Apesar do bom-humor da manhã de quarta-feira (10), a notícia de que Angela Merkel pode estender a quarentena até março, contribuiu para piorar as expectativas dos investidores em relação à economia do continente, o que foi endossado por Christine Lagarde. Paris teve recuo de 0,36%. Londres, perdeu 0,11%. Frankfurt, teve queda de 0,56%. Milão perdeu 0,15%. Na península ibérica, Madri e Lisboa, perderam 0,44% e 0,37% respectivamente.
As bolsas nos Estados Unidos, fecharam majoritariamente em queda, levando em conta as preocupações de Powell em relação à economia americana e desprezando o argumento de manutenção dos juros baixos por parte do FED. O Dow Jones teve alta de 0,2%. O S&P 500 e o Nasdaq perderam 0,03% e 0,25% respectivamente.
No Brasil, os dados desastrosos do varejo do mês de dezembro (-6,1%) deram mais um reforço para a discussão referente à ampliação do auxílio emergencial, ampliando o risco percebido em relação aos ativos do país. Tais variáveis contribuíram para a queda de 0,87% em 118.435,33 pontos. O dólar, teve queda de 0,21% cotado em R$ 5,37.
Na Ásia, os mercados operaram com menor volume devido ao feriado na China e no Japão. A única bolsa que operou foi a de Hong Kong e teve alta de 0,45%, levando em conta o discurso dovish de Powell.
As bolsas no exterior abrem majoritariamente em alta. Nos Estados Unidos, após mais detalhes referentes ao pacote de estímulos terem vindo à público por meio de membros democratas câmara, enquanto os índices europeus operam mistos.
No Brasil, a discussão referente ao pacote de estímulos continuará no radar dos investidores, mas pode ser amenizado pelo resultado da votação quanto à independência do BC e os movimentos do exterior.
O Tesouro ofertará LTNs para os vencimentos 2021, 2023 e 2024; NTN-Fs para 2027 e 2029; LFTs para 2022 e 2027. Quanto aos dados de atividade econômica, após os números ruins do varejo, o mercado espera que o setor de serviços tenha queda 0,30% no mês e de 3,30% na comparação anual.
No exterior, serão divulgados os números de companhias importantes como Walt Disney, L’Oreal, PepsiCo, Zurich Insurance Group, entre outras. No Brasil, sairão os balanços de Banco do Brasil, Rumo, Engie, Sanepar, Lojas Rener, Cosan, Cesp, Biosev e Cyrela Commercial Properties.
Autor: Matheus Jaconeli