/01)
No exterior, os mercados mostram resiliência quanto à confusão nos Estados Unidos, com os futuros americanos operando em alta e a Europa, sem direção única, com o temor do avanço da COVID-19 no continente ainda no radar.
No Brasil, é importante acompanhar o mercado externo e ao ambiente político, levando em conta as eleições para câmara e para o senado, com o Deputado Baleia Rossi defendendo o aumento do bolsa família ou de novo auxílio emergencial durante o lançamento e sua candidatura. O Tesouro fará ofertas de LTN’s, NTN-Fs e LFTs. O IPC-Fipe de dezembro também mostra queda na aceleração dos preços, com ganho de 0,79% em dezembro, contra avanço de 1,03% em novembro.
Europa: Relatório mensal do BCE, Indicadores de confiança, IPC e Vendas no Varejo
Hoje (07), o BCE (Banco Central Europeu) divulgou o relatório mensal de política monetária, evidenciando as perspectivas de uma das principais autoridades monetárias do mundo. O banco acredita que ainda o avanço da Covid-19 continua a afetar a economia da Zona do Euro e que manterá a política de estímulos.
Quanto aos indicadores de confiança, após os anteriores estarem relativamente positivos, os agentes esperavam melhora par a maioria dos índices. A Confiança de Empresas e Consumidores, teve alta acima do esperado de 90,4 pontos. O indicador de confiança do consumidor ficou dentro do esperado, em -13,9 pontos. Para os serviços e para a indústria, o indicador de confiança foi de -17,4 e de -7,2 pontos, respectivamente evidenciando melhora para a indústria e piora no que diz respeito ao setor de serviços no período.
A agência Eurostat também publicou a primeira prévia de inflação o indicador ficou aquém das expectativas, se mantendo em 0,2% ao ano e queda de 0,3% ao mês.
Por fim, as vendas no varejo tinham expectativa de queda em novembro, saindo de 4,3% para 0,8% ao ano e saindo de elevação de 1,5%, para queda de 3,4%. Os números divulgados pela agência europeia foi -6,1% ao mês e -2,9% ao ano.
Estados Unidos: Pedidos iniciais por seguro-desemprego, balança comercial e indicadores ISM
Após os números da ADP System terem divulgado variação de empregos abaixo do esperado, com queda 123 mil postos de trabalho, contra a expectativa de aumento de 88 mil vagas criadas, será divulgado mais um indicador importante referente ao mercado de trabalho, os pedidos iniciais por seguro-desemprego. Há expectativa de que a demanda de pedidos pelo benefício aumente, considerando o avanço da COVID-19 no país e os números da ADP System.
A Balança Comercial de novembro, tem perspectiva de aprofundamento no déficit de novembro, saindo de US$ 63,10 bilhões para US$ 65,20 bilhões. Tendo em vista que a economia americana é uma das maiores importadoras do mundo, o aumento das importações pode indicar um crescimento da economia americana.
Por fim, a ISM Inc. publicará os PMI’s para o setor não-manufaturado para o mês de dezembro. A expectativa para o indicador é de que ocorra queda, saindo de 55,9 em novembro para 54,6 pontos. Todavia, depois dos dados positivos para a indústria, ainda existe a possibilidade da superação das projeções dos agentes econômicos.
Autor: Matheus Jaconeli
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