Bolsas europeias fecharam majoritariamente em queda. A alta nos yields dos Treasuries americanos e o mau-humor de Nova York afetaram o desempenho das bolsas europeias, embora os dados de varejo tenham sido positivos para a Zona do Euro. Londres e Madri tiveram queda de 0,39%. Frankfurt e Paris tiveram perdas de 0,13% cada uma. Milão teve elevação de 0,11%.
A bolsa brasileira teve desempenho diferente de seus pares. O Ibovespa fechou com alta de 0,97% em 118.682,11 pontos. Os investidores ficaram de olho nas negociações entre congresso e governo em relação ao orçamento com sinalização positiva de Bolsonaro, e a proposta de uma PEC proposta por Guedes quanto aos auxílios adicionais devido à segunda onda de COVID-19.
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em queda. Houve preocupação por parte dos agentes por conta da possibilidade de avanço na inflação no País. A fala de Powell programa 60 Munutes da CBS, evidenciando expectativas de altas e contrações na economia do país gerou temor adicional aos investidores. Para o lado positivo, o Congresso volta do recesso e Biden se mostra confiante quanto à negociação do pacote de estímulos de US$ 2 trilhões. O Dow Jones teve queda de 0,16%. O S&P 500 perdeu 0,02% o Nasdaq, retração de 0,36%.
Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em alta, mas às vésperas dos indicadores de inflação nos Estados Unidos. Ademais, os rumores a aperto monetário continuam no radar. Animando os investidores, os dados comerciais da China agradaram, com aumento de 38,1% das importações e as exportações 49% na perspectiva anual para março. A tenção sino-americana teve um episódio de trégua pelo fato de Janet Yellen se negar a considerar a China uma manipuladora de moedas em seu relatório de moedas. Na China continental, o Xangai Composto perdeu 0,89% e Shenzhen caiu 0,16%. Em Tóquio, o Nikkei teve valorização de 0,72%. Hong Kong subiu 0,15%. Seul se valorizou em 1,07% e Taiwan retrocedeu 0,21%.
Para hoje (13/04)
Os futuros em Nova York operam em queda, a evidenciar cautela em relação à divulgação do IPC (índice de preços ao consumidor). As bolsas europeias operam mistas após dados de crescimento do Reino Unido e indicadores de expectativa para a Zona do Euro e Alemanha.
No Brasil, há atenção especial em relação à divulgação dos dados de venda no varejo. As projeções indicam alta de 0,6% ao mês no varejo de fevereiro e, ao ano, queda de 3,9%.
Os investidores também ficarão atentos com a PEC que pode possibilitar o aumento dos gastos enquanto o orçamento ainda passa por negociações. A base governista mina a CPI da Covid-19 juntamente, além de estendê-la a governadores e prefeitos se possível.
O Tesouro ofertará NTN-Bs para 2024, 2028 e 2040 e o Bacen, 15.000 contratos de swap a partir das 11:30.
Internacional
No Reino Unido, o PIB mensal registrou avanço de 0,4%, ante expectativa de 0,6% e, ao ano, há retração de 7,8% contra expectativa de queda de 7,3%. A produção industrial geral subiu 1% e o indicador excluindo serviços públicos e indústria extrativa avançou 1,3%. A balança comercial teve déficit US$ 16,44 bilhões.
O índice ZEW de condições atuais da Alemanha teve -48,8 pontos contra a expectativa de -53. A percepção econômica para o país foi de 70,7 pontos, quando era esperado 79. A percepção ZEW para a Zona do Euro saiu de 74 pontos para 66,3.
Nos Estados Unidos, Bureau of Labor Statistics divulgará os números da inflação ao consumidor (IPC). A expectativa é de que o indicador amplo chegue em 0,5% ao mês e a 2,5% ao ano. O núcleo, ao ano, a expectativa é de elevação de 1,5% e de 0,5% ao mês. Além disso, os pronunciamentos de membros do FOMC também ficará no radar dos investidores.
Auto: Matheus Jaconeli