Os mercados do velho continente fecharam em queda, com os investidores e formuladores de política preocupados com o avanço do coronavírus. Nos Estados Unidos, a possibilidade de negociação entre democratas e republicanos, o que também deu força para a alta brasileira.
Não deu tempo de os mercados europeus verem as notícias positivas, quanto à possibilidade de negociação de pacotes de estímulos nos Estados Unidos, por parte de democratas e republicanos. Assim, os investidores consideraram o avanço do coronavírus para tomar suas decisões de investimentos, fazendo os mercados fecharem em queda.
Londres, perdeu 0,80%. Madri, teve queda de 0,64% e Portugal derreteu 1,14%. Paris, teve desvalorização de 0,67%. Frankfurt, teve perdas de 0,88% e Milão, caiu 0,40%.
Como em maior parte do pregão, os agentes buscaram se proteger no dólar, o ouro acabou se enfraquecendo. A onça-troy teve queda de 0,66%, a US$ 1.861,50.
O aumento na produção de petróleo nos Estados Unidos e em outros países da OPEP+, fizeram os preços da commodity energética fecharem em queda na sessão de ontem. Além disso, o aumento de mortes e infectados pelo coronavírus, diminuíram as perspectivas de aumente da demanda, pressionando o desempenho do ativo.
O WTI teve queda de 0,26%, a US$ 41,90. O Brent, perdeu 0,32%, cotado a US$ 44,20 o barril.
Em Nova York, após boa parte do pregão operar em baixa, a possibilidade de retomada das negociações quanto ao pacote fiscal, contribuiu para a alta dos índices em Wall Street. O Dow Jones teve ganho de 0,15%. O S&P 500, ganhou 0,39% e a Nasdaq subiu 0,87%.
No Brasil, o principal índice da B3 fechou o dia em alta sendo puxado pelo setor de agrícola e de minério. A queda nas elétricas por conta dos apagões no Amapá foram baixos e ao fim do dia (19), a possibilidade de volta das negociações entre republicanos e democratas nos Estados Unidos da mais um estímulo para a alta dos mercados. O Ibovesp teve alta de 0,52% a 106.669,90 pontos. O dólar teve queda 0,44% a R$ 5,31.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única. Além dos países ocidentais, o Japão começou a apresentar retorno no aumento de infectados. O Nikkei, fechou com queda de 0,42%. Seul, teve alta de 0,24%. Hong Kong, teve avanço de 0,36%. Na China continental, o Xangai teve valorização de 0,44% e Shenzhen teve
Para hoje (20/11):
As bolsas europeias abriram em alta. O retorno das negociações para o pacote do pacote de estímulos nos Estados Unidos. Além disso, os números do varejo no Reino Unido para outubro, superaram as expectativas também estimulando os mercados.
Nos Estados Unidos, os futuros também abriram em alta, mas os receios em torno do avanço do coronavírus fazem os índices virarem para o negativo, com os investidores podendo buscar mais segurança e investimentos em ativos de tecnologia.
No Brasil, os investidores olharão para o avanço do coronavírus no país e, monitorando se realmente há uma segunda onda. Guedes diz que voltará a falar em CPMF após às eleições e que pode vender reservas para cortar dívidas.
O Ministério da Economia divulgará o relatório bimestral de avaliação das receitas e despesas primárias, sendo mais um dado a evidenciar a condição fiscal do país.
Europa: Vendas no Varejo, PPI e Confiança do consumidor
O Office of Statistics divulgou o índice das vendas no varejo e o núcleo do indicador. O mercado projetava aceleração próxima de zero em ambos, com avanço de apenas 0,1% ao mês, contra avanço de 1,5% no índice amplo e de 1,6% no núcleo em setembro, mostrando os receios quanto ao avanço do COVID-19 e como a doença impacta negativamente a demanda agregada. Todavia, os números divulgados pela instituição foram acima do que os agentes projetavam, alcançando 5,8% ao ano e 1,2% ao mês. O núcleo, teve avanço de 1,3% ao mês e de 47,8% ao ano.
Na Alemanha, a Destatis, publicou os números de inflação sob a ótica dos produtores. As expectativas eram de retração de 0,7% ao ano e de avanço de 0,1% ao mês, evidenciando, também problemas pelo lado da oferta ao passo em que a pandemia avança no continente, tanto que os números dos indicadores foram aderentes às expectativas dos agentes.
Para a Zona do Euro, a Eurostat divulga o índice de confiança do consumidor. Seguindo a mesma lógica dos indicadores acima, há a projeção de aprofundamento da queda do indicador, em -17,7 pontos em novembro, contra -15,5 em outubro. As expectativas coincidem com os números dos indicadores acima e os receios de permanência da deflação no bloco, conforme anunciado por Christine Lagarde e outros membros do BCE.
EUA: Discurso de Keplan e Baker Hughes
A agenda econômica nos Estados Unidos é relativamente vazia somente com o discurso de Robert Keplan do FED de Dallas, mostrando as perspectivas do Banco Central americana para a economia do país.
Quanto ao petróleo, a Baker Hughes publicará os números de sondas em operação em solo americano, sendo mais um indicador para balizar os preços da commodity energética em uma semana de boas notícias para esse mercado.
Deixe um comentário