As bolsas europeias fecharam em queda, diferentemente do comportamento que os mercados vinham desempenhando pela manhã de ontem (07), com as perspectivas de um BCE menos hawkish se frustrando com a Ata confirmando que a autoridade começa a assumir uma postura mais rígida contra a inflação. Adicionalmente, os europeus também ficaram de olho nos ruídos no Leste Europeu. Londres teve queda de 0,38%. Frankfurt perdeu 0,52%. Paris caiu 0,57%. Milão teve queda de 0,59%. Na Península Ibérica, Madri e Lisboa perderam 0,17% e 0,06% respectivamente.
Em Nova York as bolsas fecharam para cima apesar da sessão volátil e mesmo com o avanço da inflação, tivemos o índice Dow Jones fechando em alta de 0,25%, em 34.583,57 pontos, o S&P 500 avançou 0,43%, a 4.500,21 pontos, e o Nasdaq subiu 0,06%, a 13.897,30 pontos.
O principal índice da B3 seguiu as bolsas de Nova York, passando por muita volatilidade, mas fechando com alta de 0,54% aos 118.862 pontos. Sem muitos dados no radar, um dos destaques do pregão continuou a ser a Petrobras (PETR4; PETR3), pois mesmo com a retomada nos preços do petróleo, as ON tiveram queda de 1,02% e as PN perderam 0,94%. Em certa medida, o recuo se deve às incertezas quanto à mudança de cargo dentro da companhia que permanece indefinida.
Para hoje (08/04)
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta repercutindo a leve melhora nos Estados Unidos. Em Tóquio, o Nikkei teve ganho de 0,36%. O Sul-coreano Kospi ganhou 0,47%. Taiwan e Hong Kong tiveram valorização de 0,29% e 0,62% respectivamente. Na China Continental, o Shenzhen perdeu 0,32% e o Xangai teve avanço de 0,47%.
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 0,66%, a 918,50 iuanes, o equivalente a US$ 144,42.
Nos Estados Unidos os futuros operam em alta, se recuperando parcialmente das quedas recentes inerentes ao posicionamento mais hawkish do FED e aos ruídos das tensões no leste europeu. No dia, a agenda é relativamente vazia, com destaque para os dados ao atacado e o Relatório WASDE. Tal qual os futuros nos Estados Unidos, as bolsas europeias avançam sem muitos dados no radar.
Diferentemente do exterior, os investidores ficam de olho na agenda econômica com dados de inflação, transações correntes e contas externas. A proposta do Governo de propor meta de déficit de R$ 66 bilhões em 2023. Com tal indicação, segundo o ministério da economia, as contas voltarão para o azul em 2025. As questões inerentes à Petrobras também ficarão no radar.
No corporativo, O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que “é preciso dar um voto de confiança” à nova gestão da Petrobras (PETR3; PETR4), após o governo indicar José Mauro Ferreira Coelho para a presidência e Marcio Andrade Weber para o comando do conselho de administração da estatal.
O Conselho de Administração da Gol (GOLL4) aprovou um aumento de capital no montante de, no mínimo, R$ 948,3 milhões e, no máximo, R$ 2,873 bilhões. Os acionistas da companhia terão direito de preferência para a subscrição de ações preferenciais e poderão subscrever ou ceder seus direitos de preferência a terceiros. O prazo de exercício do direito de preferência será de 30 dias, contados de 13 de abril de 2022, encerrando-se em 13 de maio de 2022.
A Ultrapar (UGPA3), por meio da subsidiária Ultrapar Internacional, inicia oferta de recompra de bonds com vencimento em 2026 e 2029.
As Lojas Renner (LREN3) de moda elevou o pagamento de JCP de R$ 0,143910 para R$ 0,144175 por ação. O ajuste foi em decorrência da operação de recompra de 1,8 milhão ações de emissão da companhia. O Valor bruto total permanece em R$ 141,4 milhões.
A Ecorodovias (ECOR3) registrou queda de 3,7% no tráfego de veículos no primeiro trimestre de 2022.
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917