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Destaque para Suzano, Banco do Brasil e coronavírus - Nova Futura

Written by Nova Futura | 20/10/2023 19:45:26

A produtora de papel e celulose Suzano apresentou Ebitda ajustado de R$ 2,465 bilhões no quarto trimestre, em linha com a média das estimativas de sete casas consultadas pelo Prévias Broadcast, mas a redução consideravelmente acima do esperado dos estoques de celulose deve impulsionar as ações da empresa nesta quinta-feira. Por outro lado, uma reviravolta no quadro do coronavírus, que registrou um salto no número de casos e de mortes, pode pesar sobre o mercado em geral, sobretudo nas ações ligadas a commodities como Vale, siderúrgicas, Petrobras e, inclusive, Suzano. Atenção também para Banco do Brasil, Totvs, Banco Inter, Guararapes e construtoras.

O analista de papel e celulose do Itaú BBA, Daniel Sasson, aponta que a redução nos estoques de celulose da empresa ficou acima do esperado pelo mercado e “é muito positivo, pois assim a empresa consegue repassar o aumento dos preços, em um momento em que o desafio é exatamente esse, já que os preços no mundo estão mais baixos”, explica, destacando que as units de Klabin tendem a se beneficiar também, pois a desestocagem é “positiva para todo o setor”.

No entanto, Sasson chama a atenção para uma possível pressão vinda do exterior, após a China mudar a metodologia adotada na província de Hubei, que é a mais afetada e onde a epidemia teve origem. A metodologia agora também considera casos “clinicamente diagnosticados”. Os dados atualizados mostram que o total de mortes aumentou para 254 mortes, 15.152 novos casos registrados. Com isso, as bolsas ao redor do mundo operam em queda, assim como o petróleo. Já o minério de ferro negociado em Qingdao, na China, fechou em alta de 1,00%, cotado a US$ 88,56 a tonelada.

As ações de empresas exportadoras têm sentido diretamente os reflexos dos temores da disseminação do vírus, uma vez que ninguém sabe ao certo o impacto que isso gerará na economia da China, que é a maior compradora de commodities do mundo. Desde o início do surto, as ações da Vale já caíram 7%, mesmo após dois dias de forte recuperação.

Já o papel de Petrobras poderá ter um dia de ganhos, após o JPMorgan iniciar cobertura da ação com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 44, o que implica potencial de alta de 46% sobre último fechamento.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil anunciou há pouco lucro líquido ajustado de R$ 4,625 bilhões no quarto trimestre do ano passado, cifra 20,3% superior à vista no mesmo intervalo de 2018, de R$ 3,845 bilhões. A carteira de crédito ampliada do BB, porém, totalizou R$ 680,727 bilhões ao fim de dezembro, queda de 0,9% em relação a setembro. Em um ano, os empréstimos encolheram em 2,6%.

Impactado pela redução das operações junto aos clientes corporativos em meio ao foco do banco ao segmento de varejo, o BB perdeu, inclusive, o posto de maior carteira de crédito para o rival Itaú Unibanco. Assim como no sistema, a pessoa física foi quem estimulou o crédito em 2019. A carteira cresceu 8,9% no ano frente a 2018 e 2,5% no quarto trimestre contra quedas de 10,9% e 3,0% no segmento de pessoa jurídica, nesta ordem.

Totvs

A Totvs teve lucro líquido de R$ 65,361 milhões no quarto trimestre de 2019, alta de 91,5% ante o resultado registrado um ano antes. O Ebitda subiu 40,5% no trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 109,263 milhões.

Segundo Carlos Sequeira e Thiago Kapulskis, especialistas do BTG Pactual, a empresa entregou “outro forte conjunto de resultados, com combinação do núcleo de negócios que estão melhorando (crescimento das vendas acelerando e margens em expansão)”.

Banco Inter

O Banco Inter registrou lucro líquido de R$ 24,7 milhões no quarto trimestre de 2019, elevação de 10,7% em relação ao mesmo período de 2018. No ano, o lucro líquido somou R$ 81,6 milhões, 16,1% acima de 2018. O retorno sobre o patrimônio do banco caiu 5 pontos porcentuais para 4,5% no quarto trimestre. A carteira de crédito, porém, expandiu 51,58% no quarto trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 5,063 bilhões.

Construtoras

A Caixa Econômica Federal anunciou ontem a redução das taxas de juros nos novos contratos de financiamento imobiliário para empresas da área de construção. Além disso, lançou novas opções de financiamento, com contratos indexados ao IPCA – o índice oficial de inflação – e o CDI – referência dos juros em operações entre os bancos.

A taxa mínima cobrada em contratos de financiamento imobiliário para empresas indexados à taxa referencial (TR) passou de 9,25% ao ano para 6,50% ao ano, no caso de empresas com relação com a Caixa. Já a taxa para empresas sem relação com o banco passou de 13,25% para 11,75% ao ano. Estes novos valores valem para o financiamento da construção de imóveis e serão aplicados nos contratos fechados a partir de 17 de fevereiro.

Guararapes

A Guararapes, dona da rede de lojas Riachuelo, fechou um acordo com a norte-americana Carter’s para a operar a marca com exclusividade no Brasil. As duas empresas já possuem parceria comercial desde 2015, por meio da qual a Carter’s vende seus produtos nas lojas Riachuelo. O prazo inicial do contrato é de 10 anos, e envolve o desenvolvimento de uma cadeia de lojas Carter’s e também e-commerce no Brasil.

Hypera

O Ministério Público Federal, em São Paulo, apresentou denúncia contra o acionista da Hypera João Alves de Queiroz Filho e seus ex-executivos Nelson Mello, Carlos Roberto Scorsi e Sílvio Tadeu Agostinho como suspeitos de terem pago, por meio de contratos fraudulentos, R$ 11,8 milhões ao ex-senador Paulo Roberto Bauer, então do PSDB, para obterem vantagem na tramitação da PEC 115/2011, que alterava o regime tributário sobre medicamentos, apontou o Valor Econômico. A ação é baseada na delação de Mello.

Embraer

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou recurso ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para que o processo da fusão entre a Boeing e a Embraer seja julgado pelo tribunal administrativo do órgão, segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo. A operação foi aprovada sem restrições, no final de janeiro, por uma decisão do superintendente-geral da autarquia, Alexandre Cordeiro.

FONTE: AE BROADCAST

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