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Empolgação com transição de Biden; Receita tributária e IPCA-15 no Brasil | Nova Futura

Written by Nova Futura | 20/10/2023 19:05:38

Os mercados começaram o dia majoritariamente em alta, com as notícias positivas em relação às vacinas. No entanto, o Velho Continente não se sustentou em meio aos temores do presente.

Os mercados europeus fecharam majoritariamente em queda. Após notícias positivas em torno dos imunizantes contra a COVID-19, as altas da primeira parte do pregão não se sustentaram devido ao avanço do coronavírus no continente e com dados do PMI ruins para a Zona do Euro, especialmente na França, Itália e Espanha.

Londres, teve queda de 0,28%. Frankfurt e Paris tiveram perdas, mas próximas da estabilidade, em 0,08% e 0,07% respectivamente. Mais próxima do zero a zero, Milão caiu 0,02% e Madri teve leve alta de 0,04%.  

Nos Estados Unidos, o mercado se animou com as notícias positivas em relação às vacinas contra a COVID-19. Além disso, Joe Biden anunciou Janet Yellen como uma provável secretária do Tesouro Americano. A ex-presidente do FED é uma adepta de políticas expansionistas, o que contribui para as perspectivas de aumento dos estímulos na economia americana.

O Dow Jones, teve alta de 1,12%. O S&P 500 e a Nasdaq ganharam 0,56% e 0,22% respectivamente.

O investidor alocado em ativos brasileiros considerou às notícias positivas das vacinas como variável mais preponderante para sua tomada de decisão. O anúncio de Yellen como a futura comandante do Tesouro americano, trazendo perspectivas de estímulos, contribuiu para a rotação em ativos de países emergentes. Todavia, a questão fiscal continuou sendo um fator de risco, com a taxa de juros com vencimento para janeiro de 2027 chegar a 7,83% ao fim da sessão.

O dólar, teve alta de 0,88%, a R$ 5,43. O Ibovespa, subiu a 1,26% cotado em 107.378,92.O petróleo subiu com as notícias positivas em torno das vacinas contra a COVID-19,  cm os agentes esperando aumento da demanda pela commodity assim que a aplicação da droga começar a ser feita em massa.

O petróleo Brent, teve alta de 2,11%, a US$ 46,02. O WTI, ganhou 1,49% a US$ 43,05 o barril.

Os contratos futuros de ouro caíram no primeiro pregão da semana. A commodity metálica com entrega prevista para dezembro caiu 1,93%, cotado a US$ 1.836,30 a onça-troy, sendo pressionada pelo dólar americano.

A expectativa dos Estados Unidos terem uma secretária do Tesouro mais a favor de estímulos fiscais e os números positivos apresentados por imunizantes, fez com que os mercados asiáticos fechassem em alta.

O pregão de Tóquio teve forte alta, com o Nikkei tendo valorização de 2,50%. Em Seul, o Kospi, ganhou 0,58%.

Na China Continental, houve realização de lucros, com o Xangai Composto e o Shenzhen perdendo 0,34% cada um.

Em Hong Kong, subiu a 0,39%. Singapura e Bombaim tiveram alta de 1,50% e 1,01% respectivamente. 

Para hoje (24):

As bolsas europeias abriram em alta. Os números dos indicadores de conjuntura econômica da Alemanha contribuíram para perspectiva de crescimento do país e do continente. Além disso, o aumento das expectativas de estímulos nos Estados Unidos, o a permissão no envio de documentos para a transição por parte de Trump, também impulsiona o mercado.

Os futuros nos Estados Unidos seguem a mesma lógica da abertura dos mercados europeus, recebendo os impactos positivos das notícias referentes à vacinas, transição do governo e Yellen.

No Brasil, a inflação registrada pelo IPCA-15 tem expectativa de avanço de 0,72%, ante 0,94% no mês de outubro. Apesar da desaceleração em relação ao mês imediatamente anterior, a perspectiva em relação à variação nos preços pode mover as taxas de juros. Também será divulgado os números da arrecadação com perspectiva de Receita Tributária Federal saindo de R$119,80 bilhões para R$ 147,45 bilhões, devido à sustentação dos níveis de renda e reabertura, que contribuiu para o retorno de algumas atividades que ficaram paradas durante o lockdown.

Europa: PIB e indicadores Ifo na Alemanha

Hoje, os principais dados econômicos vêm da principal economia da Zona do Euro, a Alemanha. A agência Destatis publicou os números do PIB do terceiro trimestre, registrando alta acima do esperado pelos agentes. Ao ano, o desempenho foi de queda de 3,9% o período anterior quando foi registrado retração de 11,3% ao ano. Ao trimestre, houve alta 8,5%, contra queda de 9,7%.

Em relação aos indicadores Ifo, as expectativas de negócios atingiram 91,5, a avaliação da situação atual foi de 90,0 e o índice ifo de clima dos negócios, o qual abrange os dois números, foi de 90,7 pontos. Os indicadores ficaram majoritariamente acima do esperado, repercutindo os avanços nas vacinas contra a COVID-19.

Brasil: IPCA-15 e confiança do consumidor

No Brasil, a principal prévia da inflação medida pelo IPCA, o IPCA-15, têm perspectivas de avanço, saindo de 4,11% em novembro, ante 3,52% em outubro. Ao mês, os agentes esperam, todavia, queda na aceleração, alcançando 0,72%, contra 0,94% no mês imediatamente anterior. Todavia, a pressão dos alimentos e combustíveis ainda podem pressionar o indicador, como pôde ser visto no IPC-S de ontem (23).

A FGV também disponibilizará um número importante no que diz respeito à confiança dos consumidores, evidenciando as expectativas de demanda para a economia brasileira.

EUA: S&P preços de imóveis, Confiança do Consumidor, Estoques de Petróleo API

Nos Estados Unidos, a Standard & Poors publicará o índice do valor da habitação, levando em consideração os preços de venda de mercado imobiliário de 20 regiões do país. Devido ao avanço do coronavírus, deixando até mesmo os agentes com mais caixa receosos, o mercado projeta aceleração um pouco mais lenta dos preços, saindo de 1,1% em agosto e chegando a 0,5% em outubro na comparação mensal. Ao ano, o indicador tem perspectiva de 5,1%, saindo de 5,2%.

Outro indicador importante, por ser mais atual e capitar as perspectivas de demanda, o principal componente da demanda agregada, publicado pelo Conference Board. O índice de novembro tem projeção de 98 pontos, contra 100,9 pontos registrados em outubro. A perspectiva de queda mostra o receio quanto ao aumento no número de casos de pessoas acometidas pela COVID-19 e pela retomada heterogênea da economia americana.