Os mercados internacionais fecharam majoritariamente em alta, devido às sinalizações positivas em relação ao pacote de estímulos nos Estados Unidos, podendo haver um acordo entre democratas e republicanos, ajudando a tração da retomada da economia americana. Na Europa, os temores em relação ao número de casos de coronavírus e a apreensão em relação ao Brexit, fez alguns mercados cederem.
Começando pelo velho continente, os agentes ficaram de olho na tríade COVD-19, Brexit e pacote fiscal nos Estados Unidos. Sendo que nenhuma dos três componentes possuem exatidão em suas definições. As negociações em relação ao Brexit voltaram hoje e a Eurásia considera possibilidade 60% de haver acordo entre as partes. O aumento no número de casos continua forte levando aos países a tomarem medidas de restrição social, mas a letalidade do vírus diminui consideravelmente. As expectativas em relação ao pacote de estímulos melhoraram, mas ainda não há nada concreto.
Na Península Ibérica, as bolsas tiveram destaque, com ganhos de 1,20% em Lisboa e de 0,98% em Madri. Milão, subiu 0,56%. Londres, ficou próxima da estabilidade em 0,08%. Frankfurt e Paris, perderam 0,92% e 0,27% respectivamente.
No mercado de ouro registrou avanço, acompanhando às incertezas em relação ao pacote de estímulos que, apesar de ter melhora nas expectativas, ainda não há nada conclusivo. O aumento dos casos de infecção de coronavírus na Europa, com os países tomando medidas restritivas, também faz com que os investidores busquem segurança, fazendo a commodity se valorizar. O contrato para dezembro, subiu 0,19%, a US$ 1.915,4 por onça-troy.
O petróleo, devido ao apetite pelo risco gerado pela expectativa de ajuda à economia americana, fechou em alta.
Os futuros do WTI para dezembro, avançou 1,56%, a US$ 41,70 e o Brent para o mesmo mês teve valorização 1,27%, a US$ 43,16.
Nova York fechou em alta com as expectativas positivas em torno da decisão em relação ao pacote de estímulos para a economia americana e com a espera de números corporativos positivos.
Contudo, ao fim do pregão, os agentes começaram a considerar as incertezas que sondam uma concordância entre democratas e republicanos. Ao fim do pregão, um dos resultados mais esperados, a Netflix, registrou resultado aquém do esperado, o Lucro por ação foi de 1,74 contra as projeções de 2,13.
O S&P e o Dow Jones, tiveram alta de 0,47% e 0,40% respectivamente. A Nasdaq, ganhou 0,33%.
No Brasil, o mercado fechou em alta, seguindo o bom-humor de Wall Street por conta do pacote de estímulos nos Estados Unidos. Os agentes também projetam resultados positivos para a temporada de balanços, além de haver mais tranquilidade no noticiário político e informações referentes ao cuidado com teto de gastos. Ao fim do pregão, as dúvidas em relação ao pacote de estímulos, fez o dólar fechar em leve alta.
O dólar, fechou com alta de 0,18%, cotado a R$ 5,61. O Ibovespa, se valorizou a 1,91%, a 100.539,83 pontos.
Os principais índices asiáticos fecharam o dia majoritariamente em alta. Os investidores continuaram esperançosos em relação à possiblidade de um acordo entre a oposição e situação nos Estados Unidos ao longo da madrugada de hoje (21).
A China continental, seguiu o caminho oposto das demais bolsas, com o Xangai Composto caído a 0,09% e o Shenzhen tendo retração de 1,10%.
No Japão, o Nikkei subiu 0,31%. Hong Kong e Taiwan ganharam 0,75% e 0,12% respectivamente. No Coreia do Sul, houve valorização de 0,53%
Para hoje (21/10):
O representante do Tesouro Americano, Steven Mnuchin e a líder democrata da câmera, Nancy Pelosi, retomam as negociações relacionadas ao pacote de estímulos hoje (21), sendo um importante balizador do mercado. Mesmo que na Ásia os agentes tenham considerando a possibilidade de negociação positiva, os mercados americanos estão com seus respectivos futuros em baixa, mesmo que próximos da estabilidade.
Na Europa, os investidores também estão cautelosos à espera de um desfecho entre democratas e republicados, além dos riscos em torno do avanço do coronavírus que já leva a lockdowns em Berchtsgadener Land, na região da Baviera, na Alemanha, Navarra, na Espanha, em locais da Irlanda, Itália e França. Como notícia positiva, a UE (União Europeia) contratou 400 milhões de doses da possível vacina contra a COVID-19.
No Brasil, a WEG (WEGE3) acumula lucro líquido de 54% em um ano, somando R$ 644,246 milhões no terceiro trimestre desse ano. Em relação ao trimestre anterior, houve aumento de 25,2%. O Ebitda, teve alta de 61,5% no ano a ano e 27,7% em relação ao segundo trimestre do ano.
O Bacen (Banco Central do Brasil), prevê leilões diários de swap tradicional com o objetivo de renovar o estique; a oferta será de até 12.000 contratos por dia.
O clima de convergências entre os poderes no Brasil se mantém, com Maia tendo perspectivas positivas quanto à solução em torno do Renda Cidadã e da contenção dos gastos públicos.
Europa: Números do Reino Unido e discursos de membros do BCE
O Offoce for National Statistics divulgará os indicadores importantes de atividade econômica para o país insular.
Começando pelos números do IPC (índice de preços ao consumidor), o indicador é o mais importante sinalizador da evolução dos preços da economia britância. Apesar dos avanços de pessoas acometidas pela COVID-19, os agentes esperavam que o índice tivesse avanço de 0,5% na perspectiva mensal e anual em setembro. O indicador chegou 0,5% ao ano e 0,4% ao mês.
O IPP (índice de preços ao produtor) para bens intermediários também será publicado, mostrando a evolução dos preços e, por seu turno, da demanda dos produtores pela categoria de produto. A expectativa do mercado quanto ao desempenho do indicador em setembro foi um pouco mais conservadora, evidenciando os receios em torno do aumento no número de infectados. O indicador foi de 1,1%, ao ano, e de -3,7% ao mês em setembro, superando as expectativas do mercado.
Após aumento acima do esperado da dívida líquida do setor público, em agosto, os agentes as expectativas de redução em aproximadamente 8%, saindo de £ 35,20 bilhões para £ 32,4 bilhões, mas decepcionou as projeções em virtude das medidas tomadas para conter o novo avanço do coronavírus, alcançando £ 35,37 bilhões.
Para a Zona do Euro, Christine Lagarde falará em um evento com sociedades civis europeias juntamente com Philip Lane. No evento os dois membros da autoridade monetária da Zona do Euro falaram dar mais pareceres em relação à economia do bloco e da Europa como um todo.
Lagarde mostrou preocupação, especialmente, com a estabilidade dos preços no bloco econômico. Lane, economista-chefe do BCE, informou que, por mais que a objetivo seja uma inflação em níveis baixos, os preços abaixo de zero, são um sinal muito ruim para a economia.
Estados Unidos: Discurso de membros do FOMC e Estoque de Petróleo da EIA
Nos Estados Unidos, a agenda também está relativamente vazia, com o foco nos discursos dos membros do FOMC e divulgação do Livro Bege. Dentre um dos principais eventos envolvendo os membros do FOMC, está o evento de perspectivas de política econômica e monetária, organizada pela Sociedade dos Economistas americanos.
O Livro Bege, ao fim do dia. O documento mostra as perspectivas das condições atuais e pode revelar as tendências do FOMC quanto à decisão em relação à taxa de juros.
A EIA (Energy Information Administration) publicará os estoques de petróleo bruto em solo americano. A expectativa é de cortes de 240 mil barris. Caso as expectativas sejam superadas, os preços da commodity podem reagir positivamente.
Brasil: Arrecadação e Confiança da Indústria
No Brasil, o Tesouro Anunciará o resultado da arrecadação para o mês de setembro. Os analistas consultados pela Broadcast esperam que os contribuintes tenham gerado receita de R$ 118,50 bilhões em setembro, após alcançar resultado de 124,50 bilhões em agosto.
Apesar do auxílio emergencial manter a renda de boa parte da população, o desemprego também acaba por impactar o indicador.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o índice de confiança da indústria de outubro. A prévia mostra avanço de 4 pontos em relação a setembro, alcançando 11,6 pontos. Segundo a instituição, a perspectiva em relação às condições atuais, ganhou 5,9 pontos, indo para 113,2 e o Indicador de Expectativas, ganhou 2,2 pontos, somando 108,1 no período.
A prévia dos resultados de sondagem da indústria considera 781 empresas consultadas entre 1 e 19 de outubro.
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