Os futuros dos índices acionários dos EUA estavam em alta até o governo chinês anunciar que tem planos para colocar tarifas adicionais sobre US$ 75 bilhões de produtos americanos., incluindo soja, automóveis e petróleo. As medidas entram em vigor em 1º de setembro e 15 de dezembro. A tarifa adicional sobre a soja entrará em vigor em setembro e a de 25% sobre automóveis, em dezembro. Há tarifas que podem chegar aos 50%. O futuro do S&P500 está caindo 0,46% e a curva dos juros 3m X 10y foi para -37 bps, depois de começar o dia em -34 bps. O índice VIX, que fechou o pregão de ontem em 16%, está saindo a 18,12, refletindo o aumento da aversão ao risco.
O mercado aguarda o discurso de J.Powell em Jackson Hole, para averiguar se há algo de novo na visão do presidente do banco central mais poderoso do planeta. Porém, depois da ata do FOMC, divulgada na quarta-feira, não se deve esperar uma “carta na manga” do presidente do BC, cujo ampla maioria decidiu considerar as quedas de juros básicos como tópicas, dentro de um ciclo de manutenção.
O Brasil acompanha o exterior, com o Ibovespa caindo -0,91%, a 99.120 pontos. Mais uma vez o varejo apresenta queda forte, com destaque para Magazine Luiz e Via Varejo, que cem 4%. Na contramão do Ibovespa, Vale, CSN e AMBEV sobem, descolando-se do mercado. Os juros e o dólar voltaram a subir, mostrando que a aversão ao risco aumenta os prêmios sobre os ativos de emergentes de forma contínua. As ações do BTG estão caindo 15% em função da operação Pentiti, realizada pela polícia federal.
O IBRE-FGV divulgou o IPC-S da semana terminada em 22-08, que veio em 0,22%, com queda de 0,04% em relação à semana anterior. Somente habitação veio com alta significativa, por conta da energia elétrica. Não fosse isso, o índice teria vindo próximo de zero, reafirmando o espaço para mais quedas da taxa SELIC.
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