Após o feriado nos Estados Unidos e Brasil, a terça-feira (08), foi de queda nas bolsas globais sob pressão do mercado de petróleo, tech, riscos geopolíticos sino-americanas e europeias.
A volta das trocas de farpas entre as lideranças dos Estados Unidos e da China contribuiu negativamente para o desempenho dos mercados nessa terça-feira, com o país asiático ameaçar restrições para empresas americanas que busquem ligações com Taiwan.
Internamente, democratas e republicanos não entraram em um consenso no que diz respeito aos estímulos fiscais, pressionando os mercados.
O Dow Jones, perdeu 2,25%. O S&P 500, teve desvalorização de 2,78% e a Nasdaq, derreteu 4,11%.
Na Europa, o mercado devolveu os fortes ganhos do dia anterior. O desacordo entre Reino Unido e União Europeia, gerou temores quanto aos acordos comerciais envolvendo os dois lados do Canal da Mancha.
As perspectivas ruins quanto ao aumento ao retorno das tensões sino-americanas também levaram mau-humor para o mercado, além da pressão nos ativos de tecnologia nos Estados Unidos.
No que diz respeito aos dados de atividade econômica, o PIB da Zona do Euro evidenciara queda menor que o esperado. No entanto, a variação do emprego do bloco e os dados das contas externas da Alemanha tiveram desempenho aquém das expectativas.
Ainda, no continente, os temores quanto à segunda onda de covid-19 continuam a se elevar, com o aumento de casos em países do continente como Alemanha e Inglaterra.
Londres, caiu 0,12%. Frankfurt, perdeu 1,01%. Paris, teve desvalorização de 1,59%. Madri e Milão perderam 1,78% e 1,81% respectivamente.
No Brasil, os mercados seguiram os rumos do exterior, fechando a sessão em queda.
A queda nos preços das commodities, com destaque para o petróleo, impactaram fortemente a bolsa brasileira, haja vista o anúncio da Saudi Aramco a anunciar descontos nos preços do bem.
Assim, com a aversão ao risco a ser evidenciado internacionalmente, os agentes saíram de suas posições no mercado brasileiro fazendo o Ibovespa perder 1,18%, a 100.050,43.
Mediante à demanda por ativos mais seguros, o dólar subiu 1,77% frente ao real, fechando a sessão cotado em R$ 5,37.
Os contratos de petróleo, fecharam a sessão em queda, ficando abaixo do patamar de US$ 40,00. As perspectivas negativas em relação ao preço da commodity, após o anúncio nos descontos dos preços por parte da Saudi Aramco, impactara as referências do petróleo. Ademais, as tensões entre China e Estados Unidos juntamente com as dúvidas quanto a retomada da demanda agregada também contribuiu para a forte queda.
O Brent teve retração de 5,31%, cotado a US$ 39,78 e o WIT, registrou queda de 7,57%, a US$ 36,76.
Estados Unidos: Mercado de petróleo e formação de empregos
Hoje (09), o Bureau of Labor Statistics, divulgará o relatório JOLTs de oferta de empregos para o mês de julho.
Tendo em vista os dados antecedentes do mês de julho, quanto à atividade econômica americana, ainda recebendo os impactos do número de infectados pelo covid-19, mas com certa melhora, os agentes esperam que a oferta de empregos tenha evolução.
No entanto, conforme foi divulgado ao longo do mês de referência, os pedidos por seguro desemprego continuam elevados, mostrando que o mercado de trabalho ainda não tinha se recuperado como o esperado.
O mercado espera elevação de 1,88%, saindo de 5,889 milhões de vagas para 6,000 milhões em julho.
Quanto ao mercado de petróleo, a API (American Petroleum Institute), divulgará os dados referentes à produção de petróleo por parte do setor privado.
Devido ao desconto nos preços da Saudi Aramco, para US$ 1,40 para à América e US$ 0,60 à Ásia, os preços dos petróleo caíram ainda mais, além do fortalecimento do dólar frente aos seus pares internacionais, que contribui para a queda dos preços de commodities, há perspectivas para mais cortes na produção, para tentar sustentar o equilíbrio no mercado.
Como outro fator que mostra perda de força nos preços do petróleo, as expectativas da Fitch Ratings diminuíram a projeção de preços do petróleo, tendo em vista às incertezas em relação à retomada economia.
Europa: Índice RICS de preços de imóveis no Reino Unido
A agenda econômica na Europa estará relativamente vazia com destaque para o mercado imobiliário do Reino Unido.
O Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS), divulgará o índice de preços de imóveis para o Reino Unido, evidenciando a atividade do setor imobiliário para a região para o mês de agosto.
Um avanço no setor, é positivo para, pois mostra maior atividade do mercado imobiliário, o qual possui muitas sinergias com os demais setores da economia. Assim, o indicador também mostra, de certa forma, o nível de atividade de economia.
A expectativa dos agentes é de que o indicador avance 25% em agosto, ante 12% em julho.
Brasil: IPCA
Hoje (09), o mercado conhecerá a inflação do mês de agosto por intermédio do relatório que divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Devido ao hiato do produto ainda elevado, tal como do desemprego, a economia não sofre pressões inflacionárias, dado que a insuficiência de atividade econômica inviabiliza o repasse de preços dos varejistas para o consumidor.
Assim, espera-se que IPCA (índice de preços ao consumidor), saia de 0,36% em julho para 0,23% em agosto ao mês. No ano, espera-se que a inflação saia de 2,31% para 2,42%.
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