Estreia da Vivara; Eletrobrás, Petrobrás e outras

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A rede de joalherias Vivara faz sua estreia na B3 nesta quinta-feira, sob o ticker VIVA3. Grandes fundos estrangeiros, incluindo europeus, demonstraram um elevado grau de interesse na oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), mas foram os fundos brasileiros que acabaram levando a maior parte das ações, segundo apurou a Coluna do Broadcast. Mais agressivos em suas ordens, os investidores locais ficaram com uma fatia entre 65% e 70% do volume da oferta, que movimentou R$ 2,3 bilhões – incluindo de cara até mesmo a colocação do lote suplementar. Fique de olho também em Eletrobras, Petrobras, Lojas Americanas, Carrefour e B2W.

Uma leitura para o desfecho é de que os estrangeiros colocam demandas reais em suas ordens, ao passo que os brasileiros, esperando um possível rateio, inflam suas ordens. A ideia, apontada no próprio prospecto do IPO, era de que os investidores do varejo, as pessoas físicas, pudessem ficar com até 20% das ações. No entanto, a fatia para esse público ficou restrita a 13%.

A divisão entre esse grupo foi 5% sem lock-up (sem restrição para a venda), 5% com lock-up de 45 dias e 3% com lock-up de 120 dias. Essa restrição maior foi para o público do chamado “private”, cuja alocação na oferta foi entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões. Ou seja, esses investidores poderão vender suas ações apenas a partir de fevereiro do ano que vem. Esse lock-up existe para evitar que muitos investidores “flipem”, uma estratégia na qual o comprador da ação no IPO vende o papel logo na estreia em bolsa, o que gera pressão no preço da ação.

Embora o cenário doméstico esteja no radar do investidor, é o cenário externo que deverá ganhar os holofotes. Isso porque hoje EUA e China retomam as negociações comerciais, em Washington, em meio a expectativa de algum acordo, ainda que nos últimos dias tenham sido divulgados informações conflitantes sobre o assunto. Ainda assim, a notícia mais recente, é positiva.

Segundo fonte ouvida pela Dow Jones Newswires, a Casa Branca concedeu licenças especiais que autorizam algumas empresas americanas a fazer negócios com a gigante chinesa tecnológica Huawei, que tem se destacado como um dos principais pontos de divergência na rixa comercial sino-americana. No entanto, as bolsas europeias e os futuros de Nova York exibem cautela antes de relatos mais concretos.

Eletrobras

Pesquisa aponta que 50,5% do Congresso apoia privatização da Eletrobras, enquanto 36,5% a rejeita, de acordo com o Valor Econômico. O levantamento, encomendado pela gestora de recursos Studio Investimentos ao Instituto FSB, ouviu 247 deputados federais e senadores. O índice é menor que na pesquisa anterior, ainda no governo de Michel Temer, que era de 52,7% dos parlamentares, mas a oposição era maior: 43,6%.

Petrobras

A Petrobras assinou com a norueguesa Equinor ASA um memorando de entendimentos focado no desenvolvimento conjunto de negócios voltados para a cadeia de valor do gás natural. Atualmente, a Petrobras e a Equinor são parceiras no campo de Roncador e nos blocos exploratórios BM-C-33, Dois Irmãos e C-M-709, entre outros.

“Um dos principais objetivos é a maximização de valor no segmento de downstream de ambas as empresas, através de projetos de geração termelétrica a gás natural, bem como a realização de estudos de viabilidade sobre ativos de processamento de gás e escoamento de líquidos nas áreas do TECAB (Terminal de Cabiúnas em Macaé, RJ) e do COMPERJ (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro em Itaboraí, RJ), onde há uma unidade de processamento de gás natural (UPGN) em construção, ambos pertencentes à Petrobras”, diz a companhia em comunicado enviado à CVM.

Além disso, ontem à noite, a Câmara aprovou, em uma votação simbólica, o projeto de lei que trata da partilha da cessão onerosa. O projeto define a distribuição com 15% dos recursos (R$ 10,95 bilhões) para os municípios seguindo o critério do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Para os Estados também serão direcionados 15% (R$ 10,95 bilhões), mas seguindo duas regras diferentes: dois terços pelo Fundo de Participação dos Estados (FPE) e um terço pela lei Kandir e Fundo de Exportação (FEX), como antecipou o Estado no domingo. A matéria segue agora ao Senado.

Lojas Americanas e B2W

A Ame Digital, fintech de meios de pagamento da Lojas Americanas e da B2W, celebrou contrato com a Companhia Brasileira de Tecnologia Para E-commerce (VTEX) para integração das plataformas de pagamento. Assim, a Ame terá conexão com mais de 2.500 sites de comércio eletrônico que usam os sistemas da VTEX.

Em comunicado, a Lojas Americanas e a B2W ressaltam que a Ame conta com mais de 4,5 milhões de downloads e presença nas lojas físicas e nos sites operados pelas companhias. Não foram dados maiores detalhes sobre o acordo com a VTEX.

Carrefour

O Grupo Carrefour Brasil fechou parceria comercial com empresas do Grupo Super Nosso para operar 17 supermercados no modelo Carrefour Bairro em Belo Horizonte (MG). O Super Nosso foi fundado em 1998 e ocupa a 17ª posição no ranking nacional da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).

Em comunicado, o Carrefour afirma que as 17 unidades, localizados na região metropolitana de Belo Horizonte, passarão a operar com a bandeira Super Nosso. A companhia afirma que esta é a primeira parceria nesse modelo, de migração dos supermercados Carrefour Bairro para uma bandeira regional, ao longo de um ano.

Iguatemi

A Iguatemi fechou a venda de sua participação de 30% no Shopping Iguatemi Florianópolis para a Lumine por R$ 110,25 milhões. O valor, segundo a companhia, será pago à vista, e o múltiplo NOI (equivalente ao Ebitda das empresas de shopping) da operação é de 12,3 vezes.

A área bruta locável (ABL) total do Iguatemi Florianópolis é de 21.109 m², e a parte equivalente da Iguatemi no empreendimento é de 6.333 m². O Cap rate, ou seja, a receita anual com aluguel em relação ao valor do imóvel, é de 8,15%.

Saneamento

O relatório da proposta de um novo marco do saneamento básico apresentado nesta quarta-feira (09) pelo deputado Geninho Zuliani (DEM-SP) veda a formalização de novos contratos de programa, e impede a prorrogação em cinco anos desses contratos caso não estejam cumpridos critérios rígidos de universalização – diferente do texto aprovado pelo Senado, que previa a prorrogação por uma única vez sem critérios e prazo.

Geninho propõe que esses contratos possam ser prorrogados por até cinco anos, desde que, na publicação da lei, comprovem cobertura de 90% do serviço de abastecimento de água e de 60% do serviço de coleta e tratamento de esgoto. O prazo final do contrato não poderá ser superior a 31 de dezembro de 2033. O deputado havia dito anteriormente ao Broadcast que o relatório não iria prever a prorrogação.

Direcional

A Direcional Engenharia, incorporadora que atua no Minha Casa Minha Vida (MCMV) e no segmento de médio e alto padrão, encerrou o terceiro trimestre de 2019 com vendas líquidas de R$ 326 milhões, o que representa crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. O segmento MCMV 2 e 3 atingiu R$ 294 milhões de vendas líquidas, crescimento de 17% na mesma base de comparação.

Entre julho e setembro, a empresa a empresa lançou oito empreendimentos, todos elegíveis ao MCMV. O Valor Geral de Vendas (VGV) total de lançamentos foi de R$ 437 milhões, sendo R$ 398 milhões da parcela da Direcional. No acumulado do ano, os lançamentos de incorporação (desconsiderando os projetos MCMV Faixa 1) atingiram R$ 1,4 bilhão, crescimento de 17%.

Além disso, o conselho de administração da Direcional aprovou o pagamento de dividendos intermediários de R$ 0,50 por ação, equivalente a R$ 73,902 milhões. Os proventos serão pagos com base na posição acionária da próxima segunda-feira (14), e a partir do dia 15, as ações passam a ser negociadas ex-dividendos. O crédito aos acionistas será realizado no dia 23 deste mês.

EcoRodovias

A EcoRodovias aprovou a concessão de fiança para a primeira emissão de debêntures da Concessionária Ponte Rio-Niterói (Ecoponte), no valor de R$ 230 milhões. Além da fiança da controladora, os títulos terão também garantia real, composta pelos direitos creditórios referentes à Ponte Rio-Niterói.

As debêntures estão enquadradas na categoria incentivada, voltadas para projeto de infraestrutura. Os títulos terão prazo de 15 anos, com vencimento em 2034. O valor terá atualização monetária pelo IPCA, e a remuneração oferecida ao investidor será composta pela maior taxa entre a variação dos títulos públicos lastreados em inflação com vencimento em 2030, acrescida de prêmio de 1,30% ao ano, ou juros de 4,50% ao ano.

Viver

O conselho de administração da Viver aprovou aumento de capital no valor de até R$ 279,4 milhões. O processo faz parte do plano de recuperação judicial da companhia. Será dado direito de preferência dos acionistas da companhia na subscrição de novas ações. Serão emitidas até 14.112.777 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, ao preço de emissão de R$ 19,80 por ação.

FONTE: AE BROADCAST

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