Forte alta na Europa e expectativas de correção

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No feriado de 7 de setembro, no Brasil, é o dia da Independência e nos Estados Unidos, o dia do trabalho. Assim, entre as bolsas globais, os índices que funcionaram na tarde de ontem (7), foram as do continente Europeu.

No velho mundo, após a semana de fortes quedas, as perspectivas em relação à esperança de vacinas contra o combate ao covid-19 animaram os mercados.

A Sanofi, informou que a uma vacina está sendo desenvolvida conjuntamente com a GlaxoSmithKline e Austrália, espera receber lotes da vacina em janeiro, após acordo com CSL para vacinas da AstraZaneca, em parceria com Oxford, dos próprios laboratórios da CSL juntamente com a Universidade de Queensland.

Por parte dos dados de conjuntura econômica, a produção industrial da Alemanha decepcionou, com avanço de 1,2%, contra expectativas de 4,7%. Todavia, a confiança do investidor da zona do Euro, atingiu -8,0 pontos, a superar a expectativa de -10,5 pontos.

Além disso, o BCE (Banco Central Europeu), com os números de produção industrial da Alemanha, tende a continuar com a política monetária dovish, em linha com o FED, com o objetivo de acomodar os impactos da crise na economia europeia que evidencia menor velocidade para recuperação do que se esperava.

Londres e Frankfurt, lideraram os ganhos, a 2,39% e 2,01% respectivamente. Paris e Milão, subiram em 1,79% e Madri, ganhou 1,30%.

Pensando no mercado das américas, há expectativa de correção dos índices americanos e do Brasil, haja vista as notícias em torno das vacinas e o espaço para a correção das quedas da semana passada, principalmente para o Ibovespa, cuja queda foi fortemente impactada pelos eventos externos uma vez que o risco percebido em relação ao país caiu.

Europa: Contas Externas da Alemanha e outros dados

Na Alemanha, a agência Destats publicará os dados da balança comercial durante o mês de julho. Após aumento considerável das exportações e importações do país em junho, os indicadores tendem a ter retração em julho. Quando comparado ao mês imediatamente anterior, com as exportações saindo de 19,9% e indo para 5,0%.

Quanto às importações, há esperança de que o indicador tenha avanço de 3,3%, contra 7,0%. Assim, devido exportações maiores que as importações, a balança comercial deve ter avanço, alcançando € 16,0 bilhões, contra € 14,5 bilhões.

Assim, devido exportações maiores que as importações, a balança comercial deve ter avanço, alcançando € 16,0 bilhões, contra € 14,5 bilhões.

Para a Zona do Euro, a Eurostat divulgará a variação do emprego para o segundo trimestre do ano e para o ano.

Ao trimestre, o indicador, tende a aprofundar a queda, saindo de -0,2% para -2,8%, sendo fortemente impactado pela queda na atividade econômica do bloco. Na perspectiva anualizada, o dado tende a sair de 0,4% para -2,9%.

A queda no emprego, pode ser evidenciado pela divulgação de mais uma observação do PIB para o segundo trimestre, que tende a alcançar os mesmos dados das últimas divulgações, a alcançar queda de 15% ao ano e de 12,1% no trimestre.

Brasil: Relatório Focus e IGP-DI

No Brasil, como segunda-feira foi feriado, o Bacen (Banco Central do Brasil) publicará o Relatório Focus hoje (08). Pelo fato da maioria dos players do mercado terem considerado os dados do PIB dentro do esperado e, por alguns, até mesmo positiva, há a expectativa de que os dados de atividade econômica tenham melhora no relatório.

Quanto aos dados das contas públicas, que são uma das grandes preocupações do mercado, elas podem ter leve melhora, dado que os ruídos envolvendo Paulo Guedes e Bolsonaro diminuíram, no entanto, ainda há riscos em relação a questão fiscal.

A Fundação Getúlio Vargas divulgará o IGP-DI, sendo um importante dado de avanço nos preços.

O IGP-DI, assim como os demais IGP’s têm participação do Índice de Preços ao Produtor (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), com participação de 60%, 30% e 10% respectivamente.

Assim, o indicador mostra o quanto os preços estão evoluindo, principalmente, sob as perspectivas do produtor. Como o IGP-M e os preços de commodities se elevaram consideravelmente durante o mês de agosto, o índice deve continuar elevado, mas com a melhora fiscal, no Brasil e valorização do dólar internacionalmente, nos últimos dias do mês, há expectativa de elevação levemente menor em relação ao mês anterior.

Assim, o mercado espera avanço de 2,19% em agosto, contra 2,34% no mês imediatamente anterior.  

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