Ontem (26), o dia foi de alta para os mercados ao norte do mundo, causadas lento retorno de reabertura da economia e a possibilidade de uma vacina que possa ajudar no combate ao covid-19.
No entanto, o avanço do governo chinês quanto a política de extradição em Hong Kong, interferindo na liberdade da cidade, o que leva ao acirramento da guerra comercial entre Washington em Pequim. Como resultado da posição do governo de Xi Jimping, os Estados Unidos estudam medidas de restrição de vistos para estudantes, pesquisadores e congelamento de ativos de investidores nos Estados Unidos.
Entretanto, o fato de já existirem, em média, 10 vacinas em fase de testes clínicos e 114 em avaliação pré-clínica contra o covid-19, de acordo com os dados Fundstrat, animaram os mercados.
Assim, as bolsas americanas foram lideradas pelo Dow Jones, com avanços de 2,17%, seguido pelo S&P 500, com ganhos de 1,24%. A Nasdaq teve ganhos mais modestos, avançando em 0,17%. Com a melhora nas expectativas dos agentes, o VIX chegou a 28,14 pontos, com queda sensível de 0,07%.
Na Europa, o ânimo também foi regido pelas possibilidades de vacina reabertura da economia. Os países mais afetados pela pandemia como Espanha e Itália, já abriram para o comércio no final de semana, tal como França e Alemanha. O Reino Unido tem planejamento para reabrir a economia no próximo mês.
Para ajudar a força compradora e as expectativas em relação à economia europeia, Phillip Lane, economista do BCE (Banco Central Europeu), realizou um anúncio com perspectivas de que o pior já passou para a região.
Madrid registrou a maior alta do dia, subindo em 2,15%. Milão teve ganhos de 1,50%. Paris subiu 1,46%. Londres e Frankfurt tiveram elevação de 1,24% 1,00% respectivamente.
A sessão no Brasil, começou com ganhos. Todavia, o cenário político afetou o desempenho dos ativos.
A política azedou o cenário com a briga entre Jair Bolsonaro e Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro que recebeu novo impulso com a Polícia Federal, por intermédio da Operação Placebo, com 12 mandados de buscas e apreensão. A operação investiga a suspeita de fraude no contrato em sete hospitais de campanha no valor de R$ 770 milhões.
Assim, a bolsa teve queda 0,23%, com 85.468,91 pontos. O dólar fechou o dia cotado a R$ 5,35, com queda de 1,85%. O Barril Brent teve alta de +1,72%, cotado a US$ 36,74 e o WTI subiu for em 3,31%, fechando a sessão cotado a US$ 34,35.
Hoje (27), a agenda de conjuntura econômica dos Estados Unidos também estará cheia, com muitos dados preliminares da atividade econômica, petróleo e a publicação do Livro Bege.
A API (American Petroleum Institute) divulgará o relatório com os níveis dos estoques de petróleo do setor privado americano, sendo uma prévia do relatório que é divulgado às quintas-feiras pela EIA (Energy Information Administration), assim como o Relatório Seevol que está relacionado com o estoque de petróleo em Cushing, Oklahoma.
Os dois relatórios, possivelmente, continuarão a registrar retração nos estoques, tendo em vista o esforço dos produtores da commodity para diminuir a produção com o objetivo de reequilibrar os preços do mercado.
Todavia, os dados de quinta-feira (28) são mais decisivos para evidenciar a tendência dos estoques de petróleo nos Estados Unidos.
Quanto ao nível de atividade, os FED’s de Dallas, Texas e Richmond publicarão dados referentes ao setor de serviços para suas respectivas regiões.
Em Dallas, será divulgado o Subindice de Receitas dos Setor de Serviços para o mês de maio. Haja vista que os mercados ainda não estão totalmente abertos e que a renda das famílias ainda não teve aumento significativo por conta dos postos de emprego ainda não registrarem forte elevação, existe forte possibilidade de números pouco satisfatórios para o indicador.
O mesmo movimento poderá ser percebido pelo indicador de Perspectivas do Setor de Serviços do Texas e pelo Índice do Setor de Serviços de Richmond.
Apesar do indicador do FED de Dallas estar relacionado às receitas e os demais às perspectivas e ao avanço do setor, existe uma grande possibilidade de seguirem caminhos análogos por conta do momento atual da economia americana.
Os três indicadores, na última observação registraram resultados muito ruins, com decréscimo em suas respectivas pontuações. Existe a possiblidade dos indicadores registrarem avanço, mas podem continuar no negativo, por conta dos impactos de curto e médio prezo causados pela pandemia do covid-19.
O FED de Richmond, além dos dados do setor de serviços, também apresentará relatórios sobre Índice de Manufaturas e de Embarques do Setor Industrial.
O Índice de Manufatura indica os dados referentes ao nível de produção do setor, os quais estavam negativos na última observação, tendem a ter melhora, mas devem permanecer no negativo, tal qual o Índice de Embarques do Setor Industrial, o qual mostra o fornecimento de bens para o setor industrial.
Para o varejo, o instituto Redbook mostrará o crescimento das vendas se utilizando da pesquisa de aproximadamente 9.000 grandes varejistas americanas.
O índice é uma boa prévia do indicador divulgado pelo departamento do comércio americano por considerar 80% da amostra utilizada pela instituição.
Por conta da crise do covid-19 que gerou forte queda no consumo das famílias, o indicador vem publicando números negativos. Todavia, a retração vem diminuindo de forma gradual conforme a economia americana é reaberta.
Por fim, às 15 horas, os FED divulgarão o Livro Bege. A publicação possui os principais pareceres dos formuladores de política em relação à economia americana que, em um momento de crise como o atual, pode dar a prévia de importantes decisões do FED no que diz respeito a estímulos à economia americana e aos rumos da recuperação.
Um fato novo que pode entrar no documento é o aumento o aumento da intensidade do conflito comercial entre China e Estados Unidos, o qual pode evidenciar desafios adicionais para a economia americana e global.
Na Europa, a agenda estará relativamente vazia, com foco para os discursos dos formuladores de políticas.
Christine Lagarde, a diretora do Banco Central Europeu e Luis de Guindos, seu vice-presidente, farão o pronunciamento referente aos pareceres da instituição em relação ao andamento e perspectivas da economia da Zona do Euro.
A reabertura da economia do bloco, pode trazer novas expectativas e importantes pareceres quanto às políticas, que poderão ser tomadas por parte da autoridade monetária mediante ao cenário de recuperação.
A depender do que for pronunciado pelos líderes do banco, suas falas poderão gerar preço para as bolsas europeias, haja vista o clima favorável para estímulos com os recentes pronunciamentos de cooperação aos países mais afetados por parte de Alemanha e França.