Ontem a comissão especial da reformada previdência da Câmara teve um dia de indefinições e não chegou a realizar a leitura do relatório do deputado Samuel Moreira. Estados e municípios ausentes e dúvidas em relação à coesão da base do governo levaram as lideranças a adiar o jogo para hoje. Crescem as chances da reforma não ser votada na Câmara antes do recesso. A queda do Ibovespa de ontem e a abertura do futuro hoje refletem esse cenário pouco benigno para o mercado. O futuro do Ibovespa abriu em queda 500 pontos, a 100.600 pontos.
No exterior, as bolsas se animaram com o recorde do S&P500, que fechou a 2.973 pontos, com alta de 0,23%. Os juros continuam impulsionando os preços dos mercados acionários, sobretudo depois de indicação de Christine Lagarde para o Banco Central Europeu e de Christopher Waller e Judy Shelton para o Federal Reserve. Todos levam o mercado a acreditar no prolongamento da estratégia de juros baixos pelas duas maiores autoridades monetárias do planeta. Os juros das treasuries de dez anos dos EUA caíram para 1,95% e o spread de 3 meses X 10 anos caiu para -23 bps.
Saiu o número de contratações de junho dos EUA, apurado pela empresa de processamento de folhas de pagamento, ADP Systems. Ele veio em 104 mil contratações, contra uma expectativa de 140 mil. É mais uma decepção para o mercado de trabalho e deve impulsionar mais quedas dos juros. Esse indicador costumar antecipar a direção do número oficial, o payroll calculado pelo BLS do Dpto do Trabalho.
Hoje ainda saem, nos EUA, os dados de estoques de petróleo e de atividade, no PMI e no ISM. No Brasil, o PMI sai às 10 hs.
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