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IRB Brasil Re, Petrobrás, Taesa e outras | Nova Futura

Written by Nova Futura | 20/10/2023 19:58:23

ECONOMIA E MERCADOS – CORPORATIVO

Após turbulência nos mercados financeiros mundo afora, depois que a China deixou sua moeda desvalorizar, com o dólar rompendo a barreira dos 7 yuans pela primeira vez, levando a uma queda generalizada de ações no Ibovespa, a tendência hoje é de recuperação, ajudada por balanços corporativos considerados “positivos”, como o do IRB Brasil Re. Fique de olho também em Petrobras, que anunciou mudança na política de preços do GLP e Gol, que divulgou seus números operacionais de julho. Atenção também para Banco do Brasil.

O ressegurador anunciou lucro líquido de R$ 388,4 milhões no segundo trimestre deste ano, 35% maior que o registrado em igual intervalo de 2018, de R$ 287,3 milhões. Na primeira metade do ano, o resultado atingiu R$ 738,9 milhões, incremento de 37% em relação aos seis primeiros meses do exercício passado. O volume de prêmio de resseguro do IRB alcançou R$ 2,355 bilhão de abril a junho, cifra 22% superior à vista um ano antes.

Além disso, o IRB retomou a divulgação de suas projeções de desempenho para 2019 e também revisou a expectativa para prêmios (faturamento). A empresa espera que seus prêmios de resseguros cresçam de 20% a 27% neste ano. A projeção é bem mais otimista que a anterior, quando o ressegurador projetava incremento de 17% a 24%.

O IRB confirmou notícia antecipada pela Coluna do Broadcast quanto à aquisição de uma fatia na B3i, registradora global de contratos de seguros e resseguros, e a parceria com o C6 Bank, fundado por ex-executivos do BTG Pactual. São os primeiros movimentos após a companhia se tornar uma Corporation, ou seja, de capital pulverizado, em meio à saída do Banco do Brasil e da União do bloco de controle. O IRB adquiriu 8,93% das ações da B3i por 3,5 milhões de euros.

Em relação ao novato C6 Bank, que deu início às suas operações ontem, o IRB confirmou, conforme também antecipado pela Coluna do Broadcast, que fechou acordo operacional de dez anos com o banco e sua corretora de seguros. A companhia será o ressegurador líder dos negócios de seguro prestamista gerados nos canais de distribuição do C6, ficando com 85% dos negócios gerados e a Seguradora retendo 15%.

Voltando para o exterior, as bolsas asiáticas tiveram mais um pregão em queda, enquanto que as praças europeias e os futuros de Nova York ensaiam uma recuperação. Em nova resposta às acusações recebidas do governo americano, o Banco do Povo da China (PBoC) “se opõe firmemente” à decisão dos Estados Unidos de designar o país asiático como um “manipulador cambial”, dizendo se tratar de um “comportamento protecionista” que vai “não só minar seriamente a ordem financeira internacional, mas também provocar turbulência nos mercados financeiros”.

Para Bruno Madruga, sócio e chefe de renda variável da Monte Bravo, alguns economistas citam que as disputas comerciais podem se agravar mais ainda, podendo gerar um novo capítulo para essas tensões: uma guerra cambial. Em meio as preocupações, o futuro do minério de ferro negociado em Dalian teve mais um dia de queda, com baixa de 2,19%, para 693,500 yuans. Diante disso, CSN e Vale podem amargar novas perdas na sessão de hoje.

Petrobras

A diretoria da Petrobras definiu uma nova política de preço para o botijão de gás, o GLP envasado em recipiente de até 13 kg, um produto de forte apelo social. A partir de agora, os consumidores residenciais pagarão valores alinhados aos mercado externo, como já acontece com o GLP destinado à indústria e ao comércio. Houve ainda uma alteração no prazo de reajuste, que passou a ser indefinido.

Segundo Passos, da Guide, o “viés é positivo para ação, já que os preços referenciados pelo mercado internacional gera competitividade e menos perdas”.

Atualmente, a tonelada do GLP de uso industrial custa nas refinarias da estatal R$ 1.950,80 e o de uso residencial, R$ 1.850,80. Esses valores representam redução média de 13,4% no preço do GLP industrial e de 8,2% no preço dos envasados até 13 kg. Novas revisões vão depender das condições do mercado e da avaliação dos cenários interno e externo.

Em relação à commodity, o petróleo registra hoje pela manhã leve alta, após pesadas perdas em duas das três últimas sessões. “Preocupações sobre a demanda e o conflito comercial em ritmo de escalada ainda estão mantendo o mercado de petróleo em uma chave de braço”, escreve Carsten Fritschm analista de commodities do Commerzbank em relatório a clientes, destacando que a China ainda não colocou o óleo bruto dos EUA na lista de bens sujeitos a tarifas sobre importações, “mas isso pode mudar a qualquer momento”.

Em reunião com o CEO da Petrobras, o analista Christian Audi do Santander apontou que o CEO destacou que o objetivo continua sendo “de uma empresa mais enxuta e eficiente”.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil informou há pouco que recebeu pedido da Caixa Econômica Federal por meio de ofício, para cooperar com estudos que a administradora do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) está fazendo para possível venda das ações do banco de titularidade do fundo.

A Caixa formou sindicato de assessores financeiros e legais para avaliar as alternativas, entre as quais uma oferta pública secundária de ações (follow on).

“Esta é uma notícia extremamente positiva para o BB para o médio e longo prazo. Quanto menos interferência política tivermos na gestão de estatais, melhor. Já no curto prazo, pode haver alguma pressão vendedora porque teremos a saída de um acionista com participação relevante”, explicou Passos, analista da Guide.

Taesa

A Taesa registrou lucro líquido de R$ 307,4 milhões no segundo trimestre deste ano, cifra 11,3% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado no padrão IFRS. Já o resultado regulatório somou R$ 223,8 milhões, queda de 17,8%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no padrão regulatório ficou em R$ 309,4 milhões, queda de 14,4%, com margem Ebitda de 85,9%, menor que a de 87,3% no segundo trimestre do ano passado. A companhia atribui essa retração ao corte de 50% da Receita Anual Permitida (RAP) de algumas concessões, compensada em parte pela redução dos custos entre os períodos comparados.

Gol

A Gol registrou crescimento de 7,2% da demanda total (medida em passageiros-quilômetro pagos transportados, ou RPK) na comparação de julho com igual mês de 2018, segundo números prévios de tráfego. No mesmo período, houve alta de 3,4% da oferta total (calculada em assentos-quilômetros ofertados, ou ASK) da aérea. Com isso, a taxa de ocupação consolidada atingiu 84,6%, 3 pontos porcentuais (p.p.) acima do registrado um ano antes.

Marfrig

A Marfrig Global Foods anunciou acordo de exclusividade com a Archer Daniels Midland Company (ADM) para produção e comercialização de hambúrguer vegetal. A empresa americana ficará responsável pela produção e fornecimento da proteína vegetal, ao passo que a Marfrig produzirá, distribuirá e venderá os produtos para food service, inicialmente, depois no varejo.

Haverá uma marca específica para os produtos de origem vegetal, ainda não revelada no comunicado divulgado nesta madrugada.

AES Tietê

A geradora de energia AES Tietê Energia registrou lucro líquido de R$ 35,4 milhões no segundo trimestre deste ano, o que corresponde a recuo de 61,9% na comparação com os R$ 93 milhões anotados no mesmo período de 2018. No acumulado do semestre, o resultado líquido somou R$ 97,5 milhões, queda de 34%.

O Ebitda anotado entre abril e junho foi de R$ 225,5 milhões, 16,6% abaixo dos R$ 270,3 milhões de igual etapa do ano passado. A margem Ebitda recuou 13 pontos porcentuais (p.p.) na mesma comparação, para 45,5%.

O lucro ficou 54,9% abaixo dos R$ 78,5 milhões estimados pelo mercado, segundo a média das projeções de cinco casas consultadas pelo Prévias Broadcast. Vale salientar que as projeções oscilavam entre R$ 99 milhões e R$ 35 milhões, portanto o resultado ficou em linha com a mais pessimista das projeções. O Ebitda foi 18,3% inferior aos R$ 276,06 milhões projetados, considerando a média das estimativas.

A AES Tietê pagará dividendos intermediários no montante total de R$ 35.206.616,19, sendo R$ 0,01789513391 por ação ordinária e preferencial, equivalente a R$ 0,08947566955 por Unit. O pagamento será realizado no dia 23 de outubro aos que forem acionistas na data base de 08 de agosto e as ações passarão a ser negociadas ex-dividendos a partir de 09 de agosto.

Os dividendos foram aprovados pelo conselho de administração, que também elegeu hoje Julian Jose Nebreda Marquez, como presidente do colegiado e Leonardo Eleutério Moreno, como vice-presidente.

Anima

A Anima Holdings fechou a compra da rede de ensino Ages. A operação envolve o pagamento de R$ 49,7 milhões por 74,03% do capital das empresas Ages Empreendimentos Educacionais e Vidam Empreendimentos Educacionais. Deste valor, R$ 44,7 milhões serão pagos 3 dias após a conclusão da transação, e outros R$ 5 milhões em até 60 dias após o fechamentos.

Além deste valor, a Anima vai aportar R$ 65,3 milhões para pagamento das dívidas das duas empresas, inclusive dividendos passados devidos aos sócios. Os vendedores poderão ainda fazer um aporte de R$ 35 milhões, equivalente aos 25% restantes do capital da Ages, na Sobepe, empresa da Anima que vai realizar a aquisição. Essa operação vai consistir na entrega de ações da Anima para o professor José Wilson dos Santos, fundador da Ages, que vai ficar com 2,10% das ações da companhia.

Unidas

A Unidas (ex-Locamerica) obteve lucro líquido recorrente (com IFRS 16) de R$ 83,9 milhões no segundo trimestre, configurando aumento de 59,6% ante o mesmo período de 2018. Com isso, a empresa acumulou, no primeiro semestre de 2019, lucro líquido recorrente de R$ 167,44 milhões, uma alta de 8,2% em relação à primeira metade do ano passado.

Entre abril e junho, o Ebitda recorrente da Unidas atingiu R$ 316,5 milhões, alta de 32,9% no comparativo anual, considerandos todos os negócios da empresa (terceirização de frotas, aluguel de carros e seminovos) e os efeitos do IFRS 16. No semestre, a cifra acumulada foi de R$ 606,5 milhões, alta de 22,6% na base anual.

Marcopolo

A Marcopolo registrou lucro líquido de R$ 90,9 milhões no segundo trimestre deste ano, cifra 290,1% superior à registrada no mesmo intervalo do ano passado, de R$ 23,3 milhões. No primeiro semestre, o lucro somou R$ 117,9 milhões, alta de 117,1% sobre mesmo período de 2018.

O Ebitda somou R$ 105,5 milhões no segundo trimestre, um desempenho 2% inferior ao reportado no mesmo intervalo do ano passado, com uma margem 9,2% (-0,7 p.p.). No semestre, o Ebitda recuou 1,6%, para R$ 166,2 milhões, com margem de 8,1% (-1 p.p.).

“Apesar do top line em linha com o esperado, a piora da rentabilidade, com a redução das exportações e a oscilação cambial, afastaram os resultados de nossas projeções. Mantemos perspectiva positiva para o volume de 2019 no mercado interno e América Latina ex-Argentina. Além disso, com maior racionalidade nos preços, Marcopolo deverá voltar a
apresentar nos próximos trimestres melhores margens. Porém, por ora, mantemos a visão conservadora e a recomendação neutra”, apontaram os analistas Flávia Ozawa e Carlos Daltozo, da Eleven Financial.

Vulcabras

Já a Vulcabras obteve lucro líquido de R$ 30 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 9,2% em comparação a igual período do ano passado.

O Ebitda somou R$ 50,5 milhões, representando um aumento de 14,2%. A margem Ebitda diminuiu 0,3 ponto porcentual, atingindo 15,4% de abril a junho, ante 15,7% do segundo trimestre de 2018. A empresa explica que, com a adoção da norma IFRS 16 / CPC 06 (Operações de Arrendamento Mercantil) o Ebitda foi positivamente impactado em R$ 3,0 milhões no segundo trimestre deste ano.

A empresa recebeu o pedido de renúncia de Pedro Bartelle ao cargo de diretor de Relações com Investidores da companhia. O executivo continua como diretor presidente da empresa. Para o seu lugar na diretoria de RI, foi eleito Wagner Dantas da Silva, que atualmente ocupa os cargos de diretor Administrativo e de Finanças.

Banco Pine

Em resposta a questionamento feito pela B3 sobre a alta recente de suas ações na Bolsa, o Banco Pine afirma que os administradores estão colocando em prática um novo modelo de negócios.

No comunicado, o banco revela que esse novo modelo visa o aumento da base de clientes, pulverização dos riscos e aumento da rentabilidade. O Pine está trabalhando para adotar metodologias mais ágeis e digitalização de jornadas e canais. Além disso, o banco quer vender ativos que não fazem parte do seu negócio principal, como imóveis e ativos financeiros recebidos como pagamento em sua antiga operação no segmento Corporate.

O Pine esclarece que estas mudanças ainda não tiveram seus detalhes fechados, como modelagens e características. E que por enquanto, não há qualquer operação que pudesse justificar a alta dos papéis. Somente no pregão de ontem, Pine PN subiu mais de 30%. Em 30 dias, a ação acumula valorização de 67%.

Outras notícias

O conselho de administração da Klabin aprovou o pagamento de dividendos intermediários no valor de R$ 192 milhões, correspondente a R$ 0,0364311432 por ação ON e PN e R$ 0,182155716 por Unit. A partir de 09 de agosto as ações serão negociadas ex-dividendos, sendo que o pagamento será realizado em 19 de agosto.

O conselho de administração do BTG Pactual aprovou o pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor bruto de R$ 0,715 por Unit. O valor será pago com base na posição acionária da próxima quarta-feira (07), e a partir de quinta (08), os papéis serão negociados ex-juros. O crédito será realizado aos acionistas no dia 15.

O conselho de administração da Totvs aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 36.223.951,44, correspondente a R$ 0,19 por ação, referente ao primeiro semestre de 2019. Terão direito ao provento os acionistas na base da empresa em 12 de agosto. As ações passam a ser negociadas “ex” direito ao JCP a partir do dia seguinte. FONTE: AE BROADCAST