Não obstante ao caminho acirrado que as eleições americanas estão tomando, os mercados tiveram forte elevação, enquanto os agentes aguardam os estímulos que poderão ser aprovados após ao pleito nos Estados Unidos.
No velho continente, apesar da disputa acirrada para a presidência americana, a possibilidade de Biden vencer e haver um senado democrata, fizeram com que os agentes continuassem com aumento do apetite pelo risco.
Paris, liderou as altas, com ganhos de 2,44%. Milão e Frankfurt tiveram ganhos próximos de 1,96% e 1,95% respectivamente. Londres, subiu a 1,67% e na península ibérica, tanto Madri, quanto Lisboa, ganharam 0,45%.
Com os agentes buscando mais risco, houve menor demanda por ouro, fazendo o ouro com entrega para dezembro, teve retração de 0,74%, cotado a US$ 1.896,20 a onça-troy.
O aumento da propensão pelo risco, tirando a pressão do dólar, contribui para a valorização do petróleo. Além disso, a queda nos estoques de petróleo acima das expectativas, também contribui para o aumento dos preços da commodity energética.
O WTI, teve alta de 3,96%, a US$ 39,15. O Brent com entrega para janeiro, ganhou 3,83%, a US$ 41,23.
Nos Estados Unidos, ainda que a eleição possa gerar impasses levando o resultado do pleito para uma resolução jurídica, os mercados fecharam em alta. Independentemente de quem ganhe as eleições, o pacote de estímulos ocorrerá e, com um senado mais republicano, a vitória de Biden pode ser ainda mais positiva para mercado quando comparado à uma Onda Azul varrendo o Senado e a Casa Branca.
O Dow Jones, teve alta de 1,34%. O S&P 500, teve ganhos de 2,20% e a Nasdaq, se elevou em 3,85%.
A bolsa brasileira acompanhou o bom humor global, sendo apoiado pelo apetite pelo risco nos mercados internacionais e local. Internamente, o avanço da pauta de liberdade do Bacen (Banco Central do Brasil), a produção industrial acima do esperado e os balanços também ajudaram o avanço do mercado.
O Ibovespa, teve alta de 1,97%, em 97.866,81 pontos. O dólar fechou com queda de 1,89%, a US$ 5,66.
As bolsas asiáticas fecharam mais um dia com forte alta com as expectativas a possiblidade de Biden vencer serem ainda mais factíveis, o que aumenta as perspectivas quanto a um pacote mais robusto à economia americana.
Na China, o Xangai subiu 1,30% e o Shenzhen teve ganhos de 1,67%. Taiwan e Hong Kong ganharam 0,40% e 3,25% respectivamente.
No Japão, o Nikkei atingiu valorização de 1,73% e Seul ganhou 2,40%.
Para hoje (05/11):
Apesar das perspectivas de as eleições americanas serem resolvidas no judiciário, a probabilidade de Biden vencer as eleições com um senado republicano, dão força às bolsas europeias.
O tom positivo também repercute nos futuros americanos.
No Brasil, os agentes ficarão atentos aos números dos balanços que saíram ontem no pós-mercado, à oferta de NTN-F’s, e LFTs por parte do Tesouro e as tramitações no governo quanto à desoneração e ao marco do saneamento. Ademais, as eleições as bolsas do exterior continuarão a gerar preços na bolsa brasileira.
Europa: Dados monetários, PMI no Reino Unido e números de atividade
Hoje (05), o BoE (Bank of England) divulgou a decisão em relação à taxa de juros, se mantendo em 0,10% e quanto de recursos será disponibilizado no quantitative easing de £ 875 bilhões a serem colocados na economia britânica provisionado para o mês de novembro para combater os efeitos do coronavírus à economia britânica.
Além disso, também foi anunciado o PMI do setor de construção. O indicador alcançou 53,1 pontos, contra a expectativa do mercado que era de 55, em linha com os demais PMI’s para o país insular que também decepcionaram os agentes.
Para a Zona do Euro, a agência Eurostat divulgará o índice de vendas no varejo para o mês de setembro. Devido ao avanço no número na maioria dos países do bloco econômico, os agentes esperavam retração de 1,0% nas vendas no varejo, o que revela forte queda no consumo. O resultado do indicador foi de -2,0%, ao ano 2,2%, ante a expectativa de 2,8%.
Na Alemanha, a Destats divulgou os números das encomendas à indústria para o mês setembro. Apesar dos agentes estarem esperando um avanço. Apesar dos efeitos que podem ser gerados pelo aumento do coronavírus, o indicador alcançou 0,5%, contra as expectativas de 2,0%. O que mostra os possíveis efeitos do lockdown para a indústria alemã.
EUA: Pedidos por seguro-desemprego e decisão do FOMC
Nos Estados Unidos, apesar do foco nos resultados das eleições americanas, serão divulgados importantes indicadores e documentos referentes à atividade econômica no país.
Começando pelos pedidos iniciais por seguro-desemprego, há expectativa de nova queda. As estimativas do mercado é de que haja 732 mil novos pedidos pelo benefício, contra o avanço de 751 mil em relação à semana imediatamente anterior.
Ainda referente ao mercado de trabalho, o Departament of Labor, anunciará a produtividade e o custo unitário de mão-de-obra do terceiro trimestre. Uma vez que o mercado de trabalho ainda encontra dificuldade para absorver toda a mão-de-obra disponível na economia, por conta de alguns setores e cidades não desempenharem avanço consistente da atividade econômica, tanto o custo, quanto o a produtividade do trabalho tende a cair, à medida em que parte da população fica distante do mercado de trabalho e o excesso de oferta se mantém, a produtividade e, consequentemente o salário tendem a cair, afetando os indicadores.
Brasil: PMI composto e de Serviços
Após o recorde no PMI industrial, os indicadores para o setor de serviços e composto, também tendem a ter alta. Além do indicador divulgado pela IHS Markit, os números da pesquisa de serviços relativas ao mês de setembro, também servem como antecedentes para compor as expectativas dos agentes em relação aos indicadores.
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