A primeira semana do ano, foi de alta para os mercados globais. Apesar de todas as incertezas existentes para o ano de 2021, as expectativas de estímulos nos Estados Unidos fizeram o apetite pelo aumentar.
Na Europa, apesar dos avanços nos números de pessoas infectadas pela COVID-19 continuarem em ascensão, os estímulos esperados nos Estados Unidos, foi o principal catalizador para o aumento das bolsas. Dentro da Zona do Euro, os dados da produção industrial e do crescimento de importações e exportações acima do esperado, também contribuíram para a alta. Londres, teve alta de 0,24%. Frankfurt, ganhou 0,58%. Paris, subiu 0,65%. Milão, avançou 0,21% e Madri, teve 0,26% de ganho.
Nos Estados Unidos, o mercado ignorou toda a instabilidade política e a divisão no país que existe, mesmo após os resultados das eleições já estarem definidas, o mercado deu atenção à “onda azul” e aos estímulos prometidos por Joe Biden que não tem baixa possibilidade de entraves, dado que seus correligionários têm o controle do Senado e da Câmara. Os dados de conjuntura econômica como o payroll e dos pedidos por seguro-desemprego ainda evidenciaram a fragilidade do mercado de trabalho, corroborando com a tese da necessidade de mais estímulos para a economia do país. O Dow Jones, teve alta de 0,18%. O S&P 500 e o Nasdaq, ganharam 0,55% e 1,03% respectivamente.
No Brasil, apesar de todas as idiossincrasias relacionadas ao lado fiscal e político, foram deixadas de lado pelo mercado. O apetite pelo risco percebido globalmente, fez com que o principal índice da B3 fechasse em alta. Apesar da realização nos ativos ligados às commodities, as demais companhias tiveram alta, como o setor de construção e de consumo. O Ibovespa teve alta de 2,20%, cotado a 125.076,63 pontos.
Na Ásia, as bolsas fecharam com cautela devido ao avanço da COVID-19 ao redor do mundo. Na China, mais regiões entraram em lockdown o que já estava ocorrendo em semanas anteriores. Xangai teve queda de 1,08% e o Shenzhen, recuou 1,31%. Na Coreia do Sul, o Kospi teve retração de 0,12% e, na contramão, Hong Kong, subiu 0,11%.
Para hoje (11):
O avanço da COVID-19 em todo mundo e, agora na China, com mais cidades decretando lockdown no país, os mercados globais abriram em queda, realizando os lucros de sexta-feira. Os riscos inerentes à questão política nos EUA, respingou no mercado de tecnologia, o Twitter chegou a operar com queda acima de 6%, após a notícia de exclusão permanente de Trump, de modo que muitos deixassem a rede social, mesmo movimento que pode acontecer com o Facebook.
No Brasil, o risco político em relação às eleições na Câmara e Senado podem impactar o mercado, dado que Baleia Rossi possui apoio de partidos como o PT que, apesar do político afirmar que um impeachment de Jair Bolsonaro não é o caminho, seus apoiadores pressionam. As resoluções em torno da distribuição das vacinas, também gerará preço no dólar, bolsa e juros juntamente com o risco externo.
Europa: Índice de preços ao atacado e confiança do investidor
Na Europa, como no restante do mundo, a agenda de dados de conjuntura econômica está relativamente vazia, somente com indicador de Confiança do Investidor. O índice foi positivo, tendo avanço de 1,3 pontos, superando as expectativas de 0,7 pontos, evidenciado melhora nas perspectivas macroeconômicas para a Zona do Euro.
Brasil: Relatório Focus
No Brasil, como ocorre toda segunda-feira, será divulgado o relatório Focus evidenciando as expectativas dos agentes econômicos de 2021 a 2024 quanto à importantes números de conjuntura econômica.
Autor: Matheus Jaconeli
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