Na sexta-feira (17), os mercados globais fecharam em alta com perspectivas positivas em relação ao potencial dos remédios contra o covid-19. Além disso, a abertura da economia americana anunciada por Donald Trump, trouxe forte expectativa aos agentes, fazendo com que as bolsas americanas subissem e, com isso, os demais mercados do mundo ocidental, seguiram a mesma trajetória.
No que diz respeito a uma possível alternativa para combater a pandemia, vem de uma medicação chamada Remdesivir, desenvolvida pela empresa Gilead, pois um grupo de 125 pacientes medicados com o remédio, em menos de uma semana, tiveram mudanças positivas em seus respectivos quadros, apesar de dois não terem resistido.
Quanto ao fim do lockdown, o plano de Trump é realizar uma abertura gradual, se apoiando na desaceleração de novas casos e no número de mortes, com intervalos de 14 dias, para que a abertura seja finalizada.
Não obstante, a forte retração da queda no PIB chinês de 6,8% e o confronto político entre o presidente Donald Trump e o governador de Nova York Andrew Cuomo, os mercados fecharam em alta, animados pela notícia de abertura da economia e de possíveis alternativas para ajudar no combate contra o novo coronavírus.
Dado tal cenário, o Dow Jones liderou as bolsas americanas, com elevação de 2,99%. O S&P 500, teve alta de 2,68% e a Nasdaq teve aceleração de 1,38%.
O VIX, alcançou mais um dia de baixa, tendo em vista a queda na percepção de risco por parte dos agentes. O indicador teve retração de 4,89%, alcançando 38,15 pontos.
A queda no PIB da China, maior consumidor de petróleo do mundo, e os desequilíbrios entre oferta e demanda em seu respectivo mercado, foram insuficientes. Assim, os preços da commodity fecharam a sexta-feira (17), sem direção única. O petróleo Brent teve elevação de 0,98%, fechando o dia cotado a US$ 28,08 e o petróleo WTI, finalizou a sessão com retração de 1,06%, cotado a US$ 25,53.
Seguindo os Estados Unidos, o velho continente fechou o dia em alta, a despeito da retração chinesa e dos desequilíbrios nos mercados de petróleo, o mercado se animou com as notícias advindas da empresa americana Gilead Sciences e com a reabertura gradual de economias europeias.
Assim, Paris liderou o aumento na Europa, com elevação de 3,42%. Frankfurt teve aumento de 3,15%. Londres se elevou em 2,82%. Milão subiu 1,71% e Madrid teve elevação de 1,66%.
No Brasil, as discussões entre Rodrigo Maia e o presidente Jair Bolsonaro, podem prejudicar o ambiente de negócios, pois as desavenças podem atrasar as reformas estruturais na economia. Contudo, as expectativas em torno da reabertura da economia e de possíveis alternativas para o tratamento do covid-19 animaram o mercado.
Tendo em vista tal cenário, o Ibovespa interrompeu as quedas de sexta-feira, com elevação de 1,51% alcançando 78.990. O dólar caiu sensivelmente, desacelerando 0,39%, fechando a sessão cotado a R$ 5,23.
EUA: Índice de atividade
Hoje (20), a agenda dos Estados Unidos, no que diz respeito à conjuntura econômica será relativamente vazia. O único indicador divulgado ficará sob a responsabilidade do FED de Chicago, informando o nível de atividade para a os Estados Unidos para o mês de março.
Tendo em vista os demais indicadores, os quais transmitem de forma indireta o nível de atividade dos Estados Unidos como desemprego, varejo e produção industrial, mostra que provavelmente, o indicador calculado pela instituição tenderá a cair. Assim, o dado mostrará uma prévia da atividade americana, evidenciando os efeitos do covid-19 na economia do país.
Europa: Inflação e contas externas
Na Alemanha, a agência Destatis, divulgará o índice de preços ao produtor (IPP) para o mês de março. A economia do país, tal como ocorreu em outros lugares da Europa, começou a dar sinais de reabertura em alguns setores somente no mês de abril, então os preços aos produtores possuem expectativas de quedas.
A perspectiva para o IPP mensal é de queda de 0,7% para março, contra retração de 0,4% em fevereiro e na expectativa anual, a desaceleração segundo o mercado deve ser de 0,8%, contra diminuição de 0,1% na observação anterior.
Para a Zona do Euro, O Banco Central Europeu divulgará as transações correntes e a balança comercial de fevereiro.
A balança de transações correntes, isto é, a soma de balança comercial, balança de serviços e rendas e transferências unilaterais. O indicador que é a soma da diferença entre exportações e importações de bens (balança comercial), rendas como juros, salários e dividendos (balança de rendas) e as transferências unilaterais que estão relacionadas às doações que o bloco recebe.
Para que cada um dos indicadores tenham um desempenho positivo, é necessário que haja aceleração econômica nos países do resto do mundo, para que as exportações cresçam.
As importações também devem ter retração à custa da queda na renda dos integrante da Zona do Euro. Assim, o indicador mostrará, indiretamente, a retração que ocorrerá na economia global e nos países do bloco.
Seguindo o mesmo raciocínio, como a Balança Comercial, também divulgada hoje (20). O indicador, como já foi dito, está relacionado às transações de bens com o bloco. Dessa forma, também há perspectiva de queda.
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