Ontem (31), encerrou um trimestre muito difícil, tendo em vista todos os impactos do covid-19 na economia mundial, gerando forte impacto nos mercados internacionais.
O último dia do trimestre foi negativa para as bolsas americanas e brasileiras. O avanço do coronavírus nos EUA, com o país sendo o novo epicentro da doença, a ponto do governo anunciar que a chegar a aproximadamente 200.000 mortes, e a paralização de vários setores chave para economia, de modo que FED informe que a economia americana já esteja em recessão, fizeram as bolsas americanas fecharem em queda.
As quedas só não foram maiores porque Trump anunciara medidas com o objetivo de estímulo ao setor de infraestrutura, que pode gerar algumas sinergias positivas para economia, aliviando os efeitos do covid-19.
O Dow Jones caiu 1,84%. O S&P 500, registrou desaceleração de 1,60% e, por fim, a Nasdaq teve queda um pouco mais sensível, em 0,95%.
O VIX registrou queda de 6,20%, alcançando 53,54 pontos. O indicador registrou queda por conta de maior previsibilidade dos agentes.
Com as indecisões que ainda dura entre sauditas e russos, a ponto dos árabes anunciarem que iriam estender ainda mais a produção, os futuros de petróleo WTI fechou a sessão em US$ 20,48, apesar da elevação de 1,94%.
Os ventos advindos dos Estados Unidos influenciaram a bolsa brasileira. O avanço do coronavírus em terras americanas e no Brasil e recessão certa, fizeram os agentes saírem de mercados emergentes, fugindo para ativos mais seguros.
Além disso, o conflito político interno também trouxe riscos para o país. Bolsonaro continua em desacordo com parte de seus ministros com os governadores, inviabilizando um pensamento único para a redução do avanço do coronavírus.
Assim, a bolsa brasileira fechou em queda de 2,17%, alcançando 73.019,76 pontos.
Tendo em vista os cenários, o dólar fechou o dia em R$ 5,2053, com sensível elevação ode 0,21%.
Já na Europa, o mercado se animou com os estímulos financeiros e ações governamentais para tentar conter o coronavírus. Ademais a situação crítica de Espanha e Itália, a OMS informou que os dois países já começam a controlar o avanço da doença.
Assim, Londres subiu 1,95%. Madrid, se elevou em 1,88%. Frankfurt, teve aceleração de 1,22%. Milão avança 1,06% e Paris, com agravamento da doença, sobe menos ao registrar 0,40%.
Hoje (01), nos Estados Unidos, serão divulgados novos dados importantes refletindo os impactos da crise na economia da maior economia do mundo.
A agência de pesquisa Markit divulgará o PMI industrial para de março. Todavia, para os gerentes de negócios, informaram na pesquisa que o nível de produção continuará estável segundo a expectativa do mercado, com o índice permanecendo em 49,2. No entanto, a Intitute for Supply Management (ISM) também divulgará o PMI para indústria de bens manufaturas, para esse indicador, a expectativa é de queda 10,18% com o indicador saindo de 50,1 pontos e atingindo 45. Vale lembrar que acima de 50 há aceleração para o setor e valores abaixo de 50, evidenciam comportamento recessivo.
A ISM também divulgará o nível de emprego para o setor manufatureiro também deve registrar redução no indicador tendo em vista as perspectivas dos agentes, com redução de 6,33%, saindo de 46,9 em fevereiro e indo para 43,6 em março.
Ainda levando em consideração o mercado de trabalho, será divulgado a principal prévia do payroll. A empresa privada que contabiliza as folhas de pagamento nos EUA, a ADP, divulgará a variação do emprego privado. Tendo em vista os choques de oferta e demanda advindos do covid-19, espera-se que ocorra redução de 150 mil vagas no setor privado americano.
Ainda será divulgado o dado do estoque de petróleo bruto nos EUA. A expectativa por parte do mercado é de que a Energy Information Administration divulgará aumento nos estoques da commodity por conta da queda na demanda global por conta da corrosão na renda dos agentes.
Indiretamente, todos os dados acima imprimem o nível de atividade da economia. Pois, todos os indicadores mostraram dados que impactam na renda ou na produção. Todos os indicadores com perspectivas negativas, expressam os impactos do avanço do covid-19 na economia americana.
A Alemanha, principal economia da Zona do Euro, divulgará a variação nas vendas do setor varejista calculado por sua agência de pesquisas Destatis.
Devido à queda no consumo, espera-se que as vendas para o setor caiam de 0,9% para 0,1% na análise mês a mês e na perspectiva anual, o mercado espera que, em fevereiro, o indicador saia de 1,8% para 1,5%.
Apesar do bom humor do mercado, o qual tem sentido por conta do baixo nível de mortes para o país relação aos seus pares, o índice ainda pode registrar resultados aquém do esperado.
Quanto ao PMI, o mercado espera sensível queda nos níveis de produção saindo de 45,7 de fevereiro para 45,5 pontos em março. A baixa queda se deve, apesar da recessão, às políticas bem sucedidas do país quanto à contenção do avanço do covid-19 e do número de óbitos advindos do mesmo. Contudo, o indicador ainda é considerado recessivo.
Para Zona do Euro, o PMI continuará também em níveis recessivos, com queda de 44,8 apresentado em fevereiro e passando para 44,7 em março, segundo as expectativas do mercado. Os níveis continuam baixos e tendem a cair sensivelmente pelo fato da a Europa continuar em recessão e a desaceleração do covid-19 estar começando a ser controlado recentemente.
A taxa de desemprego do bloco econômico, segundo o mercado, continuará nos mesmos níveis de 7,4%.
A variação na produção industrial divulgada pelo IBGE para fevereiro na análise anual, segundo as expectativas do mercado, deve registrar queda ainda mais profunda em 2,5% contra a retração de 0,9% registrada em janeiro.
Na expectativa mês a mês, de 0,9% registrado em janeiro, o mercado espera retração e 0,4 em fevereiro.
Ainda analisando a produção, a Markit divulgará o PMI brasileiro e, apesar da situação adversa do país oriunda da estagnação econômica que já vinha antes dos impactos do covid-19 na economia, ainda deve ter níveis considerados positivos pelo mercado em 51,7. Uma queda mais abrupta não seria de se espantar, tendo em vista a situação atual do país.