Ibovespa se descola do mau-humor externo, IBC-Br (BR) e outros dados

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As principais bolsas globais fecharam o dia majoritariamente em queda. Enquanto na Europa, os números do COVID-19 continuam a levar cautela aos agentes. Nos Estados Unidos, os atrasos em relação aos pacotes de estímulos ofuscaram os resultados de importantes bancos. No Brasil, commodities, financeiro e energia ajudaram o Ibovespa.

Wall Street fechou em queda com o Ministro do Tesouro, Steven Mnuchin informando que o governo e a oposição, mesmo após semanas de negociação, continuma muito distantes de um acordo, diminuindo o ânimo dos investidores na sessão de ontem (14).

O Dow Jones, fechou em queda 0,58%. O S&P 500 a Nasdaq, tiveram retração de 0,66% e 0,80% respectivamente.

Os mercados europeus fecharam o dia sem direção única, com os agentes ponderando os riscos que podem ser trazidos por novas medidas de isolamento social por conta dos novos focos de coronavírus e os números de conjuntura econômica dentro do esperado.

O fortalecimento da Libra, por conta do posicionamento mais flexível quanto ao Brexit, fez exportadoras britânicas caírem, levando Londres a ter perdas 0,58%. Frankfurt, focou próxima da estabilidade, a 0,05. Paris, com o toque de recolher por conta da volta da COVID-19, perdeu 0,21%. Madri e Milão, subiram 0,25% e 0,60% respectivamente.

No Brasil, o noticiário político mais tranquilo e o vencimento de índice com a força compradora a superar a vendedora, contribuíram para que o Ibovespa se descolasse do mau-humor externo. O setor financeiro e as commodities tiveram elevação com por conta do noticiário externo e o setor elétrico também registrou alta com os agentes buscando proteção contra a possibilidade de aumento de infectados por covid-19 no exterior.

O Ibovespa fechou com alta de 0,84%, a 99.334,43 pontos. O Dólar, fechou com alta de 0,36%, cotado a R$ 5,60.

Os contratos de petróleo fecharam em alta com o enfraquecimento do dólar frente as outras moedas durante a sessão e a AIE (Agência Internacional de Energia), manteve inalterada a e expectativa de queda na demanda para o ano, minimizando as expectativas de queda mais profunda.

O WTI para novembro teve ganhos de 2,09%, cotado a US$ 41,04. O contrato do Brent para dezembro, teve elevação de 2,05%, a US$ 43,32.

Na Ásia, os mercados fecharam em queda, seguindo as bolsas dos Estados Unidos. As notícias nos Estados Unidos indicando que a possibilidade de estímulos antes das eleições e, também no ocidente, o aumento no número de casos de infectados pelo coronavírus na Europa, afetaram as expectativas dos agentes. Os protestos pró-democracia na Tailândia, também influenciaram os mercados.

Quanto aos dados de conjuntura econômica, A inflação anual ao consumidor da China, teve alta de 1,7% em setembro, próximo das expectativas de 1,8%, após elevação de 2,4% em agosto, sendo o menor valor desde fevereiro de 2019 (+1,5%).

Tóquio, teve queda de 0,51%. Hong Kong, derreteu 2,06%. Xangai, perdeu 0,26%. Bombaim, fechou com forte retração de 2,61% e Singapura perdeu 1,25%.

Para hoje (15/10):

No Brasil, o Tesouro testará as medidas anunciadas na sexta-feira (09), para aliviar a pressão nos papeis indexados à Selic por cinta do risco fiscal elevado. A entidade, fará a oferta de LTM’s. NTN-Fs e LFTs para 2022 e 2027.

Os futuros no exterior abriram em queda devido as perspectivas negativas em relação ao pacote de estímulos nos Estados Unidos e os anúncios de mais restrições na Europa. Na França, foi aprovado toque de recolher em nove metrópoles e Londres, o secretário da saúde Matt Hancook, informou que a capital está em nível alto (nível 2) de contágio, fazendo com que as bolsas europeias abrissem em queda.

Assim, os desafios do dia estão relacionados à percepção externa da nova onda de coronavírus e à impossibilidade de um pacote nos EUA antes das eleições. Tais riscos, já pressionam as moedas emergentes.

Estados Unidos: Preços dos bens importados e exportados, pedidos iniciais por seguro-desemprego e outros dados

O Departamento of Labor, fará a publicação dos preços de bens importados e exportados em relação ao mês de setembro.

Para os bens importados, têm expectativa de avanço de 0,3%, contra 0,9% em agosto, diminuindo a frequência de altas mais consideráveis que ocorriam desde maio. A queda em tais preços podem mostrar tração na demanda pela categoria de bens no mês.

A agência também publicará os números dos pedidos iniciais por seguro-desemprego, mostrando como o mercado de trabalho está reagindo aos efeitos da crise ao longo das semanas.

O indicador tende a ficar na barreira de 800 mil pedidos pelo benefício. Uma vez que as expectativas anteriores do mercado foram frustradas, anda estima-se que o número de pessoas precisando do auxílio seja elevada.

A projeção do mercado é de que 825 mil pedidos tenham sido demandados, ante 840 mil na observação imediatamente anterior.

Quanto ao preço dos bens exportados, o mercado espera queda menos brusca, saindo de 0,5% em agosto e alcançando 0,4%, mostrando uma possível elevação na demanda pela exportação de produtos americanos, o que pode ser explicado pelas exportações acima do esperado da China.

O FED de Nova York e da Filadélfia publicarão os indicadores de atividade industrial para suas respectivas regiões.

O receio de um novo aumento no número de infectados pela COVID-19 em alguns lugares do país, fazem com que os agentes tenham expectativas conservadores em relação aos indicadores, com destaque para o índice de atividade industrial da Filadélfia, haja vista o aumento dos casos Pensilvânia.

O Índice Empire State de Atividade Industrial (Nova York) possui esperança de alcançar 15 pontos em outubro, contra 17 em setembro.

Para o Índice de Atividade Industrial da Filadélfia, esperasse queda de 15 pontos para 15.

A EIA (Energy Information Administration) divulgará os estoques de petróleo bruto em solo americano, com expectativa de redução de 3,387 milhões de barris, após avanço de 501 mil na semana anterior, podendo refletir os efeitos do Furacão Delta.

Europa: Discurso de Lagarde e documentos econômicos no Reino Unido

Christine Lagarde fará mais um pronunciamento hoje, informando as expectativas em relação à economia global.

O aumento do número de casos da COVID-19 no continente, possivelmente será levada em conta pela presidenteda autoridade monetária europeia.

Todavia, a economia global vem mostrando recuperação melhor do que esperada por conta dos estímulos às economias em todo mundo.

No Reino Unido, o Tesouro Britânico faz a declaração de agosto. A declaração acompanha um relatório que é como um “mini-orçamento”, evidenciando as projeções econômicas para o Parlamento.

O BoE (Bank of England), divulgará a pesquisa trimestral sobre os avanços e projeções em relação às condições de crédito da economia britânica. A base pesquisa é feita com bancos e fundos de investimento.

Brasil: IBC-Br

O Bacen (Banco Central do Brasil), divulgará uma das mais importantes proxies para o PIB brasileiro, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central).

Os agentes esperam que o indicador tenha elevação ode 1,60% em agosto, após elevação de 2,60%.

Ainda há expectativa de crescimento para o indicador, levando em conta o impacto positivo dos números do comércio e da indústria.

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