Intervenção chinesa continua a incomodar mercados em dia de perspectivas globais do FMI.

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As bolsas europeias encerraram o dia sem sinal único com os investidores ponderando os bons resultados corporativos com a queda nos indicadores de expectativa divulgados na Alemanha, sinalizando receios em relação à variante Delta.

Em Wall Street os mercados fecharam em alta com a divulgação de balanços de importantes de empresas de tecnologia como a Tesla com alta de 98%. A alta do Bitcoin também contribuiu para companhias relacionadas ao ativo, sustentando a Nasdaq e o S&P 500.

No Brasil, o Ibovespa seguiu seus pares de Nova York. O Principal índice da B3 foi impulsionado pela retomada das commodities enquanto os investidores aguardam bom números de balanços. Pelo lado negativo, houve receios em torno da nova variante da Covid-19, a Delta, pressionando comércio e shoppings.

Para hoje (27/07)

Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em queda. Mais uma vez, os investidores tiveram receios em torno da intervenção na China nos mercados de tecnologia, imobiliário e de educação. O governo do país usa como pretexto o uso de informações das empresas de tecnologia, as questões em torno do controle que o Estado possui na educação e no setor imobiliário, existe a possiblidade de uma bolha, algo que alguns players do mercado já discutem a algum tempo.

Na Europa, os mercados operam em queda, com os investidores temendo novas restrições por conta do aumento no número de infectados pela nova variante da COVID-19 e de olho nas intervenções na China. Quanto aos dados econômicos, se destacam os dados monetários da Zona do Euro e o indicador de consumo no Reino Unido.

Os futuros da bolsa americana também começam o dia em queda, influenciados pelos temores em torno da variante Delta e de mais um dia de repercussão das intervenções da China. Na agenda, se destacam indicadores relacionados aos preços de imóveis, bens duráveis e confiança do consumidor.

No Brasil, o mini índice futuro também abre em baixa sendo influenciado pelo mau-humor global. Apesar das perspectivas positivas de balanço, hoje a queda no minério de ferro de 2,83% em Qingdao, também oriunda da intervenção chinesa, tende a afetar a bolsa brasileira.

Segundo a FGV, em seu indicador de Sondagem da Construção de julho, o setor imobiliário segue crescendo, mas os custos de acordo com Índice Nacional de Custo da Construção tiveram alta de 1,24% afetando negativamente o setor.

Os investidores também olharão o saldo em conta corrente e de Investimento Estrangeiro Direto com expectativas de somar US$ 5,150 bilhões e US$ 2,500 bilhões respectivamente.

O FMI divulgará revisão do relatório para perspectiva global.

O Bacen ofertará até 15.000 contratos de swap a partir das 11:30.

Na agenda de balanços, teremos importantes companhias como CSN, CSN Mineração, Assaí, Unidas, Vamos. Vivo pós-mercado e Carrefour Brasil.

Os ruídos na política, como a entrega na casa civil ao centrão e partidos se voltando contra membros que apoiem o governo também ficarão no radar.

Autor: Matheus Jaconeli

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