Kroton, Embraer, Movida, Via Varejo e outras

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Após trégua na sessão anterior, as ações negociadas na Bolsa podem ter mais um dia de cautela acompanhando as praças acionárias ao redor do mundo que recuam, após uma série de indicadores econômicos fracos na China e na Europa. Ainda assim, o penúltimo dia de divulgação de balanços está cheio e tende a movimentar as negociações. Entre os destaques, Embraer, Centauro, CPFL e Sanepar e Kroton. Após o fechamento do mercado saem Oi, JBS, Sabesp, Via Varejo, Natura, Even, entre outros.

A fabricante brasileira de aviões registrou lucro líquido atribuído aos acionistas da empresa de R$ 26,1 milhões entre abril e junho deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 485,0 milhões anotado em igual período de 2018. Já pelo critério ajustado, a companhia contabilizou prejuízo líquido de R$ 57,6 milhões, ante uma perda de R$ 21,4 milhões reportada um ano antes.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) totalizou R$ 259,6 milhões no segundo trimestre, alta de 98,5% frente aos R$ 130,8 milhões registrados um ano antes. A margem Ebitda, por sua vez, ficou em 4,8%, aumento de 1,9 ponto porcentual sobre o segundo trimestre de 2018.

Entre abril e junho deste ano, a fabricante entregou 26 aeronaves comerciais e 25 executivas (19 jatos leves e seis grandes), comparado aos 28 jatos comerciais e 20 executivos (15 leves e cinco grandes) entregues um ano antes. Ao final do trimestre, a carteira de pedidos firmes atingiu US$ 16,9 bilhões, acima dos US$ 16,0 bilhões vistos ao final de março.

No exterior, novos indicadores abaixo do esperado da economia chinesa ofuscaram o alívio dos mercados quanto ao adiamento e suspensão de tarifas americanas a serem aplicadas a determinados produtos do país asiático. O avanço da produção industrial da China frustrou as estimativas do mercado, ao registrar alta de 4,3% em julho na comparação anual, o menor nível de expansão desde fevereiro de 2002. Já as vendas no varejo e investimentos em ativos fixos não rurais também decepcionaram as projeções e indicaram que o desaquecimento econômico chinês pode gerar mais medidas acomodatícias pelo Banco do Povo da China. Dados que mostram desaceleração no gigante asiático tendem a afetar negativamente as ações de empresas ligadas a commodities, sobretudo Vale e siderúrgicas, destaca um analista.

Além disso, a Alemanha divulgou hoje que seu Produto Interno Bruto (PIB) sofreu contração de 0,1% no segundo trimestre ante os três meses anteriores, enquanto que a produção industrial de junho recuou 1,6% ante maio, valor maior que o previsto por analistas (de queda de 1,2%). Em meio a isso, as preocupações com a saúde da economia global foram renovadas e as bolsas ao redor do mundo caem em bloco.

Kroton

A Kroton informou há pouco que obteve lucro líquido de R$ 134,7 milhões, 71,2% menor que o registrado em igual período do ano passado. No critério ajustado, o lucro líquido foi de R$ 266,696 milhões, queda de 44,2%. A empresa registrou Ebitda de R$ 624,767 milhões, recuo de 4,3% na mesma base de comparação.

CPFL

A CPFL Energia registrou lucro líquido de R$ 574 milhões no segundo trimestre deste ano, cifra 27,4% superior à registrada no mesmo período do ano passado. No semestre, o lucro somou R$ 1,144 bilhão, representando uma expansão de 31,6% frente os seis primeiros meses de 2018. O Ebitda atingiu R$ 1,505 bilhão, aumento de 9,9%. No semestre, o Ebitda avançou 11%, para R$ 3,036 bilhões.

Sanepar

A Sanepar teve lucro líquido de R$ 232,6 milhões no segundo trimestre, resultado 8,3% abaixo do reportado no mesmo período do ano passado, influenciado, principalmente, pelo crescimento de 13,8% dos custos e das despesas. O Ebitda totalizou R$ 402,2 milhões, incremento de 0,5%, com uma margem de 36,6% (-2,6 pontos porcentuais).

“O resultado ficou dentro do esperado num trimestre sem grandes emoções. O reajuste tarifário no final de maio impactou apenas um mês do segundo trimestre e, mesmo assim, compensou o fraco desempenho no crescimento de volumes de água e esgoto. “, apontou Renato Pinto, analista da Eleven Financial, acrescentando que a Sanepar segue sendo uma de suas empresas preferidas no setor devido “a sua forte e
previsível geração de caixa. A expectativa é que o terceiro trimestre deverá ser melhor em função do pleno impacto do reajuste tarifário do final de maio”.

Qualicorp

A Qualicorp registrou lucro líquido de R$ 110,1 milhões no segundo trimestre deste ano, desempenho 25% superior ao reportado no mesmo período do ano passado, de R$ 88,1 milhões.

A empresa destaca que o lucro foi puxado pelo melhor resultado operacional. Além disso, a alíquota efetiva de impostos ficou em 35,3% no segundo trimestre, ante 39,0% do primeiro trimestre e 36,5% de um ano antes. O Ebitda ajustado cresceu 14,4%, para R$ 246,7 milhões, com margem de 49,6% (+5 pontos porcentuais). Segundo a companhia, a melhora na margem Ebitda está associado à melhora nas perdas com créditos incobráveis, bem como ao incremento na receita.

Klabin

A Klabin informou que o armazém no Porto de Paranaguá, cuja licitação a empresa venceu hoje em leilão na B3, terá investimentos totais previstos da ordem de R$ 130 milhões e início de operações programado para janeiro de 2022. O arrendamento portuário garante acesso a uma área de 27.530 m2 pelo prazo de 25 anos, passível de prorrogação por mais 45 anos para movimentação e armazenamento de carga geral, especialmente papel e celulose.

Centauro

O Grupo SBF, da marca de varejo esportivo Centauro, obteve lucro líquido de R$ 111,829 milhões no segundo trimestre, queda de 2,4% sobre o mesmo período do ano passado. O Ebitda foi de R$ 175,549 milhões, 244,8% maior do que há um ano, com margem de 32,2%, contra 9,8% antes. Os dados foram apresentados conforme o padrão IFRS 16.

Em contar o IFRS 16, o lucro líquido é de R$ 118,9 milhões, queda de 2,43%, e o Ebitda, de R$ 141,4 milhões, alta de 177,6%, com margem de 25,9% (+16,1 p.p.). A receita líquida chegou a R$ 545,533 milhões, 5,1% maior, sendo que as lojas físicas tiveram alta de 3% na mesma comparação e a plataforma digital, de 15,1%.

A administração destaca que o crescimento se deve ao avanço do Omnichannel (tendência que integra lojas físicas, virtuais e compradores), que há um ano representava 33,6% da plataforma digital e no final de junho passou para 54,9%.

Para os analistas da Eleven Financial Luiz D’Aguiar e Giovanna Scottini, em relatório, a Centauro reportou resultado acima das expectativas, com forte evolução da estratégia omnichannel. “Gostamos dos números apresentados pela Centauro, que exibem boa consistência no
desenvolvimento da estratégia. No entanto, apesar de termos uma visão positiva para a companhia, entendemos que o papel já precifica uma
manutenção das boas taxas de crescimento”, apontaram, mantendo a recomendação para o papel em neutra.

Movida

A Movida encerrou o segundo trimestre de 2019 com lucro líquido contábil de R$ 41,5 milhões, cifra 4,0% superior aos R$ 39,9 milhões registrados no mesmo período de 2018. A linha foi impactada positivamente em R$ 2,8 milhões pela adoção da Lei do Bem, que trouxe no trimestre um benefício fiscal devido aos investimentos da companhia em inovação e resultou na queda da alíquota efetiva de Imposto de Renda.

Já o lucro líquido operacional da Movida – calculado excluindo os efeitos de créditos extemporâneos de PIS/Cofins -, atingiu R$ 39,7 milhões, crescimento de 43,3% ante igual período de 2018. O Ebitda consolidado somou R$ 154,9 milhões entre abril e junho, avançando 31% na comparação anual. A margem Ebitda (sobre receita líquida de serviços, que exclui a venda de ativos) ficou em 45,8% no período, 2,9 pontos porcentuais (p.p.) acima do apurado um ano antes.

Randon

A Randon apresentou lucro líquido de R$ 84,538 milhões no segundo trimestre deste ano, resultado 2,6 vezes acima do lucro de R$ 31,439 milhões do mesmo período do ano passado. No semestre, o lucro subiu 55,7% na comparação com os seis primeiros meses do ano passado, para R$ 116,203 milhões. O Ebitda consolidado somou R$ 203,655 milhões, expansão 61,3%. A margem Ebitda ficou em 15,6% (+3,2 p.p.). A empresa reportou ainda um Ebitda ajustado, que totalizou R$ 209,583 milhões, com margem de 16,1%.

Triunfo

A Triunfo Participações e Investimentos divulgou os seus dados operacionais. No acumulado do ano, até o fim de julho, o total de veículos equivalentes pagantes atingiu 79,857 milhões, estável na comparação com o mesmo período do ano passado quando era 79,769 milhões (apenas 0,1% a mais, excluindo os dados da Concepa, cuja concessão foi encerrada em julho do ano passado).

Segundo comunicado da empresa, o resultado é reflexo da greve geral dos caminhoneiros ocorrida em maio de 2018, além dos efeitos de iniciativas para redução das evasões. Ao desconsiderar a Econorte, devido aos desdobramentos judiciais recentes, o crescimento teria sido de 3,7%.

Outros balanços

Santos Brasil Participações registrou lucro líquido de R$ 6,3 milhões no segundo trimestre de 2019, revertendo assim prejuízo de R$ 4 milhões apurado no mesmo período de 2018. O Ebitda no trimestre ficou em R$ 51,7 milhões, alta de 38,8% na comparação anual. No critério pró-forma, o indicador ficou em R$ 32 milhões, aumento de 57,6%.

Alupar Investimentos registrou lucro líquido IFRS de R$ 110,9 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 12,9% ante os R$ 127,4 milhões anotados em igual período do ano passado. O Ebitda IFRS totalizou R$ 437,4 milhões de abril a junho, expansão de 10,3% em um ano, com margem de 53,5%, queda de 23,7 pontos porcentuais em um ano.

Hapvida registrou lucro líquido de R$ 227,1 milhões no segundo trimestre de 2019, resultado 51,4% maior que o apurado em igual período do ano passado. Com efeitos do IFRS 16, o lucro líquido do trimestre foi de R$ 223,4 milhões.O Ebitda somou R$ 268 milhões entre abril e junho, com crescimento de 28,2% ante igual trimestre do ano passado. Com o IFRS 16, o indicador ficou em R$ 293,8 milhões.

Alliar registrou no segundo trimestre deste ano lucro líquido de R$ 9,6 milhões, alta de 82,1% sobre o mesmo período do ano passado. Na norma contábil IFRS 16 (pro-forma) o crescimento chegou a 108,4%. O Ebitda atingiu no segundo trimestre deste ano R$ 65,3 milhões, alta de 26,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Pela norma IFRS, o Ebitda entre abril e junho chegou a R$ 53 milhões, aumento de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Wilson Sons registrou lucro líquido de US$ 6,7 milhões no segundo trimestre de 2019, ante prejuízo de US$ 0,8 milhões de igual período do ano passado. O resultado inclui os ajustes decorrentes da norma contábil IFRS 16. Desconsiderando esses efeitos, o lucro líquido foi de US$ 7,8 milhões. O Ebitda atingiu US$ 33,4 milhões entre abril e junho no critério considerando o IFRS16. Sem a regra, o Ebitda seria de US$ 28,1 milhões ante Ebitda de US$ 36,6 milhões registrado um ano antes.

FONTE: AE BROADCAST

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