Os principais índice da Europa fecharam em alta ontem (10). A recuperação nos preços do petróleo a expectativa de aprovação do pacote bipartidário nos Estados Unidos manteve o bom-humor dos investidores no continente. Pelo lado dos indicadores de condições atuais divulgados pelo institui ZEW, eles vieram aquém do esperado, mas não foram suficientes para derrubar os mercados.
Em Nova York, os principais índices avançaram com a aprovação do pacote para infraestrutura no Senado. O investimento bipartidário de US$ 1 trilhão e, além disso, também houve início à votação de um pacote de US$ 3,5 trilhões que os democratas buscam, mesmo sem aprovação do lado republicano. A recuperação do setor energético, também ajudou no avanço dos índices.
No Brasil, o mercado operou em direção oposta de seus pares. O ajuste do mercado e das curvas de juros após a divulgação da Ata do Copom. Os ruídos políticos também contribuíram para a volatidade do mercado levando à uma troca de portifólios entre reopening por empresas de commodities.
Para hoje (11/08)
Os mercados na Ásia tiveram desempenho misto. Pelo lado negativo, o avanço no número de infectados pela nova variante Delta continua a assustar os mercados, mas o avanço das empresas de siderurgia e as expectativas de estímulos fiscais no Japão sustentaram alguns mercados. Quanto aos indicadores de atividade, os dados de financiamento social e oferta monetária ficaram aquém do esperado.
Na Europa, os índices operam em alta. Apesar dos receios relacionados ao avanço da nova variante no continente, a aprovação do pacote de investimentos nos Estados Unidos e os índices de inflação dentro na Alemanha fazem contribuem para o avanço.
Os futuros nos EUA operam mistos com os investidores aguardando os números do CPI que subiram levemente acima do esperado e digerindo a aprovação do pacote dos estímulos. Ao longo do dia os investidores também ficarão atentos à divulgação dos estoques de petróleo e discurso de membros do FOMC.
No Brasil, o mini índice futuro opera em queda enquanto os agentes esperam dados importantes nos Estados Unidos.
Quanto ao dado de conjuntura interna, as Vendas no Varejo de junho registraram queda de 1,7% ante expectativa de elevação de 0,7%. Em 12 meses, o indicador subiu 6,3%. Dentre as categorias que afetaram negativamente o índice, se destacam vestuário e calçados (-3,6%) e Escritório, Informática e comunicação (-3,5%).
O mercado, após o alívio em relação aos precatórios e ao governo buscando dispositivo para que regra de ouro do orçamento vigore, os futuros dos juros abrem em baixa, mas o cenário político continuará no radar.
Os balanços divulgados hoje serão: JBS, B3, Banco Inter, Copel, Eletrobras, MRV, Oi, Suzano, Aeris, Aliansce Sonae, Enauta, Guararapes, Hapvida, Helbor, Iochpe-Maxion, Locaweb, LPS, Moura Dubeux, Simpar, Sul América, Taesa, Ultrapar, Valid, Via, Wilson Sons pós-mercado e Equatorial.
Autor: Matheus Jaconeli