Ontem (08), os mercados tiveram alta. A possibilidade de avanços nos estímulos fiscais nos Estados Unidos e a perspectiva de continuação da política monetária na Europa animaram os mercados globais. O Brasil, seguiu o bom-humor externo.
Trump, acenou positivamente para ajuda ao setor aéreo e Pelosi comentou avanços nas negociações do pacote fiscal com os Republicanos, gerando aumento do apetite pelo risco. Os pedidos por seguro-desemprego, vieram aquém do projetado, a endossando a necessidade de ajuda à economia americana.
O Dow Jones, teve alta de 0,43%. A Nasdaq e o S&P 500, subiram 0,5% e 0,80%, respectivamente.
Os mercados europeus fecharam em alta após melhora nas expectativas do pacote fiscal e aceno de Donald Trump quanto à ajuda às aéreas nos Estados Unidos. Na Europa, a Ata de Política Monetária do BCE, mostrou que o banco vê diminuição na fatalidade da COVD-19 e que mais reduções nas taxas de juros, é uma arma em seu arsenal no combate aos efeitos da pandemia na economia do continente.
Madri, teve alta de 1,20%. Frankfurt, acelerou 0,88%. Milão, teve ganhos de 0,76%. Paris e Londres subiram 0,61% e 0,53% respectivamente.
A bolsa brasileira absorveu as expectativas do mercado internacional, aproveitando o apetite pelo risco. Os números do comércio varejista, mostram que a política de renda está gerando efeitos positivos na economia. O petróleo e o relatório do UBS referente aos lucros dos bancos, contribuíram para a elevação do principal índice da B3.
O Ibovespa, teve alta de 2,51%, a 97.919 pontos. O dólar, por conta das expectativas do Renda Cidadã ficar dentro do Teto de Gastos e do aumento do apetite pelo risco, fechou com queda de 0,65%, cotado a R$ 5,60.
O mercado de petróleo teve elevação. O avanço do Furacão Delta no Golfo do México gerando diminuição na oferta e a greve na Noruega, contribuíram para restringir a oferta de petróleo no mundo. Pelo lado da demanda, a possibilidade de estímulos nos Estados Unidos, também contribuíram para a elevação nos preços.
Assim o WTI, teve valorização de 3,10%, cotado a US$ 41,19. O Brent, avançou 3,22%, cotado a US$ 43,34.
O Census Bureau, publicará os números referentes às Vendas no Atacado para o mês de agosto.
O indicador é importante pois mostra o quanto os produtores estão demandando por produtos. Quanto mais vendas estão sendo feita ao setor atacadista, mais as empresas estão a adquirir matérias primas, bens de capital e produtos acabados para fabricar e/ou vender produtos, gerando empregos e fazendo a atividade econômica crescer.
O mercado, ainda espera aceleração para o indicador em 2,0%. Todavia, ainda é necessário mais crescimento no setor, para que as perdas sejam compensadas.
O Departamento da Agricultura, divulgará o Relatório WASDE, referente às perspectivas oferta e demanda agrícola mundial.
A importância do documento consiste em fornecer as perspectivas americanas em relação aos mercados de grãos, algodão, soja, açúcar e produtos animais, como carne suína, boi e frango.
A demanda por produtos agrícolas, principalmente vinda da China, em grãos tende a aumentar. No entanto, a carne suína pode ter baixa, pois o país pretende ter 95% de suficiência na categoria.
Por fim, a Baker Hughes, divulgará o número de sondas de extração de petróleo na semana.
O Office of National Statistics, divulga importantes dados de conjuntura econômica para o Reino Unido.
Começando pela produção industrial, o mercado espera novo avanço, tanto na produção industrial geral, quanto no indicador desconsiderando investimentos públicos e do setor extrativista. O mercado espera que a produção industrial de agosto, saia de 5,2% em julho para 2,5%. Considerando a produção sem o setor público e extrativista, a expectativa é de avanço de 3,0%, contra 6,3% no mês imediatamente anterior.
A agência, também publica os dados das contas externas britânicas, com perspectivas de leve aumento no déficit comercial. A Balança Comercial considerando os negócios com UE (União Europeia) tendem a alcançar o déficit de £ 9 bilhões e sem a UE, de £ 2,8 bilhões.
O PIB do Reino Unido também tende a ter menor aceleração, mas o nível ainda é considerado elevado para o mês de agosto. Mesmo com o aumento de casos no país insular, apesar de já haver temores em relação ao aumento da COVD-19 no mês, após a queda de julho. As expectativas do mercado são de crescimento de 5,7% em agosto, ante 6,6% em julho.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), após divulgar o volume de vendas do setor varejista ontem (08), a instituição publicará os números do setor de serviços e do IPCA.
O setor de serviços tende a levar um pouco mais de tempo para se recuperar dos impactos da crise, como foi evidenciado nos últimos números do indicador, após alcançar 2,6%, ante a projeção de 3,1% de crescimento. Para agosto, os agentes mantêm suas perspectivas.
Para a inflação, os preços de alimentos e transportes podem fazer o indicador subir por conta da variação cambial, conforme evidenciado pelo IPC-S da Fundação Getúlio Vargas. Tendo em mente, os efeitos do câmbio de tais bens, além da questão sazonal, os agentes projetaram avanço de 0,54% para o IPCA de setembro ao mês. Ao ano, espera-se que o indicador atinja 3,03%.