IPCA em doze meses derrete para 3,37% e Ibovespa bate recorde

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  • Em dia de agenda super lotada, o IBGE divulgou o IPCA de junho, que veio em 0,01%. Os itens que mais pesam no índice vieram em forte queda, com destaque para alimentação (-,025%), habitação (0,07%) e transportes (-0,31%). Depois de bater quase 5% em abril, o IPCA acumulado despencou, refletindo as melhoras das condições climáticas, a queda do petróleo e do dólar. Como a inflação é fortemente influenciada pelo nível de atividades, esse resultado reflete a desaceleração que temos observado nos principais indicadores do segundo trimestre. Aumentam as chances do COPOM reduzir a SELIC nas próximas reuniões e reforça-se nossa expectativa de juros a 5,75% no final do ano.
  • No exterior, os mercados viraram e passaram a subir, depois que o discurso de J.Powell, que será lido daqui a pouco no Congresso, sinalizou que o FED está preocupado com a redução dos investimentos, decorrente das incertezas geradas pela guerra comercial. O mercado ficou mais cauteloso após a  divulgação do payroll de junho, na sexta-feira, mostrando que o mercado de trabalho do país está bem aquecido. Os juros de dez anos subiram cerca de 15 bps, desde a sexta. As treasuries dos EUA estão saindo com yield de 2,10% e as da Alemanha com -0,35%.  Após a divulgação do discurso de Powell, os mercados acionários viraram e passaram a subir. O S&P500 futuro está em alta de 0,42% e o Nasdaq em alta de 0,73%.
  • No Brasil, a abertura foi positiva, reagindo à alta das ADRs ontem, nos mercados internacionais e à perspectiva de aprovação da reforma em primeiro turno hoje na Câmara. O futuro do Ibovespa está em alta de 0,95%, a 106.200 pontos e o dólar caiu mais 1%, saindo a R$ 3,7705. Os juros para jan/20 estão saindo a 5,75%, sinalizando chance elevada da SELIC terminar 2019  em 5,5% e os para jan/27 estão a 7,24%.

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