Ibovespa: confira as maiores e menores baixas de agosto!

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O mês de agosto para o principal índice da B3, como de costume, não foi positivo. Entretanto, especificamente nesse ano, foi impactado pelos ruídos políticos gerados entre o presidente Jair Messias Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes.

Tendo em vista um maior apelo da ala desenvolvimentista no governo e o presidente da república buscando ampliar a política de renda, por intermédio do benefício às famílias mais afetadas, as propostas inicias do Renda Brasil enviadas por Guedes foram rejeitas, o que deixou o mercado temeroso quanto a uma guinada populista do presidente, podendo resultar na falta de comprometimento com a disciplina fiscal pregada pela ala liberal do governo, a qual o ministério da economia está alinhado.

Desse modo, até mesmo a permanência do ministro da economia, foi colocada em dúvida por parte do mercado. Pois, ele é um símbolo do compromisso do governo com a disciplina das contas públicas e, até mesmo a avanço das agendas reformistas.

Além disso, outras ações tiveram queda por conta de riscos não sistêmicos. Abaixo segue relação das quatro ações que mais caíram segundo os dados da Investing:

Balanços

Os balanços das empresas do setor de educação apresentaram resultados aquém do esperado. Mesmo com a migração para a oferta de cursos online, o desemprego aumento. Por isso, a renda das famílias caiu ou a percepção negativa em relação ao futuro. Dessa forma, os agentes contraíram o consumo, diminui o número de estudantes universitários, de pós-graduação e, até mesmo, em outros cursos.

Assim, as receitas das companhias do setor educacional foram fortemente afetadas. Isso impactou as perspectivas dos agentes em relação ao setor. Sendo refletido nos preços das ações de YDUQS (YDUQ3) e Cogna (COGN3).

Quanto à Cielo (CIEL3), a indefinição por parte do Bacen (Banco Central do Brasil) no que diz respeito à flexibilização dos meios de pagamento como PIX e pagamento por intermédio do What’sApp afetaram as ações da empresa.

Por outro lado, os temores fiscais fizeram com que o câmbio subisse, isto é, o real se desvalorizou frente ao dólar contribuindo para que empresas exportadoras tivessem ganhos, gerando efeitos positivos em seus ativos negociados na balsa de valores.

Outro fator importante, porém, pelo lado internacional, foi a fraqueza do dólar em relação à outras moedas internacionais como o euro e libra. Como as commodities possuem relação inversa com o dólar, os preços internacionais de tais ativos se elevaram internacionalmente, contribuindo para a valorização de ações relacionadas ao setor.

Índice DXY que mostra a valorização ou desvalorização do dólar frente a outras moedas como euro, libra, franco suíço e coroa sueca:

Relação das ações

Como é possível ver acima, dentre as quatro maiores altas, três estão relacionadas à commodities, duas relacionadas ao minério de ferro e uma à celulose.

Outro fator externo, que contribui principalmente para ações ligadas à metalurgia, siderurgia e exportação de minérios, foi a recuperação da demanda pelo bem resultante da melhora da atividade econômica chinesa.

Assim, o câmbio (tanto internamente como externamente) e a demanda chinesa contribuíram para o avanço de Usiminas (USIM5) e (CSNA3) e, de forma mais isolada pelo dólar, a Klabin (KLBN11).

No caso de Hering (HGTX3), as ações da empresa subiram devido a reabertura econômica e flexibilização das medidas de isolamento social. Com os shoppings e lojas de rua abertos, o mercado viu oportunidade para avanço das ações da companhia.

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