O otimismo na Bolsa tende a continuar, com a costura para a aprovação da reforma da Previdência reforçada neste fim de semana. Após bater recorde no último pregão, aos 104 mil pontos, o Ibovespa tem ainda espaço para valorização, conforme gestores de grandes fundos de investimento. No evento da XP Investimentos, sábado, o sócio e gestor da JGP, André Jakurski, disse que o preço justo para o Ibovespa atualmente é 115 mil. E o sócio gestor do Adam Capital, Márcio Appel, afirmou também no ExpertXP que sua percepção é de que o viés da Bolsa brasileira é de valorização, mas agora com retorno menor, “o caminho será mais lento”, afirmou.
Na manhã do domingo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, na saída de reunião na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que nos cálculos do governo, “com pé bem no chão”, já existem cerca 330 votos para aprovar a proposta da reforma a partir desta terça-feira. Também participou da reunião, de quase quatro horas, o secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
Ofertas
Por falar em bolsa, nesta semana são negociadas duas ofertas de ações importantes. Nesta segunda-feira tem início o período de reserva na oferta prioritária da construtora Tecnisa. O follow on de 300 mil ações, que pode chegar a 405 mil ações com lotes extras, o que giraria até R$ 554 milhões pelo fechamento de sexta-feira, a R$ 1,37. A operação foi antecipada pela Coluna do Broadcast. O preço da ação na oferta será fixado dia 15. A Tecnisa pretende utilizar metade dos recursos líquidos captados na oferta para “promover o crescimento das operações, incluindo a aquisição de novos terrenos” e a outra metade para pagamento de dívidas e reforço de capital de giro.
Na terça-feira, a Light realiza a precificação de seu follow on, por meio da qual a Cemig vai diminuir sua participação no capital. Segundo apurou a Coluna do Broadcast na semana passada, a demanda já superou a oferta, e a operação pode atingir R$ 2,5 bilhões.
Azul
Atenção também para Gol e Azul. Para a próxima quarta-feira (10), está marcado o leilão de slots da Avianca, que está em recuperação judicial. Na semana passada, a ação da Gol teve valorização de 24%, e a Azul também teve bom desempenho. Mas o leilão ainda é objeto de uma disputa jurídica.
A presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, negou na última sexta o pedido da Avianca para suspender uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que inviabiliza a realização do leilão de slots (horários de pouso e decolagem) da companhia.
Além disso, notícia internacional pode respingar no setor por aqui. A Boeing teve cancelada neste domingo uma intenção de compra de até 50 aviões em um dos primeiros sinais concretos da crise em torno do 737 Max. A Flyadeal, da Arábia Saudita, trocou o pedido por 50 aviões A320neo da concorrente Airbus, um negócio de cerca de US$ 5,5 bilhões.
Petrobras
É aguardado o julgamento do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para assinar Termo de Compromisso de Cessão (TCC) com a Petrobras, que determinará o impedimento da estatal de continuar a comprar gás do seus parceiros na exploração do produto, com objetivo de multiplicar o número de agentes atuando no setor.
Outro ponto de atenção é que o diretor Executivo de Governança e Conformidade, Rafael Mendes Gomes, apresentou sua renúncia ao cargo, por “razões pessoais”. O diretor executivo de Assuntos Corporativos, Eberaldo de Almeida Neto, acumulará interinamente o cargo, até a eleição do novo diretor.
Enauta
A Enauta, ex-Qgep, informou que a sua produção no segundo trimestre chegou a 1,318 milhão de barris de óleo equivalente (boe), com uma média diária de 14,5 mil BOE – o valor inclui gás e óleo. A produção de gás e condensado do Campo de Manati no segundo trimestre foi de 257 milhões de metros cúbicos. Já a produção de óleo do Campo de Atlanta foi de 1,163 milhão bbl.
FONTE: AE BROADCAST
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