IGP-M registra mais uma alta e mercado fica atento às mudanças ministeriais de Bolsonaro

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Na Europa, os mercados fecharam mistas, com os investidores ponderando o plano de infraestrutura para estimular a economia dos Estados Unidos e a queda do setor financeiro. Londres e Madri, ambas tiveram queda de 0,07%. Frankfurt teve alta de 0,47%, Paris subiu 0,45%, Lisboa ganhou 0,57% e Milão avançou 0,12%.

No Brasil, o Ibovespa, fechou com alta de 0,56% em 115.418,72 pontos. A alta se deveu à força do minério de ferro em 4,08% em Qingdao (China) e com a elevação do petróleo. Internamente, o que contribuiu foi a medida provisória de facilidade dos negócios. Todavia, os ruídos políticos e o lado fiscal limitaram a alta do principal índice da B3.

Em Wall Street, a alta também ficou marcada em virtude da avanço da vacinação em a possibilidade de avanço da economia e a possível reabertura, favorecendo setores tradicionais. O Dow Jones teve alta de 1,39%. O S&P 500 ganhou 1,66% e o Nasdaq teve avanço de 1,24%.

Os mercados na Ásia, fecharam em alta com vistas para recuperação global liderada pelos Estados Unidos e China, haja vista os estímulos americanos e a força da demanda do país asiático. Na China continental, o Xangai teve alta de 0,62% e o Shenzhen avançou 0,47%. Hong Kong e Taiwan tiveram ganho de 0,84% e 0,48% respectivamente. Tóquio avançou 0,16% e Seul subiu 1,12%.

Para hoje (30/03)

Os futuros em Nova York abriram em queda com os investidores ponderando as possíveis consequências da chamada de margem da Archegos, fazendo os Yields dos Treasuries voltarem a subir. Na Europa, os mercados abrem em alta, de olho da recuperação global e com dados regionais positivos.

No Brasil, o mini índice futuro abre operando em baixa, refletindo as quedas do petróleo e de Nova York, além dos ruídos na política.

O IGP-M registra mais uma alta, chegando em 2,94% em março, acumulando 8,26% no ano e 31,10% em 12 meses. O índice de preço ao produtor também evidenciou avanço, subindo 5,22% em fevereiro. Ainda sobre dados de atividade econômica, o CAGED divulgará o número de vagas criadas, com expectativa de 257.500 vagas em fevereiro ante 260.353 de janeiro. Também teremos a divulgação do resultado do governo central de fevereiro; espera-se um déficit de R$ 24,4 bilhões em fevereiro contra o superávit de R$ 43,2 bilhões em janeiro.

O Tesouro fará ofertas NTN-Bs para 2024, 2028 e 2040 e o Bacen ofertará até 16.000 contratos de swap a partir das 11:30.

O mercado também fica atento à reforma ministerial de Jair Bolsonaro. Há a expectativa de que os novos nomes facilitem a articulação política entre o governo federal e o Congresso.

Internacional

Na Zona do Euro, foram publicados indicadores de confiança e de expectativa. A confiança de empresas e consumidores de março foi para 101 pontos, ante expectativa 96 pontos. A confiança do consumidor se manteve em -10,8 pontos. A confiança de serviços e da indústria superaram as expectativas em -9,3 e 2,0 pontos respectivamente. A expectativa de inflação do consumidor de março saiu de 15,7 para 18,6 pontos e as a expectativa de preços de venda saiu de 9,8 pontos para 17,6.

Na Alemanha, a prévia índice de preços do consumidor saiu de 1,3% para 1,7% no ano e ao mês teve queda, saindo de 0,6% para 0,5%.

Entre os dados mais importantes dos Estados Unidos, serão divulgados os preços dos imóveis anual de semestre a semestre para o mês de janeiro. A expectativa é de que o indicador terá elevação de 11% ante avanço de 10,1% em dezembro. O Conference Board publicará o índice de confiança do consumidor de março, com previsão de elevação de 96,9 pontos, ante 91,3 em fevereiro. Por fim, ao fim do dia, a API publicará os estoques de petróleo produzidos pelo setor privado.

Autor: Matheus Jaconeli

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