Ontem (12), foi feriado no Brasil, mas os mercados internacionais operaram, com a maioria dos principais índices globais fechando em alta. Wall Street, iniciou a semana com ganhos. Os investidores continuam a aguardar sinais dos estímulos fiscais para impulsionar a retomada da economia americana.
Além da possibilidade de alívio vindo de Washington, com negociações paradas com o imbróglio entre democratas e republicanos, a possibilidade de uma vitória democrata, pode acarretar estímulos elevados no começo de 2021.
A Nasdaq, teve elevação de 2,56%. O S&P 500 e Dow Jones, avançaram 1,64% e 0,88% respectivamente.
Os mercados europeus fecharam majoritariamente em alta. As perspectivas positivas em relação à retomada da economia chinesa e as possibilidades de estímulos nos Estados Unidos, mesmo que no começo do ano que vem, contribuíram positivamente para os indicadores da região. O pronunciamento de membros do BCE ratificaram os argumentos pró-estímulo para o continente.
Frankfurt e Paris, avançaram 0,67% e 0,66%. Milão, ganhou 0,63%. Madri, permaneceu na estabilidade, em 0,00% e Londres, teve retração de 0,25%.
Como o mercado brasileiro não abriu, uma proxy a ser utilizada é o EWZ, principal ETF negociado em Nova York com ADR’s de companhias brasileiras.
Os ativos lastreados em ativos brasileiros tiveram alta juntamente com a alta dos ativos americanos, a despeito da queda nos preços do petróleo. O ETF teve elevação de 1,24%.
O mercado de petróleo, teve queda com a volta da produção da maior produtora de petróleo do Líbano e do fim das greves na Noruega. Nos EUA, após a passagem no furacão Delta, as atividades foram retomadas no Golfo do México.
O petróleo Brent, teve queda 2,6%, a US$ 41,72 e o WTI, desvalorização de 2,9%, para US$ 39,43 o barril.
O Bureau of Labor Statistics divulgará os dados referente à inflação nos Estados Unidos por intermédio do IPC e de seu núcleo para o mês de setembro.
Conforme informado por Jerome Powell em seus últimos pronunciamentos, a inflação nos Estados Unidos já começa dar sinais de avanço indicando uma retomada da demanda. O retorno da economia será ainda mais pujante caso os estímulos fiscais complementem a política adotada pelo Federal Reserve, conforme o chairman da instituição argumenta.
Assim, os indicadores de inflação ao ano, o mercado espera avanço de 1,4% para o IPC e o núcleo, excluindo alimentação e energia, tem expectativa 1,8% segundo o mercado.
Ao mês, há perspectiva de menor aceleração em relação ao mês imediatamente anterior. Espera-se avanço de 0,2% no IPC e em seu núcleo.
A OPEP publicará seu relatório mensal em relação ao mercado de petróleo, a evidenciar as expectativas e condições para a oferta e para a demanda.
Apesar da economia global se recuperar mais rápido do que o esperado, a demanda pela commodity ainda apresenta fragilidade, o que pode ser uma restrição para a retomada nos níveis de preços.
Assim, medidas de restrição de oferta podem ser consideradas pelos países produtores.
O Departamento do Tesouro Americano, trará as informações inerentes as contas públicas o mês de setembro.
Mesmo com os estímulos feitos como medida de contenção dos impactos da crise ocasionada pela COVID-19, em setembro, os agentes esperam redução no déficit orçamentário.
Espera-se um que o balanço orçamentário americano alcance -US$ 124,0 bilhões em setembro, contra -US$ 200 bilhões em agosto.
O Office of National Statistics do Reino Unido, publica os números referentes ao mercado de trabalho.
Tendo em vista a retomada no número de casos de infectados pelo coronoavírus no país insular, sendo um dos que alcançam as maiores taxas ao lado da França e da Espanha, os indicadores do mercado de trabalho tendem a ser impactados.
Em setembro, espera-se que o número de desempregados tenha subido, saindo de 73,7 mil para 78,8 mil.
A taxa de desemprego, segundo o mercado, tem perspectiva de leve alta, saindo de 4,1% e alcançando 4,3%.
Conforme a elevação no número de infectados pela COVD-19 sobe em seus vizinhos, a Alemanha também tende a sofrer, fazendo com que os agentes continuem cautelosos em relação aos indicadores de inflação.
O mercado espera, mais uma vez, deflação para a economia do país, com o IPC (índice de preços ao consumidor) podendo alcançar queda de 0,2% ao mês e ao ano.
Da mesma forma que há cautela com a inflação, os agentes também consideram leve piora nos indicadores de percepção econômica, os quais podem ser impactados pelas possíveis medidas de lookdown e fechamento de fronteiras.
O índice ZEW de condições atuais, tem expectativa de que alcance -60,0 pontos em outubro, saindo de -66,2 em setembro. O índice Zew de Percepção econômica, o qual leva em conta a percepção dos investidores institucionais, também deve registrar queda, saindo de 77,4 pontos e indo para 73.
No Brasil, como segunda-feira foi feriado, o Banco Central do Brasil (Bacen), publicará o Relatório Focus, contendo as expectativas do mercado hoje (13).
Há expectativa para que a previsão do PIB brasileiro para fim do ano, continue melhor do que se esperava nas semanas anteriores, haja vista os resultados da pesquisa do comércio, a evidenciar retomada da demanda.
Quanto aos números da inflação, os analistas devem subir suas expectativas com base nos últimos números do IPCA e do IGP-M.
As contas públicas, mediante o cenário de incerteza, também devem continuar com perspectivas de números elevados, o que impacta o dólar, tendo em vista a relação que os números fiscais têm com o risco percebido.