Ontem (15), os mercados internacionais subiram forte com os avanços nos resultados da vacina da biofarmacêutica Moderna. A notícia que saiu dos Estados Unidos levou bom humor para todo o mundo, ofuscando o aumento de casos no país.
Além das notícias em relação ao remédio que pode contribuir positivamente no combate ao novo coronavírus, os dados de Goldman Sachs divulgarão seus resultados do segundo trimestre desse ano, a somar lucros e receitas acima do esperado, sendo mais um trigger para animar os mercados.
O S&P, 5000 teve alta de 0,93%. O Dow Jones, ganhou 0,85% e a Nasdaq, subiu 0,59%.O VIX teve retração de 5,66%, a 27,83 pontos.
Na Europa, o mercado seguiu os índices de Wall Street com as perspectivas positivas em relação à vacina da empresa Moderna Therapeutics. Paris e Milão, tiveram subiram forte em 2,03% e 2,02% respectivamente. Frankfurt e Madrid tiveram ganhos de 1,84%. Londres teve elevação de 1,83%.
No Brasil, os agentes seguiram o comportamento do mercado externo se animando com notícia de uma possível vacina. Internamente, foi sancionado o novo marco do saneamento, contribuindo para o aumento da concorrência no setor. Também se fala de abertura para as próximas reformas e do programa Renda Brasil para amenizar o impacto da crise na economia brasileira.
O Ibovespa fechou o dia com alta de 1,34%, a 101.790 pontos e o dólar comercial encerrou o pregão com alta de 0,66% negociado a R$ 5,38.
O petróleo também teve dia de ganhos expressivos devido à retração nos estoques de petróleo nos Estados Unidos, ofuscando a flexibilização nas regras de redução na produção por parte da OPEP+, devido a expectativa de retomada da demanda.
O WTI teve alta de 2,26%, a US$ 41,20. O petróleo Brent teve ganhos de 2,07%, negociado a US$ 43,79 o barril.
Começando pelos dados do varejo, o Census Bureau divulgará o indicador de vendas para o setor para o mês de junho. A expectativa do mercado para as vendas no varejo considerando todos os bens é de 5% ante 11% no mês imediatamente anterior. Quanto ao núcleo, excluindo automóveis, tem expectativa de elevação também de 5%, ante 12,4% em maio.
Os dois indicadores, em maio superaram as expectativas alcançando a máxima histórica. Assim, mesmo que as expectativas do mercado se concluam, os números podem ser considerados positivos.
Como ocorre semanalmente, o Departament of Labor divulgará os pedidos iniciais por seguro desemprego, com expectativa de nova redução, saindo de 1.314 milhões de pedidos para 1.250 milhões.
Ainda no que diz respeito ao emprego, o FED da Filadélfia divulgará o relatório de empregos para julho, mostrando uma prévia dos empregos criados para região e as perspectivas.
A divisão do Banco Central Americano da Filadélfia também publicará o índice de atividade industrial da região para julho. Apesar das melhoras advindas da reabertura econômica e o avanço muito positivo de junho, com o índice em 27,5 pontos, o mercado espera 20 pontos para julho.
Por fim, também será divulgado o estoque das empresas para o mês de maio. Como o mês foi caracterizado pelas expectativas positivas da reabertura econômica, espera-se que os estoques tenham quedas de -2,3% em maio, ante -1,3% em abril. Os números mostram que houve um aumento da demanda pelos produtos das empresas levando à diminuição dos estoques.
Quanto aos anúncios de membros do FED, Willians, membro do FOMC e Evans, presidente do FED de Chicago, dirão suas expectativas e perspectivas em relação à economia americana, sendo um trigger do dia para os mercados financeiro.
Para a Zona do Euro, a agência Eurostat divulgará o saldo da balança comercial, ou seja, a diferença entre exportações e importações para o mês de maio. A melhora da balança comercial esperada pelo mercado se deve a reabertura da economia, gerando aumento das exportações, e a renda menor dos europeus, fazendo com que as importações sejam menores que o praticado em situações normais.
Assim, após saldo de € 2,9 bilhões em abril, o mercado espera que o indicador alcance € 12.8 bilhões.
Quanto aos dados divulgados pelo BCE (Banco Central Europeu) a autoridade monetária publicará a taxa de juros, a taxa de facilidade de depósitos, análoga ao nosso compulsório, e a taxa de facilidade permanente de liquidez, uma taxa importante que garante o empréstimo entre o BCE e os bancos nacionais com vencimento de um dia útil.
Tais taxas evidenciam a flexibilização monetário do BCE frente aos países membros do bloco. A expectativa é de que tais instrumentos continuem com os números baixos, com a Taxa de Facilidade Permanente de Depósito em -0,50% e a Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez em 0,25%.
A taxa de juros de juros também deve permanecer nos mesmos patamares para julho, em 0,0%. Com as decisões, o BCE fará as declarações de política monetária e sua coletiva a imprensa, informando as perspectivas em relação à economia da Zona do Euro.