Cautela no Brasil e início de semana com poucos dados

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A sexta-feira (21) foi positiva para os mercados das Américas, influenciados pelos dados de atividade econômica. No Brasil, a questão política contribuiu para o mercado fechar perto da estabilidade. O velho mundo sofreu com os dados abaixo do esperado dos PMI’s e desacordo entre britânicos e europeus.

Nos EUA, os dados de atividade econômica expressos no PMI e as vendas de casas usadas superaram as expectativas, gerando impulso positivo para os mercados acionários.

Além disso, o setor de tecnologia também desempenhou forte desempenho com as respostas das empresas do setor contra o covid-19.

O Dow Jones, teve alta de 0,69%. O S&P 500, subiu 0,34% e a Nasdaq, ganhou 0,42%

Os principais índices europeus fecharam em queda nessa sexta-feira (21) acumulando mais um dia de baixas.

Mais uma vez não houve avanço nos acordos entre os dois lados do Canal da Mancha em relação aos acordos comerciais do Brexit. Alguns especialistas, inclusive, acreditam que pode ser o fim do um “soft Brexit”.

Além disso, os PMI’s da região decepcionaram, principalmente para os países da Zona do Euro.  Já para o Reino Unido, os números de atividade como PMI e dados do varejo superaram as expectativas, mas o desacordo com a União Europeia afetou os ativos de risco.

Londres teve queda de 0,19%. Frankfurt, perdeu 0,51%. Paris, desacelerou 0,30%. Milão e Madrid, tiveram desvalorização de 0,36% e 0,16%, respectivamente.

No Brasil, Nova York, a política e o CAGED contribuíram para o mercado ficar alta, mas não foram suficientes para dissipar a cautela dos agentes.

Houve vitória do governo com a Câmera aprovando o veto presidencial sobre o reajuste dos servidores públicos até 2021.Além disso, os dados do CAGED vieram acima do esperado com 131 mil vagas, acima do esperado.

O Ibovespa teve alta de 0,05%, a 101.521,29 pontos. O dólar teve alta de 0,97%, fechando a sessão em R$ 5,60.

Os dados de atividade aquém do esperado na Europa, deixaram os agentes receosos em relação à retomada da demanda por petróleo, fazendo com que os preços da commodity caíssem. Além disso, a Baker Hughes informou que a o número de sondas teve elevação em comparação à semana anterior.

O WTI fechou em baixa de 1,21%, a US$ 42,30. O petróleo Brent, encerrou a sessão à com queda de 1,36%, a US$ 44,29.

Estados Unidos: Índice de atividade Nacional do FED de Chicago

O FED de Chicago divulgará o indicador de atividade nacional sob suas perspectivas para o mês de julho.

O dado mensal, apesar de ter uma amplitude menor em relação a outros indicadores, pode ser utilizado como uma prévia da atividade do país, haja vista que ele considerada os números de renda, emprego, desemprego, consumo, vendas, pedidos e estoques.

Na observação anterior, o indicador ficou acima do esperado com 4.11 pontos em junho. Todavia, para julho, devido ao aumento do covid-19 nos Estados Unidos e os temores evidenciados pelo FED, o indicador pode evidenciar queda.

Contudo, por outro lado, alguns dados de atividade econômica podem fazer o índice subir.

Brasil: Relatório Focus e confiança do consumidor FGV

No Brasil, também haverá poucos dados econômicos, com publicação do Relatório Focus e do Índice de Confiança do Consumidor da FGV.

Começando pelo Relatório Focus, a evidenciar as expectativas dos agentes de mercado.

Há tendência para melhora do PIB, conforme o evidenciado ao longo de sete semanas conforme muitos players do mercado vêm publicando durante a semana por conta de indicadores positivos de atividade. Tais perspectivas contribuem para avanço de indicadores de inflação e a relação dívida/PIB.

Todavia, cenário fiscal continua a apresentar risco devido o aumento dos gastos do governo.

Quanto à confiança do consumidor, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, existe a possibilidade de elevação.

Haja vista à flexibilização das medidas de isolamento social em grandes cidades pode elevar o nível de consumo. Além disso o aumento do emprego, conforme anunciado pelo CAGED, teve aumento no número de contratações, ao menos nas vagas formais.

Todavia, ainda há riscos para o consumidor, haja vista que grande parte dos trabalhadores são informais.

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