Ata do FOMC e PMI's contribuem para o bom-humor dos mercados no exterior

Tempo de leitura: 5 min.

As bolsas globais fecharam majoritariamente em alta, devido a melhora nas perspectivas no pacote de estímulos à economia americana, o que contribui para a ampliação da tomada pelo risco ajudando os mercados emergentes. Na Europa, a possibilidade de acordo pós-Brexit também contribui para o bom o humor da maioria dos mercados.

Os mercados europeus fecharam a terça-feira (15) mistas, mesmo com a melhora nas perspectivas de um pacote fiscal nos Estados Unidos e um acordo entre o Reino Unido e União Europeia, pois a COVID-19 continua a se alastrar no hemisfério norte.

Londres, teve queda de 0,28%. Frankfurt, registrou alta de 1,06%. Paris, teve alta próxima da estabilidade, com elevação de 0,04%. Milão, teve valorização de 0,81%. Madri, teve elevação de 0,14% e Lisboa teve queda de 0,09%.

O petróleo fechou em alta mediante à queda do dólar devido ao avanço nas distribuições das vacinas e a possibilidade de novos estímulos fiscais nos Estados Unidos. O WTI, teve ganho de 1,34% cotado a US$ 47,62. O Brent, registrou avanço de 0,93%, a US$ 50,76.

Após a confirmação da eleição de Biden no colégio eleitoral, as negociações referentes aos estímulos nos Estados Unidos voltaram com maior possibilidade de que um pacote bipartidário de fato ocorra. As vacinações também contribuem para a melhora das perspectivas dos agentes.

O Dow Jones, teve alta de 1,13%. O S&P 500 e a Nasdaq, tiveram avanço de 1,29% e 1,25% respectivamente.

A diminuição dos riscos globais gerou impactos positivos em mercados emergentes e dentre eles, o Brasil foi afetado positivamente. Ademais, as incertezas referentes à questão fiscal, a melhora da percepção dos agentes em relação à condução da política econômica por parte do Bacen, também contribui para formação dos preços no mercado local. Internamente, o envio da LDO, apesar de evidenciar um rombo acima das expectativas por conta do dinheiro que será gasto com os imunizantes contra a COVID-19 em R$ 247,118 bi, ajudou a dar um norte para os agentes.

O Ibovespa teve elevação de 1,34%, cotado em 116.148,63 pontos. O Dólar, teve queda de 0,66%, em R$ 5,09%.

Os estímulos fiscais os Estados Unidos e o começo da vacinação nos Estados Unidos contribuíram para o ânimo a algumas praças do continente asiático.

Na China continental, o Xangai teve queda de 0,01% e Shenzhen, perdeu 0,35%.

Em Tóquio, o Nikkei avançou 0,26%. Na Coréia do Sul, o Kospi ganhou 0,54%. Hong Kong, ganhou 0,97% e Taiwan teve elevação de 1,68%.

Hoje (16/12):

Mercados internacionais abrem em alta a espera da decisão do FOMC referente à taxa de juros. Apesar dos mercados esperarem a manutenção como certa, as perspectivas da autoridade monetária americana em meio ao avanço da COVID-19 no país e menor tração na retomada da economia americana pode trazer maiores expectativas de estímulos. Além disso a possiblidade de estímulos fiscais nos Estados Unidos também contribui para alta dos futuros em Nova York.

Na Europa o avanço quanto às reuniões referentes ao acordo pós-Brexit e os números dos indicadores econômicos ajudam no avanço dos principais índices do continente.

No Brasil, o mercado terá impulso advindo do exterior e ao começo da votação em relação à LDO. Outro fator importante é a possibilidade de anúncio do plano nacional de vacinação contra a CPVOD-19. O Ministério da saúde informou que a imunização pode se iniciar 5 dias após a aprovação da ANVISA.

Europa: PMI, Balança Comercial e mercado de trabalho

Hoje a agência Markit divulgou a primeira observação dos PMI’s de dezembro desse ano. Em relação às expectativas do mercado, os agentes esperavam que a maioria dos índices tenham queda quando comparado com a última observação de novembro. Os números para a Zona do Euro para a indústria foram de 55,5 pontos, os serviços registraram 49,8 e o índice composto, que envolve os dois indicadores, teve 47,3 pontos, superando as expectativas do mercado.

A Eurostat publicará para a Zona do Euro, os números dos salários e dos custos de mão de obra anual para o terceiro trimestre do ano. Após elevação de 5,20%, os salários tiveram avanço de 2,20 % e os custos tiveram desempenho de 1,60% ante elevação 4,20% no segundo trimestre do ano.

Quanto aos dados das contas externas, a agência também publicará a balança comercial de outubro. Como o país é um dos maiores exportadores do mundo e, também por ser uma das maiores economia do planeta. As expectativas do mercado eram de queda no saldo da balança comercial da Zona do Euro, saindo de € 24,8 bilhões e alcançando € 22,0 bilhões. Os números divulgados pela agência de pesquisas alemã foi de € 30,0 bilhões.

Além dos dados de conjuntura econômica, formuladores de política do BCE e do Banco Central da Alemanha também fará pronunciamentos dando os pareceres importantes em relação a economia do continente.

Estados Unidos: PMI, vendas no varejo, produção de petróleo e FOMC

Assim como na Europa, a Markit também divulgará a prévia do PMI de dezembro para os Estados Unidos. Após a produção industrial de novembro alcançar avanço acima do esperado pelo mercado, os agentes esperam que o indicador dos gestores de compras (o PMI), saia de 56,7 pontos na última análise de novembro para 55,7 pontos.

Apesar da queda o número ainda é positivo evidenciando que a indústria pode continuar a crescer, mesmo que a um ritmo menor. Quanto ao setor de serviços, há expectativa que o indicador tenha queda mais abrupta em relação ao mês passado, saindo de 58,4 pontos para 55,9, evidenciado as preocupações quanto às novas medidas de distanciamento social devido ao aumento de infectados pela COVID-19.

Quanto ao varejo de novembro, o Census Bureau econômicas divulgará o núcleo das vendas no varejo, isto é, excluindo os preços dos automóveis pois exclui a ciclicidade do setor. A expectativa para os indicadores é de queda quando se leva em conta todos os bens, há expectativa de desaceleração no mês de referência, saindo de 0,3% em outubro e alcançando -0,3% em novembro devido, o núcleo tem perspectiva de elevação de 0,1% ante 0,2% em outubro. O mercado espera desempenho mais fraco do indicador devido à diminuição da tração pela qual a economia americana passe e, além disso, os efeitos adicionais do novo avanço da COVID-19 no país também contribui para a queda nas vendas.

Quanto ao FOMC, um dos mais esperados eventos do mercado financeiro, evidenciando os últimos pareceres dos pareceres da autoridade monetária em relação ao ano. Apesar de ser consenso que a taxa de juros dos FED fudns continuará entre 0,0% e 0,25%, o documento que leva em conta a declaração de Jerome Powell e os demais membros da autoridade monetária evidenciarão os próximos passos da FED em relação à economia. Além disso, com a possibilidade de Yellen na secretaria do Tesouro pode trazer perspectivas de maior sinergia entre a política monetária e fiscal.

Por fim, a EIA (Agência de Informação Energética dos Estados Unidos) divulgará a produção de petróleo em barris. Após a alta surpreendente de 15,189 milhões de barris, o mercado espera que ocorra retração de 3,5 milhões na produção de petróleo.

Autor: Matheus Jaconeli

Deixe um comentário