- O futuro do Ibovespa abriu com alta de 800 pontos, sinalizando que o mercado está otimista com a aprovação da reforma em primeiro turno, por 379 a 131 votos. Há analistas que se preocupam com os destaques, que serão discutidos hoje, em plenário, mas isso não impediu nova alta do mercado.
- No exterior, a fala de J.Powell no Congresso reforçou a percepção de que os juros continuarão suficientemente baixos para continuar impulsionando novos recordes no S&P500. A inclinação da curva 3 meses X 10 anos subiu de -25 bps, que foi observada em 04/jul, para -8 bps, refletindo a melhora da percepção do mercado em relação ao risco de ume recessão. Os juros das treasuries de dez anos se recuperaram nos EUA, saindo a 2,08% aa e na Alemanha, saindo a -0,26% aa. Os futuros do S&P500 e do Nasdaq estão em alta, enquanto o mercado aguarda a segunda parte do depoimento de Powell no Congresso.
- Hoje o IBGE divulgou a Pesquisa Mensal do Comércio de maio e ela veio em queda de -0,1%. Junto com outros indicadores divulgados, tanto de atividade, como de expectativas, o varejo indica que as chances de uma “recessão técnica” são elevadas. A média de Abr-Mai, em relação à média de Jan-Mar, apresenta uma queda de -0,4% do comércio. Independentemente de qualquer aspecto relacionado à reforma da previdência, o comportamento dos preços e dos indicadores que sinalizam o hiato do produto indicam que o ciclo de relaxamento monetário precisa ser retomado rapidamente. A taxa de juro curta, para jan/2020, está saindo a 5,77%, compatível com uma taxa SELIC entre 5,5% e 5,75% no final do ano.