A partir de 13 de agosto de 1951 foi determinado o dia do economista pelo então presidente da república, Getúlio Vargas, com a regularização da profissão. O trabalho é desafiador e exige do profissional muitas habilidades que variam desde conhecimentos de história e sociologia até matemática e estatística.
A economia, como área independente do conhecimento, é relativamente jovem quando comparada com a medicina, direito ou engenharia. Todavia, os conceitos econômicos sempre estiveram presentes na sociedade.
Na Grécia Antiga, por exemplo, um tratado que fora atribuído a Aristóteles, mais recentemente a Xenofonte, leva o nome “Economia” ou, em grego, Oikonomia. Oiko significa casa e nomia, regra, norma ou cuidado. Todavia, o conceito de “casa” também é relacionado à “casa dos gregos”, isto é, a cidade.
Assim, o conceito econômico dos gregos, já naquela época, estava relacionado à busca da manutenção e/ou melhora das condições materiais da sociedade de modo a melhorá-la, o que está muito relacionado com um dos problemas que economia, atualmente, busca respostas.
Ainda, na Grécia antiga, os filósofos eram questionados se era justo que determinado produto tivesse determinado preço ou se era justo que um possível contrato fosse afirmado, evidenciando vários conceitos econômicos relacionados ao funcionamento dos mercados, formação de preços e teoria dos contratos.
Tais ideias gregas permaneceram durante o Império Romano, onde a cultura grega ainda exercia forte influência nos costumes na sociedade.
Após Constantino estabelecer o catolicismo como religião oficial do império romano, a religião passou a ter influência nas ideias econômicas. Assim, frades da chamada escolástica, um movimento filosófico que influenciou muitas áreas do pensamento, inclusive, a economia. Os escolásticos foram importantes ao introduzir a importância do bem privado em detrimento do bem coletivo para o funcionamento da economia, o qual é possível com um arcabouço de leis que protejam o direito de propriedade, uma ideia que prevalece até os dias de hoje.;
No entanto, a economia se tornou objeto de estudo independente bem depois. Fazendo um salto histórico para o século XVIII, em pleno iluminismo, o filosofo escocês, Adam Smith que atuava em campos como lógica, moral e retórica, começou a se interessas pelos fatores que influenciavam a riqueza dos países levando-o a escrever um dos livros mais famosos entre os economistas e interessados pelo assunto, “A Riqueza das Nações”.
No livro, o filósofo explica conceitos importantes em relação ao comércio entre os países e entre as pessoas dentro de uma sociedade, sendo este uma instituição importante que resistiu os séculos se tornando uma tradição entre os seres humanos. A prática comercial, segundo o autor, é um dos principais motivos da riqueza dos países e o volume de comércio é ampliado conforme exista mais pessoas fazendo coisas diferentes, isto é, mais especialização. Tal ideia gerou o que se chama divisão do trabalho.
Todavia, alguns historiadores econômicos retomam a autores anteriores ao a Adam Smith. O Economista norueguês Erik S. Reinert, em seu livro” Como Os Paises Ricos Ficaram Ricos e Por que os Países Pobres Continuam Pobres” fala de Antonio Serra, um italiano de Nápoles do século XVI que questionava os motivos de Veneza ser uma cidade tão rica.
Guiados por tais questionamentos, o pensador escreveu o “Um pequeno tratado sobre a riqueza e pobreza das nações” , evidenciando, antes de Smith, que a riqueza de uma sociedade se dava com base na divisão do trabalho, gerando atividades cada vez mais complexas e distintas.
Ao longo do tempo, chegando nos dias de hoje, os economistas expandiram seu campo de estudo se interessando por muitos assuntos que vão além do funcionamento dos mercados e prosperidade da sociedade.
Hoje, em finanças, os economistas buscam entender os comportamentos dos indivíduos e como seus vieses psicológicos podem afetar suas escolhas de investimentos.
Assim, conforme o tempo passa, a economia se atualiza e busca cada vez mais ferramentas para buscar as respostas para questões inerentes à ciência como o uso de big data, psicologia, estatística, sociologia, história, matemática e lógica.
Apesar da grande gama de ferramentas numéricas utilizadas pela economia, ela é uma ciência humana, dentro das ciências sociais aplicadas e, como tal, os economistas não possuem consenso sobre muitas questões, inclusive, sobre a metodologia da ciência como Soft Science ou Hard Science.
Contudo, por mais que muitos economistas pensem de forma muito diferente um do outro, em momentos em que a economia é colocada em pauta para solucionar problemas do mundo como crises geradas por guerras, pandemias ou bolhas, os economistas, em sua maioria, se unem para buscar as melhores soluções, seja no governo, prestando consultoria para uma empresa ou fazendo decisões de investimentos no mercado financeiro.