BTG avalia compra de participação no Banco Pan; disputa de cias aéreas

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Em meio às expectativas sobre as conversas entre Estados Unidos e China para tentar um acordo para encerrar a guerra comercial, os investidores ficam atentos também à oferta de ações (follow on) da Petrobras. Hoje acontece a precificação da operação. Olho também em BTG Pactual e Banco Pan, já que o primeiro avalia comprar a participação da Caixa Econômica Federal no Pan.

Ainda sobre a Petrobras, a Transpetro, subsidiária de logística da estatal, firmou contrato com a TAG no valor de R$ 5,46 bilhões para prestar serviço de apoio técnico ao transporte de gás. O contrato tem validade de dez anos, mas pode ser suspenso antecipadamente, em 36 meses, segundo comunicado da estatal arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No exterior, além do compasso de espera pelas conversas entre EUA e China, os investidores operam com cautela em meio a riscos geopolíticos relacionados ao Oriente Médio. Os EUA impuseram novas sanções ao Irã ontem, em retaliação ao abate de um drone militar americano por um míssil iraniano na semana passada. Em resposta, o Ministério de Relações iraniano disse hoje que as sanções significam o “fechamento permanente” da via diplomática entre Teerã e Washington. Diante disso, as bolsas europeias e os futuros de Nova York operam em queda. Os mercados na Ásia também amargaram perdas.

BTG Pactual e Banco Pan

O BTG Pactual está avaliando comprar a participação da Caixa no banco Pan, apurou o jornal O Estado de S. Paulo com fontes a par do assunto. A Caixa é controladora do Pan, ao lado do BTG, com 32,8% do negócio. Ontem, 24, o banco público reafirmou seu interesse em se desfazer da fatia no Pan por não considerá-la estratégica.

O banco Pan será usado pelo BTG para expandir sua presença no varejo voltado para as classes C e D. O banco de investimento, que tem reforçado sua aposta na plataforma digital, concentra sua carteira de clientes nas classes A e B.

Gol e Azul

Em meio à disputa das companhias aéreas pelos slots (horários de pouso e decolagem) deixados pela Avianca Brasil no Aeroporto de Congonhas (SP), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decidiu ouvir as empresas antes de determinar o modo pelo qual esses slots serão distribuídos. A decisão de fazer uma consulta pública saiu no mesmo dia em que o Ministério Público Federal (MPF) recomendou à agência flexibilizar as regras de distribuição.

Segundo a norma atual, quando há disputa por slots, 50% deles devem ficar com uma possível empresa novata no aeroporto e 50% repartidos entre as companhias que já atuam no local. Na semana passada, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu nota defendendo que o critério para classificar as “entrantes” mudasse de empresas com apenas cinco slots em um aeroporto para companhias com até 60 slots.

A alteração da regra, defendida pelo Cade e agora pelo MPF, beneficiaria a Azul, que tem a menor presença em Congonhas e passaria a ser uma novata no terminal. A empresa briga para aumentar a oferta de seus voos entre São Paulo e Rio de Janeiro. As concorrentes Latam e Gol também querem ampliar suas presenças em Congonhas, onde, juntas, detêm quase 90% dos slots.

No entanto, uma mudança de regra no modo de distribuição dos slots pode ameaçar o leilão de ativos da Avianca, que está em recuperação judicial desde dezembro. Segundo o plano de recuperação da empresa, esses slots serão divididos em seis Unidades Produtivas Isoladas (UPI), a serem leiloadas em 10 de julho.

Lojas Americanas e B2W

A Lojas Americanas e sua controlada B2W estão estudando opções para maximizar o resultado de suas frentes de negócios, através do desenvolvimento de um projeto conjunto (internamente denominado Projeto AME).

Em comunicado, as companhias dizem que o foco inicial do projeto “são tecnologias avançadas envolvendo estruturas de pagamento em vendas físicas e digitais, inclusive através de parcerias com outras empresas, de varejo ou não, com vantagens para os consumidores afiliados”.

Gafisa

O empresário Nelson Tanure, famoso por investir em empresas em dificuldades, participou da primeira tranche do aumento de capital da Gafisa e já se prepara para participar da próxima etapa, segundo apurou o Broadcast com fontes do mercado. Ontem, a ação ON da construtora fechou em alta de 21,5%.

A Gafisa vai homologar nos próximos dias os resultados consolidados da primeira etapa do seu aumento de capital, que levantou R$ 132 milhões por meio da subscrição de 26,3 milhões de ações. O dinheiro será usado para reforçar o caixa da incorporadora, uma das mais endividadas do mercado imobiliário.

São Martinho

A São Martinho encerrou a safra 2018/19 com um lucro líquido de R$ 314,05 milhões, queda de 36,1% em relação aos R$ 491,71 obtidos na safra anterior. Assim, a companhia pagará aos acionistas um dividendo de R$ 0,314 por ação, segundo consta do relatório de administração com os resultados da companhia. No quarto trimestre da safra, o lucro líquido caiu 44,2% ante o mesmo período da safra anterior, para R$ 85,610 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no trimestre ficou em R$ 509,59 milhões, queda de 13,0% na comparação anual. No total da safra, caiu 15,7%, para R$ 1,64 bilhão.

O conselho de administração da companhia aprovou a realização do Sexto Programa de Recompra de Ações, que poderá adquirir até 10 milhões de ações ordinárias, até 23 de dezembro de 2020.

Juros sobre Capital Próprio

GPA pagará juros sobre o capital próprio (JCP) referente ao período compreendido entre 1º de janeiro e 31 de março, no montante bruto de R$ 36.737.525,34, correspondente a R$ 0,129556774 por ação ordinária e R$ 0,142512451 por preferencial. O pagamento será realizado em 16 de agosto, com base na posição acionária de 27 de junho (inclusive). As ações passam a ser negociadas ex-juros a partir de 28 de junho.

O conselho de administração da Cielo aprovou a distribuição de JCP no valor de R$ 134,100 milhões ou R$ 0,0494 por ação relativos ao segundo trimestre de 2019. O pagamento será feito no dia 27 de setembro com base na posição acionária de 27 de junho, com as ações sendo negociadas “ex” juros a partir do dia seguinte.

Multiplan aprovou o pagamento de JCP no montante bruto de R$ 110 milhões, correspondente a R$ 0,18458448946 por ação. Terão direito aos proventos os acionistas em 27 de junho. As ações serão negociadas ex-juros a partir de 28 de junho e o pagamento será realizado até 31 de maio de 2020.

Guararapes pagará JCP, referentes ao período de abril a junho, no valor bruto de R$ 16.273.837,00, correspondentes a R$ 0,0326 por ação. Terão direito os acionistas em 27 de junho e, a partir do dia seguinte (28), inclusive, as ações serão negociadas ex-juros.

Arezzo aprovou o pagamento aos acionistas de JCP, referentes ao primeiro semestre no valor total bruto de R$ 20.343.561,91, correspondentes a R$ 0,22379624077 por ação. A distribuição terá como beneficiários os acionistas em 27 de junho, inclusive. As ações serão negociadas ex-juros a partir de 28 de junho e o pagamento será efetuado em 25 de julho.

FONTE: AE BROADCAST

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