Os mercados globais fecharam majoritariamente em queda, com os agentes tendo cautela quanto ao avanço do coronavírus no hemisfério norte. Na Europa, os temores referentes à COVID-19 e as negociações do Brexit, preocuparam os investidores com posições no velho continente, fazendo com que os principais índices do continente fechassem em queda.
Em Londres, FTSE ficou próximo da estabilidade, em 0,08%. Paris, recuou em 0,64%. Madri, teve queda de 0,57%. Milão e Frankfurt, tiveram retração de 0,32% e 0,21%, respectivamente.
Apesar dos avanços nas negociações referentes aos estímulos à economia americana o avanço da COVID-19 nos Estados Unidos continua alarmantes, fazendo com que os agentes preferissem investir em ativos de tecnologia.
O S&P 500 e o Dow Jones, fecharam com queda de 0,49% e 0,15%. A Nasdaq, teve elevação de 0,45%.
Em São Paulo, o principal índice da B3, teve leve queda, sendo influenciado pelo mau-humor do exterior. Todavia, internamente, mesmo com o Ministério da Economia alegando que o governo de Jair Bolsonaro não tomará medidas de flexibilização do teto fiscal, os agentes continuam com incertezas referentes à questão das contas públicas no país.
O Ibovespa teve retração de 0,14%, cotado a 113.589,77 pontos. O dólar, teve queda de 0,089%, cotado a R$ 5,12.
O aumento no número de infectados pela COVID-19, fez com que as perspectivas de demanda da OPEP+ gerasse queda nos preços da commodity energética.
O WTI, teve queda de 1,08%, cotado a US$ 45,76. O Brent, teve retração de 0,93%, cotado a US$ 48,79.
Na Ásia as bolsas também fecharam o pregão majoritariamente em baixa devido os receios do em relação ao avanço do coronavírus nos Estados Unidos e na Europa.
No Japão, o Nikkei, teve queda de 0,30%. Na Coreia do Sul, o Kosp teve retração de 1,62%. Hong Kong, perdeu 0,73%.
Na China Continental, o Shenzhen ficou na estabilidade e o Xangai Composto, perdeu 0,19%.
Após a primeira observação do PIB trimestral alcançar resultado próximo do esperado. Os agentes estavam aguardando o mesmo nível de atividade econômica, em 12,6% ao trimestre e retração de 4,4% ao ano. Os números divulgados pela Eurostat foram de 12,5% ao trimestre e de 4,3% ao ano. Seguindo a mesma lógica da atividade econômica, a variação do emprego foi de -2,3%, contra as expectativas -2,0%.
A agência de pesquisas alemã ZEW, publicará os seus indicadores expectativas para o mês de dezembro. O indicador de condições atuais tinha estimativa de -66 pontos e alcançou 66,5 pontos. No entanto, a percepção econômica tinha perspectivas melhores, com os agentes esperando que o indicador saísse de 39,0 pontos para 45,5 pontos, mas o índice surpreendeu o positivamente os agentes, chegando em 55 pontos.
Nos EUA, a EIA (Administração de Informação Energética) publicará seu relatório referente as perspectivas de energia, evidenciando como a agência e seus especialistas mostraram o quanto a demanda por fontes energéticas pode se comportar no próximo ano e, entre elas, o petróleo.
Também referente ao petróleo, a API (Instituto de Petróleo Americano) divulgará a quantidade de petróleo produzido pelo setor provado americano, contribuindo para a formação dos preços da commodity.
Sobre os preços da mão-de-obra americana, o Departamento do Trabalho Americano trará a público tal indicador, juntamente com a produtividade do setor não-agrícola. Para a produtividade, as perspectivas são positivas para o terceiro trimestre, com expectativa de que o índice repita o desempenho da primeira análise feita, em 4,9%. Todavia, o salário ainda pode continuar em retração, com queda de 8,9%.
O IPCA, principal indicador de inflação da economia brasileira, possui expectativa de menor aceleração ao mês, saindo de 0,86% para 0,78%. Um dos fatores que podem contribuir para a queda do indicador divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), se deve, em certa medida, ao recuo do dólar e à desaceleração dos preços dos alimentos em natura, conforme evidenciado pelo IGP-DI, que mostrou queda de 2,18%.
Autor: Matheus Jaconeli