A quinta-feira (17), foi um dia positivo para os mercados globais, com os agentes animados com os estímulos que podem ocorrer nos EUA e com possibilidade das negociações entre Londres e Bruxelas.
As negociações entre os britânicos e os líderes da União Europeia continuam gerando expectativas positivas aos mercados europeus, contribuindo para a elevação nos principais índices do continente. Como fator de risco, as restrições ocasionadas me virtude do aumento da COVID-19 ainda continua no radar.
Londres, devido ao fortalecimento da libra, teve queda de 0,30%. Frankfurt, teve elevação de 0,75%. Paris, teve elevação de 0,03%. Milão, teve avanço de 0,12%. Madri e Lisboa tivera avanço de 0,17% e 0,12% respectivamente.
O mercado de petróleo fechou em alta devido as perspectivas positivas dos agentes em relação ao pronunciamento do FED. Além disso, o pacote fiscal nos EUA e as vacinas também contribuíram para o aumento na demanda pelos contratos da commdity energética.
O WTI, teve alta de 1,13%, a US$ 48,54 e o Brent, ganhou 0,82%, contado em US$ 51,50.
Os mercados em Nova York fecharam em alta renovando recordes históricos à medida em que os agentes ampliam suas apostas referentes ao pacote de estímulos no país. Além disso, o tom dovish do FED também contribuiu para a tomada pelo risco por parte dos investidores.
O Dow Jones, teve alta de 0,49%. O S&P 500 e a Nasdaq tiveram ganhos de 0,58% e 0,84% respectivamente.
O Ibovespa teve um dia em linha com os movimentos do hemisfério norte. A melhora nas expectativas no que diz respeito à ajuda fiscal nos Estados Unidos por parte de democratas e republicanos, gerou aumento pela busca pelo risco. Todavia, os riscos fiscais não deixaram de ser considerados, fazendo com que o principal indicador da B3 perdesse força em parte do dia, tendo em vista os gastos que foram feitos para conter os impactos da pandemia mediante à uma situação fiscal que já era grave.
O Ibovespa fechou com alta de 0,46% em 118.400,57 pontos. O dólar teve queda de 0,53% a R$ 5,08.
Os mercados asiáticos ficaram abalados com as sanções do Washington a Pequim, restringindo negócios de companhias chinesas em operação no Estados Unidos. Além disso, o avanço em novos números de casos de COVID-19 na Coreia do Sul e a manutenção da política expansionista por parte do BoJ (Banco do Japão).
Tóquio, teve queda de 0,16% Hong Kong e Taiwan, tiveram baixa de 0,67% e 0,06% respectivamente. Na Coreia do Sul, o Kospi teve elevação de 0,06%.
Na China continental, o Xangai teve retração de 0,29% e o Shenzhen, perdeu 0,31%.
Os mercados abriram majoritariamente em queda, mas viraram para alta no exterior. Apesar dos avanços das negociações entre a União Europeia e Reino Unido, dados positivos de atividade econômica no continente e as vacinas, as medidas de restrição social e as sanções trocadas entre China e Estados Unidos fez com que os agentes tivessem receio na abertura dos mercados europeu e nos Futuros dos EUA. Contudo, a FDA pode aprovar o uso emergencial da vacina da Moderna contra a COVID-19, o que pode contribuindo para a virada de sinal dos mercados no hemisfério norte.
No Brasil, os além dos movimentos externos, o mercado ficará de olho na política, devido a pauta em torno do 13° para os beneficiários do programa de auxílio governamental. Guedes também falará sobre o balanço da economia brasileira, com os agentes esperando pareceres concretos de comprometimento com as contas públicas e privatizações. O Bacen fará um leilão em linha às 10h15 de até US$ 2 bilhões e o Conselho Monetário Nacional faz sua última reunião do ano, às 15h.
A agência Destatis publicou o quanto a inflação sob a perspectivas dos produtores avançou em dezembro. Devido às restrições que ainda permanecem no país, a demanda por parte dos produtores não é capaz de sustentar o nível de preços, fazendo com que os preços não avancem de forma vigorosa. Ao mês, o indicador teve variação de 0,2% e queda de 0,5% ao ano.
Quanto aos indicadores Instituto Ifo, a perspectiva também era de leve piora. O indicador que compila as expectativas dos negócios e o índice de condição atual, isto é, o Índice IFO de Clima de Negócios acumulou, 92,1 pontos, contra a expectativa de 90,0 pontos.
No Reino Unido, as vendas no varejo para o mês de novembro tinham expectativas de queda de 4,2%. Mesmo que a vacinação tenha se iniciado no país insular, a retomada nas medidas restritivas para evitar um novo aumento no número de casos de COVID-19, fez com que o mercado tivesse uma projeção negativa para o indicador. O número divulgado pelo Escritório Nacional de Estatísticas britânico foi de 2,4% ao mês e de -3,8% na perspectiva anual.
Para a Zona do Euro, O BCE divulgou o montante das transações correntes do país evidenciando o quanto de recursos entraram no bloco econômico e o quanto a Zona do Euro está a demandar do resto do mundo, mostrando indiretamente a força com a qual a economia do bloco está retornando. As transações correntes acumularam um montante de € 26,6 bilhões em outubro, superando dezembro, quando o indicador acumulou € 25,2 bilhões.
No Brasil, também serão divulgados números de contas externas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicará o montante de investimento estrangeiro direto destinado ao país ao longo do mês de novembro. O indicador vem apresentando número baixo em relação ao ano passado por conta da crise global ocasionada pela pandemia que levou as companhias de todos os países diminuírem seus investimentos internacionais. Internamente, os riscos fiscais e políticos também contribuíram para que o investimento estrangeiro direto tivesse diminuição. Assim, o mercado espera que ocorra queda de 24,58% nos investimentos diretos advindos do exterior, acumulando US$1,35 bilhões.
No caso das transações correntes, a quantidade de lucros, doações e outras receitas oriundas de companhias brasileiras presentes no exterior também afetam o comportamento do indicador que será divulgado pelo Bacen. O mercado espera que as transações correntes do brasil tenham montante de US$ 1,00 bilhão, em novembro, ante US$ 1,47 bilhão em outubro.
Nos Estados Unidos, será divulgado o montante das transações correntes para o terceiro trimestre do ano pelo Escritório de Análises Econômicas. O mercado espera déficit de US$ 1,89,08 bilhão para o indicador macroeconômico, ante déficit de US$ 1,705 bilhões no segundo trimestre. Caso as expectativas dos agentes se concluam, o indicador mostrará possivelmente mostrará que, apesar da queda de no envio de receitas e lucros de companhias americanas fora do país ter diminuído, a demanda por bens importados pode ter subido.
A contagem das sondas da Baker Hughes trará mais um indicador da força da produção petroleira em solo americano.
Autor: Matheus Jaconeli