Na sexta-feira (28), os mercados fecharam o pregão sem direção única. Enquanto os mercados em Wall Street tiveram dia de avanço, em São Paulo, os agentes também aumentaram o bom-humor após uma semana agitada devido aos ruídos na política.
Nos Estados Unidos, os mercados fecharam em alta, mediante à mudança na regra da política monetária por parte do FED, que dá maior flexibilidade para a instituição. Além de Jerome Powell fazer um discurso dovish, o que dá espaço para a melhora do valuation das empresas.
Ademais, a agenda econômica teve dados acima do esperado, com exceção do PCE mensal que atingiu 0,3%, mediante expectativas de 0,5%. O Dow Jones, teve alta de 0,57%. O S&P 500, teve elevação de 0,67% e a Nasdaq, ganhou 0,60%.
No Velho Continente, as bolsas fecharam majoritariamente em queda. Os agentes continuaram a digerir o anúncio de Jerome Powell no Simpósio de Jackson Hole.
Na agenda econômica, não obstante ao avanço acima do esperado dos indicadores de confiança da Zona do Euro, o Clima do Consumidor Alemão teve queda, ante expectativa de elevação de 1,2 pontos, registrando retração de 1,8 pontos. Na França, como era esperado, o PIB do país teve sua maior queda histórica de 13,8%.
Madri, teve a única alta do dia, com elevação de 0,60%. Londres e Frankfurt, registraram as maiores perdas, em 0,61% e 0,48% respectivamente. Paris, teve desvalorização de 0,26%. Milão, perdeu 0,03%, próximo do zero a zero.
No Brasil, após uma semana com muita volatilidade, oriunda dos ruídos políticos envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes, o principal índice da B3 fechou a sexta-feira (28) em alta.
A alta, além de ser puxada por Nova York, teve grande impacto da melhora na relação entre Guedes e Bolsonaro, encontrando um lugar comum no que diz respeito à política de rendas, isto é, os gastos para tentar amenizar os impactos do covid-19.
O Ibovespa, teve alta de 1,51%, aos 102.142 pontos. Com a redução do risco percebido em relação ao país, o dólar teve retração de 2,93%, a R$ 5,43.
As referências do petróleo fecharam o dia sem direção única, com os investidores considerando os efeitos do Furacão Laura nas plataformas de petróleo no Golfo do México. O WTI, teve queda de 0,16%, a US$ 0,16% e o Brent, teve elevação de 0,46%, cotado a US$ 45,81.
Estados Unidos: Discursos de membro do FOMC
Hoje (31), a agenda econômica americana terá poucos dados de conjuntura, com destaque para um dos membros do FOMC.
Quem fará o discurso a evidenciar as percepções e, possivelmente, pareceres sobre o que foi discutido no Simpósio de Jackson Hole, finalizado na sexta-feira (28), será Richard Clarida, vice-chairman do corpo de governadores do FED.
Após Jerome Powell informar que haverá mudanças na condução da política monetária e que não enxerga um cenário de alta de inflação para a economia do país, Clarida pode trazer novas observações que tendem a corroborar com tal perspectiva.
Europa: Inflação na Alemanha
Após dados de inflação divulgados na França, evidenciando menor aceleração nos preço, hoje (28), a agência Destatis, publicará os dados de inflação da Alemanha.
Tal qual ocorre em outros países da Zona do Euro, os receios em relação à segunda onda de infecções por coronavírus continuam a assustar os agentes, o que pode piorar as expectativas e, consequentemente, o nível de atividade econômica.
Brasil: Relatório Focus e dados fiscais
No Brasil, como ocorre toda segunda-feira, feira o Bacen (Banco Central do Brasil) publicará o Relatório Focus. Há tendência de que os analistas consultados aumentem suas perspectivas em relação ao crescimento da economia brasileira, como vem ocorrendo recentemente.
Todavia, o lado fiscal, tende a continuar a ser uma preocupação, haja vista os gastos que estão sendo feitos para conter os efeitos do covid-19 na economia
O Tesouro Nacional, divulgará os dados fiscais como a relação dívida/PIB e o Superávit Orçamentário. Começando pela dívida/PIB, haja vista a retração da economia e o aumento dos gastos que, em certa medida, são financiados com a emissão de dívida, os agentes esperam ampliação do indicador correspondente a julho, saindo de 58,1%, em junho, para 59,1%.
O resultado de tudo que o governo arrecada subtraído aos seus gastos, ainda continuam negativos, mas há expectativa de melhora.
Apesar do cenário ainda desafiador, a reabertura da economia, fazendo com que parte da mão de obra retornasse para os seus postos de trabalho anteriores, ao menos nos empregos formais, fazem que ocorra aumento da renda e, por consequência, aumento da arrecadação.
Assim, em julho, espera-se que o Déficit Orçamentário, saia de R$ -210,16 Bilhões registrados em junho, para R$ -109,900 Bilhões.
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