Os mercados internacionais fecharam majoritariamente em alta na sexta-feira (13). O foco de Biden quanto ao avanço de um pacote de estímulos unido à projeção de uma vitória de Biden na Geórgia, contribuíram para o apetite pelo risco. Dados de conjuntura econômica também contribuíram para a melhora do humor.
Os ganhos de Wall Street foram motivados pela vitória projetada pela imprensa no Estado da Georgia. Do ponto de vista geopolítico, a união da China aos países que parabenizaram Joe Biden, também foi vista positivamente pelo mercado.
O Dow Jones o S&P 500, fecharam com alta de 1,37% e 1,36%, respectivamente e a Nasdaq ganhou 1,02%.
Os mercados europeus, a maioria dos índices tiveram uma sexta-feira de alta O bom humor vindo dos Estados Unidos. Os números do PIB vieram próximo do esperado dos agentes, elevação de 12,6% ao trimestre e queda de 4,4% ao ano.
Na Espanha, o IBEX 35 teve alta de 0,75%. Milão, subiu 0,41%. Paris, ganhou 0,33% e Frankfurt teve valorização de 0,18%. Em Londres, o FTSE 100 perdeu 0,36%.
No Brasil, além do bom humor externo, os dados internos também contribuíram para a alta. Os números do IBC-Br superaram as expectativas dos agentes com elevação de 1,29%, melhorando as expectativas para o PIB. Além disso, Guedes reforçou seu compromisso com a disciplina fiscal.
Com o cenário acima, a bolsa fechou com alta de 2,16% em 104.723 pontos. O dólar fechou próximo da estabilidade, em R$ 5,47.
No mercado de petróleo, diferentemente do que ocorreu no mercado de ações, houve queda. A disparada nos números da COVID-19 no hemisfério norte, juntamente com o aumento da produção da commodity Líbia, levaram à desvalorização nos preços.
O petróleo Brent, teve queda de 1,70%, a US$ 42,78. O WTI, cedeu 2,4% a US$ 40,13 o barril.
Na Ásia, a alta foi generalizada com após dados positivos do Japão e da China serem divulgados. A produção industrial chinesa chegou a 6,9% ante as expectativas de 6,5%. O PIB nipônico teve alta de 21,4% no trimestre anualizado e, ao trimestre, a elevação foi de 2,9%.
Na China continental, o Xangai Composto teve alta 1,11% e o Shenzhen ganhou 0,93%. Nas ilhas semiautônomas, Taiwan ganhou 2,10% e Hong Kong, subiu 0,86%.
No Japão, o Nikkei subiu 2,05% e o sul-coreano, Kospi, ganhou 1,97%;
Hoje (16), os mercados europeus abrem em alta olhando para os dados positivos anunciados no extremo oriente na noite de domingo (15). Os futuros nos Estados Unidos também ampliam as altas, mediante à fala de assessores de Biden, a afirmar que não buscam a estratégia de bloqueio social, apesar do aumente nos casos de COVID-19 aumentarem.
No Brasil, o impulso vindo do exterior pode contribuir para o humor da bolsa brasileira. Na política, apesar de ter pouco impacto, mostra que o centro avança. Após as eleições aproximam-se as pautas prioritárias no Senado, se as expectativas do presidente da Câmera, Rodrigo Maia, estiverem corretas, as pautas de definição das questões fiscais.
Na Europa, a semana começa com a agenda econômica relativamente vazia, com discursos de membros do BCE (Banco Central Europeu). Lagarde fala no Fórum Econômico Mundial sobre as mudanças que podem ocorrer na economia após a COVID-19. Yves Mersh, falará no evento de política monetária e investimentos do Fundo Monetário Internacional.
Nos Estados Unidos, a agenda econômica também estará relativamente vazia com discursos de membros do FOMC o indicador de atividade industrial de Nova York.
O FED de Nova York publicará um indicador de atividade econômica importante, levando em conta a saúde financeira do setor industrial. Os agentes esperam que novembro seja positivo para o setor em Nova York, saindo de 10,50 pontos e com avanço de 13,50, caso as perspectivas do mercado se concluam.
Quanto aos membros do FOMC, Daly e Clarida trarão perspectivas por parte do FED, contribuindo para criação de expectativas por parte dos agentes econômicos.
No Brasil, a agenda também será relativamente, vazia. O Relatório Focus trás as perspectivas do mercado. Após os números do IBC-Br, espera-se que as expectativas para o PIB tenham melhora. Todavia, as preocupações em torno das contas públicas e do dólar estão no radar dos agentes.
Autor: Matheus Jaconeli