Em dia de feriado no Brasil, os mercados no hemisfério norte trabalharam normalmente, porém registrando novas quedas e os preços do petróleo chegando a níveis históricos de baixa.
Nos Estados Unidos, os resultados de conjuntura econômica relacionados ao do setor imobiliário e varejista, divulgados pela agência Rebook, registraram números aquém do esperado, a evidenciar os efeitos negativos do covid-19 na maior economia do mundo.
Contudo, o que mais impactou os mercados internacionais foram os preços do petróleo indo a bancarrota, a impactar fortemente empresas desse setor, além do setor de energia.
Assim, a Nasdaq liderou as quedas com retração de 3,48%, seguido pelo S&P 500, com retração de 3,07% e o Dow Jones caindo 2,67%. O índice VIX, teve elevação de 3,60% mediante à insegurança e percepção de risco por parte dos agentes.
Ainda nos Estados Unidos, uma proxy para o desempenho de ativos brasileiros pode ser utilizado, o índice de ADR’s EWZ. O ETF registrou queda de 3,29%, com as ADR’s destaque para as empresas de aviação, Gol e Azul, por conta da queda nas expectativas.
No velho continente a história não foi diferente. A forte queda nos preços do petróleo, trouxe resultados pouco animadores em relação à temporada de balanços, que fizeram as bolsas europeias seguirem o mesmo rumo dos mercados americanos.
Frankfurt liderou as quedas, derretendo 3,99%. Paris, registrou retração de 3,77%. Milão teve perdas de 3,59%. Londres desacelerou 2,96% e Madrid caiu 2,88%.
As quedas nas commodities se deveram aos resultados da guerra comercial entre Rússia e Arábia Saudita, além da retração econômica advinda do covid-19.
Para amenizar os impactos da situação, os membros da OPEP+ devem se reunir para reduzir ainda mais a produção ou compra dos estoques. Além disso secretário do departamento de energia dos Estados Unidos, anunciou que pode financiar a compra de petróleo para suprir reservas estratégicas do país.
Hoje (22), os dados referentes ao petróleo terão forte protagonismo, após um dia de quedas históricas, nos contratos negociados nas bolsas ontem (21). Entre os dados que serão divulgados pela Energy Information Administration, estão os estoques de petróleo bruto e os estoques de petróleo em Cushing, Oklahoma.
Tendo em vista o colapso nos preços advindos dos desequilíbrios entre oferta e demanda em relação à commodity, tais indicadores mostrarão o quão longe o mercado está do equilíbrio, e como são necessárias medidas por parte de grandes produtores como Estados Unidos, Canadá, Brasil e os membros da OPEP+ para controlar a oferta.
As expectativas quanto aos Estoques de Petróleo Bruto é de que eles totalizem 15, 150 milhões de barris. Todavia, existe possibilidade que tal expectativa seja superada. Os Estoques de petróleo em Cushing, Oklahoma, base para os preços do petróleo WTI, negociado em Nova York, também devem seguir o mesmo caminho.
Outros dados que devem ser observados, são as importações por petróleo. O dado, de forma indireta, mostrará o desempenho da demanda pela commodity por parte de uma grande economia. As perspectivas para o indicador também tendem a ter queda, advinda da retração na renda dos EUA.
No continente europeu, o principal indicador será o de confiança do consumidor para o mês de abril, divulgado pela Comissão Europeia.
A pesquisa realizada com aproximadamente 2.300 consumidores de países europeus em relação as perspectivas de consumo, têm tendência de retração. Assim, a perspectiva do mercado é com queda de 11,6 pontos no indicador, contra a retração 6,6 computada no mês anterior.
Como o indicador é uma prévia do consumo, ele pode de forma indireta, mostrar os rumos de indicadores como vendas no varejo ou, até mesmo, inflação.
Ainda não abriu sua conta na Nova Futura? Então clique aqui e abra gratuitamente!