O Índice de Preços ao Produtor acelera nos EUA e serviços surpreendem no Brasil.

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Os principais mercados europeus fecharam em alta na tarde desta quarta-feira (11) devido à recuperação nas commodities metálicas e por conta dos indicadores de inflação dentro do esperado. A aprovação do pacote de estímulos ao setor de infraestrutura também contribui para o avanço das bolsas.

Os mercados em Nova York fecharam mistos na tarde de ontem (11). Ao passo em que o havia realização nas ações de tecnologia. Mesmo com os números de inflação levemente acima do esperado no ano, ao mês, para julho houve avanço de 0,5% ante 0,9% em junho, mostrando certa desaceleração. Além disso, o mercado continuou a responder à aprovação do pacote fiscal.

No Brasil, o mercado passou por forte volatilidade. Por alguns momentos, os setores afetados pelo mau-humor interno foram o imobiliário e de consumo, evidenciando cautela dos agentes em relação ao mercado interno. Todavia, o fim do dia, as tensões políticas acabaram por afetar o mercado como um todo.  

Para hoje (12/08)

Os principais mercados asiáticos fecharam em queda no pregão desta madrugada ao passo em que a nova variante avança no continente, o que deteriora as expectativas em relação à demanda impactando, também, os preços do minério de ferro que tiveram queda 2% na bolsa de Dalian.

Na Europa, os mercados operam majoritariamente em alta. A produção industrial aquém do esperado na Zona do Euro faz com que os agentes mantenham as expectativas de que o BCE manterá os estímulos a economia do bloco. No Reino unido, a agenda também está cheia de dados importantes como o PIB, produção industrial e do setor imobiliário.

Os futuros nos Estados Unidos também operam em alta. Os mercados responderão ao índice de preços ao produtor que vieram acima do esperado, podendo afetar o movimento dos juros longos. Os pedidos semanais por seguro-desemprego seguem em linha com esperado.

No Brasil, o contrato do mini índice futuro opera em queda. Os ruídos na política e a reforma do IR continuam a afetar os DI’s evidenciando elevação do risco percebido.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os números do setor de serviços de junho. Após decepção nos números do varejo, o varejo, setor mais afetado pela crise gerada pela pandemia, teve avanço acima do esperado. Ao mês, a alta foi de 1,7% e em 12 meses houve elevação de 21,1%. Dentre as categorias com maior avanço se destacam serviços de informação e comunicação (2,5%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%) e de serviços prestados às famílias (8,1%).

O Tesouro fará oferta de LTNs para os vencimentos 2022, 2023 e 2025; NTN-Fs para 2027 e 2031; LFT para 2023 e 2027.

A agenda política ficará no radar do mercado a continuação da votação da reforma eleitoral. Quanto à reforma do IR, a apresentação da nova versão do texto insere um corte de 1,5% na CSLL, fazendo com que o tributo diminua de 9% para 7,5%.

Na agenda de balanços teremos: Azul, Bradespar pré-mercado, BRF, Americanas, Lojas Americanas, Lojas Renner, Magazine Luiza, Natura, Sabesp, Sanepar, Rumo, Mahle Metal Leve, Alliar, Arezzo, Banrisul, BR Malls, CCR, Cury, Cyrela, Energisa, EZ Tec, Grupo Mateus, Grupo Soma, Lavvi, Light, Lojas Marisa, Neogrid, SLC Agrícola, Grupo SBF, Track & Field e Wiz pós-mercado

Autor: Matheus Jaconeli

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