Nesta terça-feira, começa efetivamente o período de divulgação de balanços referentes ao segundo trimestre de 2019. O Santander Brasil anunciou nesta manhã lucro líquido gerencial, que não desconta o ágio de aquisições, de R$ 3,635 bilhões no segundo trimestre deste ano, cifra 20,16% maior que a de R$ 3,025 bilhões registradas um ano antes. Ante os três meses anteriores, cresceu 4,3%. À noite, saem os números de Cielo.
O banco desacelerou o ritmo de crescimento da carteira de crédito no segundo trimestre, como já previam analistas, mas entregou resultados em linha com o esperado pelo mercado, de R$ 3,540 bilhões, segundo a média de cinco casas consultadas pelo Prévias Broadcast (BTG Pactual, Citi, Eleven, UBS e XP). O Prévias Broadcast considera que o resultado veio em linha quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.
O resultado do Santander no segundo trimestre foi puxado, conforme explica o banco em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, pelo crescimento da margem financeira como reflexo do aumento dos empréstimos. Contribuíram ainda maiores ganhos com receitas e prestação de serviços a despeito do aumento do resultado com créditos de liquidação duvidosa no período.
“O balanço veio bem positivo, impulsionado pela margem financeira e carteira de crédito crescendo forte. A qualidade de carteira de crédito, em base anual, teve crescimento de PDD abaixo do crescimento da carteira, ou seja, um gerenciamento de risco extremamente eficiente”, afirmou Rafael Passos, analista da Guide Investimentos, acrescentando que o resultado deve gerar expectativas quanto aos resultados de outros bancos, beneficiando os papéis.
Atenção também para BR Distribuidora. Com a demanda pela ação na oferta subsequente (follow on), a empresa espera puxar o preço da ação para R$ 24, segundo informou a Coluna do Broadcast. Nesse preço, o livro está cerca de 70% coberto. Ao valor de R$ 23,50, a empresa já tem demanda suficiente para emplacar a oferta e, em R$ 23, as ordens dos investidores superam em duas vezes a oferta. Ontem, a ação ON da BR caiu 2,86%, a R$ 25,50.
Além disso, a companhia informou ontem que foi realizada a assembleia de constituição da Companhia de Gás do Espírito Santos (ES Gás), empresa de economia misto fruto de uma parceria entre a BR Distribuidora e o governo do Estado. A nova companhia terá participação de 60,34% da BR no capital total, e de 49% nas ações ordinárias.
Entre outros destaques, analistas chamam a atenção para a divulgação do IPCA-15, cuja previsão está perto de zero, o que poderá reforçar a expectativa de um corte de juros e animar o setor de varejo. Além disso, Bruno Madruga, sócio e chefe de renda variável da Monte Bravo, chama a atenção para a medida provisória que altera as regras de saque do FGTS, deve restringir a R$ 500 a primeira retirada de todos os cotistas, prevista para setembro, segundo apurou o Broadcast. Diante de um valor baixo, a medida pode impulsionar as ações de construtoras.
No exterior, as bolsas asiáticas fecharam em alta, ainda apoiadas pela expectativa por movimentos de maior afrouxamento monetário por parte de grandes bancos centrais e à espera de uma nova rodada de negociações comerciais entre Estados Unidos e China na próxima semana. Já na Europa, os índices sobem na esteira da confirmação de Boris Johnson como o novo primeiro-ministro do Reino Unido, em sucessão a Theresa May.
Vivo e Tim
A TIM e a Telefônica Brasil (Vivo) assinaram um memorando de entendimentos com o objetivo de iniciar discussões sobre compartilhamento de redes e de serviços.
Segundo as empresas, os estudos terão como foco o compartilhamento de rede 2G no modelo Single Grid; estabelecimento de novos acordos de compartilhamento de infraestrutura de rede 4G na faixa de 700Mhz, direcionados a cidades com menos de 30 mil habitantes, o que poderá ser, posteriormente, expandido a cidades maiores; outras oportunidades de compartilhamento de rede em outras frequências e
Tecnologias e outras oportunidades de eficiência e redução de custos em operação e manutenção de redes.
De acordo com as empresas, este memorando “não cria uma joint venture ou qualquer parceria comercial ou relação formal de negócios”.
“Com esta decisão, Tim e Vivo saem ganhando, principalmente quando olhamos para o custo operacional. A partir do momento que temos infraestrutura sendo compartilhada, nós temos melhor alocação de investimentos e de custos”, apontou Passos, da Guide Investimentos.
Copel
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) divulgou seus números operacionais do segundo trimestre. O crescimento do consumo de energia no mercado fio, composto pelos consumidores cativos e livres, além do suprimento a concessionárias no Estado, cresceu 1,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em junho, o avanço foi de 1,7%, e no primeiro semestre, houve crescimento de 3,2%.
O segmento de consumidores livres foi o que apontou maior aumento no consumo no segundo trimestre, de 9,6%. Já o mercado cativo caiu 2,7%, e o suprimento às concessionárias aumentou 5,5%. Em junho, o mercado livre avançou 18,6%, o suprimento aumentou 16,7% e os cativos cresceram 1,7%. No primeiro semestre, o mercado livre consumiu 7,7% mais energia que em 2018. Já os crescimentos dos mercados de suprimento e cativos foram de 5,3% e 1%, respectivamente.
Por classe de clientes, a energia vendida registrou queda em quase todas. A maior delas foi na indústria, com 9,1% no segundo trimestre. A classe residencial recuou 1,7%. Segundo a Copel, o resultado se explica pelas temperaturas mais amenas que em 2018, além do cenário econômico. Outra justificativa é a base de comparação, já que no ano passado o consumo no segundo trimestre foi o maior dos últimos cinco anos.
Sucroalcooleiras
A joint venture de açúcar e bioenergia BP Bunge Bioenergia, entre a Bunge e a BP, anunciada nesta segunda-feira, terá como foco investimento em canaviais e ampliação da capacidade utilizada de usinas no Brasil, disseram executivos da Bunge e da BP ao Broadcast Agro. O negócio envolve a combinação de operações de biocombustíveis, bioeletricidade e açúcar das duas empresas no País. A joint venture terá 11 usinas em cinco Estados, com participação acionária dividida igualmente entre Bunge e BP (ambos os sócios terão 50%).
A empresa resultante será o segundo maior player da indústria de etanol de cana-de-açúcar no Brasil, com capacidade de moagem de 32 milhões de toneladas de cana por ano. A produção de etanol pode chegar a 1,5 bilhão de litros e a de açúcar a 1,1 milhão de toneladas.
Outras notícias
A Cemig Distribuição concluiu a distribuição de sua sétima emissão de debêntures simples, no valor de R$ 3,66 bilhões, em duas séries, sendo a primeira com prazo de 5 anos, no valor de R$ 2,16 bilhões e pagando juros remuneratórios de CDI+0,454% ao ano, e a segunda série, com prazo de 7 anos, no valor de R$ 1,5 bilhão e pagando correção monetária pelo IPCA acrescida de juros remuneratórios de 4,10% a.a., perfazendo um custo médio equivalente estimado em 108,61% do CDI.
O Conselho de Administração da Natura aprovou a 10ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em até quatro séries no valor total de até R$ 1,711 bilhão. A data de emissão das debêntures será em 26 de agosto de 2019, com prazo de vencimento de cinco anos.
Fonte : AE BROADCAST
Deixe um comentário