Megaleilão, privatização da Eletrobrás e resultado do Itaú

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As dúvidas com relação à participação de estrangeiros no megaleilão do excedente da cessão onerosa, além da Petrobras, que acontece amanhã, mantém o clima de cautela entre os investidores nesta terça-feira. Além disso, um grupo de petroleiros entrou com uma ação popular no Rio de Janeiro pedindo a suspensão do megaleilão, alegando danos ao patrimônio público e falta de suporte legal. Somado a isso, em Brasília será conhecido hoje o aguardado pacote de reformas que começa a ser apresentado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

No exterior, novos desdobramentos na disputa comercial entre Estados Unidos e China mantém o viés mais otimista sobre um final para o impasse. Segundo fontes, autoridades americanas e chinesas estão considerando retirar algumas tarifas de importação para chegar ao acordo comercial preliminar que está em negociação.

No âmbito corporativo, o mercado repercute ao longo do dia os resultados do Itaú no terceiro trimestre, que reportou lucro líquido recorrente de R$ 7,156 bilhões. O desempenho veio em linha com a média da projeções do Prévias Broadcast. No fim de setembro, a carteira de crédito do Itaú somava R$ 689 bilhões, alta de 4,4% em relação a junho.

A performance, segundo o banco, foi impulsionada pelo crescimento no crédito às micro e pequenas empresas e ainda pessoas físicas, mas também a retomada no segmento de grandes empresas, que impulsionaram a margem financeira. Enquanto de um lado a instituição entregou melhores receitas de prestação de serviços e tarifas e despesas sob controle, do outro viu a piora do seu custo de crédito, que saltou 37,8% no terceiro trimestre ante um ano.

Também foram anunciados nesta manhã os números do BTG Pactual e da Ômega Geração. O banco trouxe um salto de 71% no lucro líquido no comparativo anual, para R$ 1,003 bilhão.

No início da noite ainda são aguardados os resultados trimestrais da operadora de telefonia TIM, além das elétricas AES Tietê, CTEEP, Eneva, Engie Brasil, do grupo Hermes Pardini e da Sanepar.

Itaú e Rede

O Itaú Unibanco obteve liminar que suspende decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que proibia sua controlada Rede, braço que atua no segmento de maquininhas, de exigir que seus clientes tenham conta no banco para antecipar recebíveis em condições diferenciadas, segundo apurou o Broadcast.

O entendimento do juiz Diego Câmara, da 17.ª Vara Federal – SJDF, conforme documento obtido pela reportagem, foi de que não fazia sentido tal exigência uma vez que essa é uma prática de mercado e, portanto, adotada por outros players.

Eletrobras

Olho também em Eletrobras. Na noite de ontem, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou à Eletrobras que o presidente da República, Jair Bolsonaro, deve assinar ainda hoje o Projeto de Lei que permitirá a privatização da companhia. O PL será enviado ao Congresso.

Na semana passada, o ministro Bento Albuquerque havia dito que o projeto estava pronto para ser enviado ao Parlamento. “Vou levar pessoalmente o projeto de privatização da Eletrobras ao presidente (da Câmara) Rodrigo Maia. Vou agendar com ele a melhor data. Já está tudo pronto”, disse.

Frigoríficos

A decisão dos EUA de manterem a restrição à carne bovina in natura do Brasil deve pesar nas ações das empresas do setor nesta terça-feira. Ontem, porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros, reconheceu que o País ficou frustrado com a notícia. A abertura do mercado estava incluída numa pauta acertada com o presidente dos EUA, Donald Trump. “A nossa expectativa era a de que o veto não se mantivesse”, reconheceu.

Ele afirmou que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, aproveitará uma viagem para os EUA, que já havia sido marcada, para tratar do assunto. Será, na avaliação do porta voz, um dos “termos importantes da pauta”.

Light

A Light fez ontem o resgate antecipado de US$ 210 milhões, correspondente a 35% do valor total dos bonds emitidos pelas suas controladas Light Serviços de Eletricidade e Light Energia no valor de US$ 140 milhões e US$ 70 milhões, respectivamente. O saldo remanescente dos bonds, no valor de US$ 390 milhões, permanece com o vencimento original de maio de 2023, com opção de resgate a partir de maio de 2021.

Banco Pan

O Banco Pan encerrou o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 134,6 milhões, representando uma alta de 174% ante o mesmo trimestre do ano passado, quando registrou lucro de R$ 49,126 milhões.

Em nove meses, o lucro líquido do banco foi de R$ 348,365 milhões, correspondendo a um avanço de 135,55% em comparação ao mesmo intervalo de 2018, quando o lucro reportado no período foi de R$ 147,89 milhões.

Marcopolo

A Marcopolo registrou lucro líquido de R$ 22,8 milhões no terceiro trimestre deste ano, um desempenho 64,8% inferior ao reportado no mesmo intervalo do ano passado. De janeiro a setembro, o lucro subiu 18,2%, a R$ 140,7 milhões.

O Ebitda atingiu R$ 60,2 milhões, uma queda de 47,8%, com uma margem 5,6% (-4,9 pontos porcentuais). No ano, o Ebitda acumula retração de 20,4%, a R$ 226,3 milhões, com margem de 7,3% (-2,4 p.p.).

Vulcabrás

No terceiro trimestre, a Vulcabrás registrou lucro líquido de R$ 41,8 milhões, alta de 5,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Com o resultado, a margem de lucro líquida da empresa ficou em 11,6%, ante 12,3% no período de julho a setembro de 2018. O lucro líquido ajustado foi de R$ 37,8 milhões, recuo de 10,4%.

O Ebitda somou R$ 64,6 milhões, alta de 17,7% sobre o terceiro trimestre de 2018, com margem Ebitda de 18,0%, ante 17% do ano passado. O Ebitda ajustado somou R$ 55,2 milhões, queda de 4,2%.

FONTE: AE BROADCAST

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