Em dia de pouca liquidez, os mercados globais operam em alta próximos da estabilidade

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As bolsas europeias fecharam em alta com a redução dos temores em torno da ômicron na quinta-feira (23). O fato de fabricantes de imunizantes informarem que seus remédios são eficientes contra a doença fez com que as bolsas do velho continente tivessem sentimento positivo antes do Natal. Londres teve alta de 0,43%. Frankfurt subiu 1,04%. Paris teve avanço 0,77%. Milão se valorizou em 0,70%. Madri e Lisboa subiram 1,24% e 0,98% respectivamente.

As bolsas americanas também fecharam em alta pela melhora na percepção do risco relacionado à variante mais recente do coronavírus. Os investidores também aguardavam os números do PCE, os indicadores de confiança de Michigan e os pedidos por seguro-desemprego, com os dados dentro do esperado e a redução da percepção de rico, o Dow Jones teve alta de 0,55%. O S&P 500 e o Nasdaq tiveram elevação de 0,62% e 0,85% respectivamente.

No Brasil, o mercado teve desempenho contrário ao de seus pares internacionais com o Ibovespa amargando queda de 0,33% a 104.891. Com o giro baixo e as preocupações com o fiscal afetaram o humor do investidor local. A aprovação do Orçamento para 2022 com brechas para o reajuste de policiais federais fizeram com que outras categorias também requeiram o ajuste. Pelo lado positivo, o IPCA-15, principal prévia da inflação, teve desaceleração em dezembro, saindo de 1,17% para 0,78%.

 Para hoje (27/12)

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda com as incertezas geradas pela disseminação da ômicron. O cancelamento de voos e o avanço no número de infectados afetaram as bolsas do continente. Hong Kong e Austrália ficaram com suas Bolsas de Valores fechadas. Tóquio teve queda de 0,37%. Seul perdera 0,43% Na China Continental, o Xangai teve queda de 0,06% e o Shenzhen avançou 0,09%.

Em Singapura, o minério de ferro caiu 4,22% cotado a US$ 122,05.

As bolsas na Europa operam majoritariamente em leve alta, não obstante a queda das commodities e receios em torno da ômicron na Ásia. Os anúncios relacionados aos imunizantes ainda gera efeito sobre as bolsas ocidentais em dia de agenda e vazia e pouco volume.

Nos Estados Unidos, os futuros também operam em alta, apesar de Anthony Fauci dizer que o sistema médico possa ficar sobrecarregado, mesmo que os casos relacionados à ômicron não sejam graves.

No Brasil, a FGV divulgou o ICI (Índice de Confiança da Indústria) teve nova perda, pelo quinto mês consecutivo, chegando em 1000,1 pontos, seu menor nível desde agosto do ano passado. A redução no indicador se deve à piora das perspectivas para 2022 e os atuais problemas quanto a cadeia produtiva por conta da escassez de insumos acabam por afetar a indústria.

O relatório Focus trouxe mais uma semana de expectativa de inflação menor, em 10,02%.  Contudo o PIB sofre redução pela décima primeira semana, chegando a 4,51% para 2021 e mais uma semana de queda do indicador para 2022 chegando em 0,42%.

Na política, há pressão por parte dos auditores da Receita após reajuste dos policiais federais.

Para hoje, é interessante ficar atento ao comportamento das commodities. A queda do minério de ferro e a do petróleo podem gerar impacto em importantes ações da bolsa local.

Autor: Matheus Jaconeli – CNPI 2917

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