Os mercados fecharam sem direção na terça-feira (29). As expectativas em relação ao cheque de US$ 2.000 aos americanos e a aprovação do pacote de ajuda fiscal de US$ 900 bilhões nos Estados Unidos, animou o mercado. Contudo, houve perdas após o resultado informado pelo senado americano.
Na Europa, os principais índices fecharam sem direção única após o entendimento entre os dois lados do Canal da Mancha e, como ainda não tinha saído o resultado da votação no Senado americano quanto ao pagamento de US$ 2.000. Outro fator positivo para o continente foi a solicitação da Comissão Europeia por mais de 100 milhões de doses de imunizantes desenvolvidos pela Pfizer em conjunto com a BioNTech.
Londres, ganhou 1,55%. Paris, subiu 0,42%. Na península ibérica, o avanço foi de 0,24% e em Lisboa, houve elevação de 0,05%. Paris e Frankfurt perderam 0,42% e 0,21% respectivamente.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta com o otimismo inicial em ralação ao pacote de estímulos nos EUA e a possível aprovação do aumento no valor dos cheques saindo de US$ 600 para US$ 2.000.
O WTI, teve alta de 0,80%, para US$ 48,00 o barril. O Brent, teve avanço de 0,45%, com alta de US$ 51,09.
As bolsas de Nova York começaram o dia em alta, com os investidores animados com a aprovação do pacote de US$ 900 bilhões para dar mais tração à economia americana e aguardando por uma possível aprovação no senado para mais um estímulo, mudando o cheque entregue aos americanos de US$ 600 para US$ 2.000. O aumento não vingou com o líder republicano no Senado, Mitch McConnel bloqueando a proposta e fazendo os mercados caírem.
O Dow Jones e o S&P 500 encerraram com queda 0,22%. O Nasdaq, perdeu 0,38%.
No Brasil, apesar de humor em Nova York, o principal indicador da B3 conseguiu permanecer no positivo, influenciado por ações do setor de commodities e bancos. Apesar de todos os riscos fiscais, o déficit do governo central foi menor que o esperado pelo mercado. Quanto aos outros dados de atividade econômica, o IGP-M acelerou menos que as expectativas e os dados de emprego também, apesar de mais fracos quando comparados ao mesmo período do ano anterior, superaram as expectativas do mercado.
O Ibovespa teve alta de 0,23% a 119.409,15 pontos. O dólar, teve queda de 1,06%, cotado em R$ 5,18, devido ao desmonte das posições de overhedge por parte dos bancos.
Para hoje (30):
Apesar dos cheques no valor de US$ 2.000 não serem aprovados, os mercados começam mistos, mas com a maioria operando em alta. O pagamento dos cheques de US$ 600 já se inicia nos Estados Unidos e na Europa, a União Europeia confirmou o acordo comercial com o Reino Unido. Também houve a aprovação do uso emergencial da vacina produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca no Reino Unido.
No Brasil, devido o aumento no número de casos de infectados pela COVID-19, o governo federal pediu ao TCU a possibilidade de estender a execução de despesas até 2021. O mercado ficará atento à disputa de pela presidência da Câmara e aos dados fiscais divulgados pelo Bacen.
Europa: Índice de preços de imóveis no Reino Unido
Na Europa, mais uma vez a agenda estará vazia, somente com dados do Reino Unido.
A Associação Nacional da Construção, publicou os números do índice de preços nacionais dos imóveis. O indicador é um importante antecedente da atividade econômica, tendo em vista que ele mostra como a demanda pelos imóveis está.
Os agentes esperavam que o indicador, no mês, tem esperam que haja elevação de 0,4%, ante 0,9%. Ao ano a expectativa era de avanço de 6,7%, ante 6,5% em novembro.
Os números divulgados superaram as expectativas, chegado a 0,8% ao mês e com elevação de 7,3% ao ano, evidenciando aumento nos preços dos imóveis em relação ao mês de novembro.
Brasil: Dados fiscais
Após os números fiscais superarem as expectativas do mercado, devido a continuidade do auxílio econômico e a postergação de algumas decisões quanto às reformas, há expectativa de números piores em novembro, quando comparado ao mês anterior.
Os agentes esperam que a relação dívida/PIB em novembro saia de 61,2% para 62,1%. Quanto ao resultado do Orçamento, há expectativa de déficit de R$ 8,950 bilhões, após o número positivo de R$ 3.000 bilhões.
Novos dados nos Estados Unidos
O Escritório de estatísticas econômicas, publicará a Balança comercial de bens durante o mês de novembro. O indicador é importante porque não está relacionado apenas à economia americana, mas também à economia global, tendo em vista que se trata da maior economia do mundo e um dos maiores importadores do planeta.
Quanto aos estoques do varejo, embora a vacinação já tenha iniciado nos EUA, algumas regiões dos Estados Unidos têm mostrado avanço no número de infectados pela COVID-19, os Estoques no varejo devem se manter, saindo de 0,9% e indo para 0,8%, caso as expectativas do mercado se concluam. O indicador é importante, pois, em certa medida, acaba por evidenciar a força do consumo, uma vez que quanto menor forem os estoques, indica que as vendas no varejo estão avançando.
A ISM Inc. disponibilizará o indicador que evidencia os pedidos dos gerentes de compras para a região de Chicago, PMI de Chicago para o mês de dezembro. O número acaba sendo um antecedente do PMI do país. A expectativa é de que o indicador tenha queda, saindo de 58,2 pontos em novembro, para 57 pontos em dezembro.
Para o mercado imobiliário, a associação nacional de corretores divulgará as Vendas Pendentes de Moradias, evidenciando a quantidade de contratos de imobiliárias assinados para casas unifamiliares, condomínios e cooperativas existentes, de modo que não inclui novas construções, evidenciando a compra de ativos já prontos. A expectativa para novembro, é de elevação de 0,2%, ante queda de 1,1% em outubro.
Por fim, a Administração de Informação Energética publicará o número de estoques de petróleo. A expectativa é de retração de 2,100 milhões de barris na semana, contra queda de 562 mil na semana anterior, enquanto os preços da commodity vem caindo ao longo dos últimos pregões.
Autor: Matheus Jaconeli
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