Forte queda com Trump, IGP-DI e ata do FOMC

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A terça-feira (06), começou positiva para os mercados, mediante à possibilidade de estímulos nos Estados Unidos e com os discursos de Jerome Powell e Christine Lagarde. No Brasil, também houve reaproximação de Guedes e Maia, o que poderia corroborar para o avanço das reformas. No entanto, um comentário de Twitter mudou o ânimo dos mercados.

Nova York subia com a possibilidade de estímulos e as declarações de Jerome Powell. Todavia, a declaração de Donald Trump no Twitter, pedindo para que os republicamos não negociem com os democratas, levando o mercado abaixo. Dow Jones, perdeu 1,34%. O S&P 500, teve queda de 1,40% e a Nasdaq se desvalorizou em 1,57%.

Os principais índices europeus fecharam em alta, dado que os mercados do continente fecharam antes do comentário de Trump. As praças do velho continente, ganharam força com a sinalização mais dovish da presidente do BCE (Banco Central Europeu) Christine Lagarde e o com pronunciamento de Powell. Madri, teve ganhos de 1,44%, seguida por Milão (+0,85%). Frankfurt, teve valorização de 0,61%. Paris e Londres tiveram valorização de 0,48% e 0,12% respectivamente.

O principal índice da B3, após a alta com a melhora do cenário político por conta de melhora de articulação entre Guedes e Rodrigo Maia. Contudo, na segunda parte do dia, Trump informou que não haverá estímulos até as eleições fazendo o mercado virar para o negativo. O Ibovespa, teve perdas de 0,49%, cotado a 95615,03 pontos. O dólar, com o aumento da percepção do risco, acabou subindo em 0,50%, a R$ 5,60.

O petróleo, fechando antes da mensagem de Trump, teve alta com a expectativa de estímulos na Europa e nos Estados Unidos. A possibilidade cortes na oferta de fornecimento global, também ajudou no ajuste nos preços. O WTI, teve valorização de 3,70%, cotado a US$ 40,67. O Brent, avançou 3,29%, a US$ 42,65.

Estados Unidos: Estoque de petróleo bruto, Atas da Reunião do FOMC e crédito ao consumidor

Após a possiblidade de um novo furacão no Golfo do México, pelo fato da Noruega produzir menos petróleo por conta das greves na Norwegian Oil ad Gas Association e por conta dos informes da OPEP referentes aos cortes na oferta de petróleo, pode ter feito os estoques subirem sensivelmente após três semanas consecutivas de cortes.

Assim, o mercado espera que ocorra aumento de 400 mil barris de petróleo bruto, ante contração de 1,980 milhões de barris. O Federal Reserve, banco central americano, além de se pronunciar por intermédio dos membros do FOMC como Barkin, Kashkari e Williams, a instituição publicará documentos importantes.

As Atas da Reunião do FOMC e a Declaração do comitê, apresentarão as expectativas e os pontos mais importantes que os formuladores de política monetária levaram em conta para tomar suas decisões e, além disso montarem suas perspectivas futuras.

Com tal documento, o mercado possui material para tomar suas decisões. Além disso, também será divulgado o montante de crédito ao consumidor para o mês de agosto.

Como o momento atual exige uma política mais ativa, considerando à queda na renda e aumento no nível de desemprego, o mercado espera que o crédito destinado ao consumo cresça em aproximadamente 14%, entre julho e agosto, saindo de US$ 12,25 bilhões para US$ 14 bilhões.

Europa: Lagarde (BCE), Produção Industrial, Preços de Imóveis e Produção da Mão de Obra no Reino Unido

Para a Zona do Euro, Christine Lagarde, presidente do BCE, fará seu anúncio a informar as principais perspectivas para economia do Bloco. A banqueira central também falará sobre as conclusões e estratégias abordadas na reunião de política não monetária da Zona do Euro que também ocorre hoje (07) em Frankfurt.

Para a Alemanha, a agência Destatis, divulgará os números referentes à produção industrial de agosto. Após dados positivos das encomendas à indústria, os agentes esperam que a produção industrial de agosto também demonstre bons resultados para agosto. Espera-se elevação de 1,5% em setembro, ante 1,2% de agosto.

No Reino Unido, o Halifax Bank Of Scotland, publicará o indicador da mudança de preços dos imóveis financiados, que evidencia a força do mercado imobiliário britânico. Os agentes se mostram cautelosos quanto ao indicador, tendo em vista o aumento dos números de infectados por covid-19. O mercado espera que em setembro o indicador alcance 1,5%, ante 1,6% em agosto.

Brasil: IGP-DI

No Brasil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgará os números do IGP-DI (índice geral de preços – disponibilidade interna). O indicador é importante, pois mostra o quanto os preços ao atacado estão a evoluir. Outro fator que é levado em consideração é que muitos contratos são ajustados pelo IGP-DI.

A menor variação do dólar e a queda nos preços de algumas commodities ao fim de setembro, faz com que os agentes esperem leve diminuição no índice. A projeção é de que setembro tenha elevação de 3,01%, ante 3,87% em agosto.

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