Um acordo sobre o Brexit entre a União Europeia e o Reino Unido enfim foi fechado. No início da manhã desta quinta-feira, líderes das duas partes anunciaram que o texto é o melhor até o momento e que tira incertezas sobre o divórcio, fornecendo “segurança jurídica”. Após o entendimento, as bolsas europeias e os futuros de Nova York reagiram positivamente, com a libra atingindo máxima em cinco meses e dólar em queda. Por aqui, o Banco do Brasil (BB) precifica hoje as ações em sua oferta subsequente. Os coordenadores da oferta subsequente (follow on) BB estão testando junto com investidores o preço da ação entre R$ 42 e R$ 43, segundo apurou a Coluna do Broadcast. Ontem, o papel fechou cotado a R$ 45. Fique de olho também em Oi, B3, Azul, Copel, Cyrela e Renova.
O volume de demanda tende a crescer, com o procedimento de roadshow e coleta de intenções de investimento. Além disso, há esforço de colocação entre as pessoas físicas, público que tem mostrado grande interesse nas ofertas de ações. Os canais de distribuição do próprio BB e da XP Investimentos, um dos coordenadores, trabalham nesse sentido. O prospecto prevê que até 30% da oferta possa ser direcionada ao varejo. Há lock-up para este segmento, ou seja, um prazo para que os investidores possam vender suas ações. A vantagem para esse grupo está na prioridade para ficarem com ações em relação àqueles que não aceitarem essa estrutura.
Os bancos, contudo, já tentam reduzir o desconto a ser aplicado na venda das ações do BB detidas pela Caixa Econômica Federal, além de papéis que estão na própria tesouraria da instituição financeira. A oferta seria R$ 1 bilhão maior se não fosse o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ter ficado de fora após falta de consenso na diretoria e quadro do banco para aprovação da operação. A ideia dos assessores é diminuir o desconto para algo próximo do que foi visto na oferta da Petrobras em junho, quando a Caixa também estava na ponta vendedora. Ali, o desconto foi de 1,5%.
Voltando ao exterior, além do bom humor com o Brexit, o Ministério de Comércio da China confirmou nesta quinta-feira que o país irá ampliar as compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos num momento em que Pequim e Washington trabalham no texto de um acordo comercial preliminar, mas não forneceu detalhes sobre as compras adicionais e nem citou valores.
B3
A câmara baixa do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) proferiu decisão favorável à B3, em recurso apresentado pela companhia no processo que trata de cobrança pela Receita Federal de tributos referentes à amortização de ágio na incorporação da Bovespa Holding que formou a BM&FBovespa, que depois da aquisição da Cetip, passou a se chamar B3.
Segundo informa a B3 em comunicado ao mercado, seus assessores legais afirmam que a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional pode apresentar recurso da decisão. O valor atualizado do processo, até o dia 30 de junho, era de R$ 3,3 bilhões.
Oi
Em teleconferência com analistas sobre os resultados do terceiro trimestre, o presidente da América Móvil, Daniel Hajj, afirmou que a empresa está aberta para discutir algo com a Oi. “Nós, como América Móvil, estamos interessados em fazer algo com a Oi no Brasil e estamos abertos a discutir qualquer coisa que seja”, declarou.
Azul
A companhia aérea Azul está investindo R$ 6 bilhões em suas operações neste ano e deve realizar aportes desse mesmo montante em 2020, afirmou o presidente da empresa, John Rodgerson, em cerimônia de apresentação do novo avião E195-E2, que fez seu voo inaugural nesta manhã.
Em seu discurso, o executivo destacou que a aérea pretende abrir de 6 a 8 novos destinos no mercado doméstico em 2020, “a depender do ministro”, disse, se referindo a Tarcísio Gomes de Freitas, que comanda a pasta da Infraestrutura. Também presente no evento, Tarcísio fez menção à fala do executivo em seu discurso: “se depender de nós, não vão ser 8 novos destinos, vão ser 15”.
Rodgerson reafirmou ainda a intenção de expandir o número de localidades atendidas para 150 nos próximos cinco anos. Hoje, a empresa atende 114 cidades, sendo 105 dentro do País.
Copel
A Copel Distribuição, subsidiária da Companhia Paranaense de Energia (Copel), lançou um novo programa de modernização de sua rede, chamada de “Programa Transformação”. Em comunicado, a estatal afirma que o objetivo é aprimorar a infraestrutura, em especial na região rural, para aumentar a qualidade do fornecimento de energia e a agilidade para restabelecer os serviços em caso de interrupção.
A Copel estima investimentos de R$ 2,9 bilhões até 2025 no programa, que prevê a construção de aproximadamente 25 mil km de novas redes, 15 mil novos pontos automatizados e a implementação da tecnologia de redes inteligentes no Estado do Paraná.
Cyrela
A construtora Cyrela divulgou sua prévia operacional do terceiro trimestre de 2019. As vendas líquidas contratadas no período atingiram R$ 1,554 bilhão, crescimento de 64,9% em relação ao mesmo período de 2018. Entre janeiro e setembro, as vendas somaram R$ 4,515 bilhões, avanço de 72,6%. Das vendas totais, 50% foram de lançamentos.
Os lançamentos totais entre julho e setembro tiveram Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,777 bilhão, um aumento de 93,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Em nove meses, os lançamentos da Cyrela somam R$ 4,411 bilhões, crescimento de 89%. Foram 22 empreendimentos lançados no trimestre.
JBS
A JBS pretende listar ações nos EUA após reestruturacação societária, plano que será apresentado ao mercado no primeiro trimestre de 2020, informou o Valor Econômico. A companhia deve manter ações na B3, com apenas a operação nacional. A internacional, com ativos que representam 75% do faturamento, seria listada na bolsa de Nova York (Nyse). A reestruturação societária se parece com a anunciada em maio de 2016, que foi vetada pelo BNDES na ocasião, alegando que seria desnacionalizada. as adicionais.
EDP Energias do Brasil
A EDP Energias do Brasil informa que recebeu a Licença de Instalação (LI) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para a EDP Transmissão SP-MG referente a Linha de Transmissão LT 500 KV SE Cachoeira Paulista – SE Estreito, entre os estados de São Paulo e Minas Gerais.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliárias (CVM), a empresa destaca que a obtenção da licença estava prevista para até fevereiro de 2020, o que reflete uma antecipação de 4 meses do início da obra frente a esse cronograma.
Renova Energia
O juiz da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, Paulo Furtado de Oliveira Filho, aceitou o pedido de recuperação judicial da Renova Energia, que tem entre os seus acionistas a estatal mineira Cemig e o BNDESPar. A KMPG foi nomeada pelo juiz como a administradora judicial do processo.
O endividamento da Renova, sujeito à recuperação judicial, soma R$ 3,1 bilhões, sendo R$ 11,7 milhões no âmbito trabalhista e R$ 3,1 bilhões para bancos (com e sem garantia real) e demais credores quirografários e/ou micro e pequena empresas. Deste total, R$ 834 milhões correspondem a débitos intercompany, e R$ 980 milhões a débitos com seus atuais acionistas. Além disso, o endividamento extraconcursal do grupo totaliza R$ 614 milhões, dos quais R$ 434 milhões com seus atuais acionistas e R$ 35 milhões no âmbito fiscal.
A Renova trabalha com a expectativa de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) execute as garantias de dívida que a geradora tem com o banco de fomento, no valor de R$ 1 bilhão. O vencimento deste passivo estava programado para o dia 15 de outubro, mas não foi honrado pela Renova.
Segundo fonte ouvida pelo Broadcast, a Renova trabalha com, ao menos, dois cenários em relação ao futuro do Complexo Eólico Alto Sertão III, na Bahia: a retomada do processo de venda do ativo ou a obtenção do novo capital para a retomada da construção, que tem 85% das obras já concluídas.
LPS Brasil
A LPS Brasil, consultoria imobiliária (antiga Lopes), anuncia oferta primária de ações com esforços restritos. São inicialmente 21 milhões de novas ações com previsão de lote adicional de até 35%, de modo que a oferta subsequente (follow on) pode somar cerca de R$ 209 milhões, à cotação do fechamento de ontem, de R$ 7,37. O preço da ação será definido ao final do procedimento de coleta de intenções (bookbuilding), que se inicia hoje e encerra em 29/10.
Os bancos coordenadores são Itaú BBA (líder), BTG Pactual e Bradesco BBI. O início das ações objeto da oferta será dia 31/10. Os recursos obtidos serão destinados a investimentos em tecnologia e marketing; capital de giro e potenciais aquisições ou investimentos em ativos relacionados à tecnologia, como explica a companhia.
Taesa
A Transmissora Aliança de Energia Elétrica informou que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu a Licença de Instalação para a sua subsidiária Empresa Sudeste de Transmissão de Energia (ESTE). Com a licença, a empresa está autorizada a iniciar as suas obras.
A ESTE é um empreendimento do lote 22, do leilão de transmissão nº 013/2015, realizado em outubro de 2016, 100% controlada pela subsidiária Empresa Amazonense de Transmissão de Energia, na qual a Taesa participa em parceria com a Alupar, na proporção de 49,98% e 50,02%, respectivamente. O empreendimento está localizado entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com extensão aproximadamente de 236 km de linhas de transmissão. O prazo estipulado pela ANEEL para energização da ESTE é fevereiro de 2022.
Outras notícias
A JHSF Participações informa que está estudando a possibilidade de realização de uma eventual oferta pública de distribuição primária de ações. Segundo a companhia, os trabalhos preparatórios estão sendo conduzidos em conjunto pelo Banco BTG Pactual e o Banco Bradesco BBI, e demais assessores legais para definição da viabilidade e dos termos da potencial oferta.
A BR Properties informou que mantém tratativas com o BTG Pactual para a aquisição de um imóvel de titularidade do Fundo de Investimento Imobiliário VBI, na Avenida Faria Lima, pelo preço de R$ 310,674 milhões.
A Cielo informou que o conselheiro Marcelo Augusto Dutra Labuto apresentou carta de renúncia. No início do mês, Labuto já havia se desligado do cargo de vice-presidente de Negócios de Varejo do Banco do Brasil. A Cielo, empresa de “maquininhas” de pagamento, tem como acionistas controladores os bancos Bradesco (30,06%) e Banco do Brasil (28,65%).
FONTE: AE BROADCAST